terça-feira, 24 de julho de 2018

HOSPITAL DAS CLÍNICAS SAMUEL LIBÂNIO REALIZA CAPTAÇÃO DE MÚLTIPLOS ÓRGÃOS


Equipes do Hospital das Clínicas Samuel Libânio (HCSL) de Pouso Alegre, no Sul de Minas, e profissionais de Belo Horizonte fizeram a captação múltipla de órgãos de um doador de 32 anos no HCSL, na última quinta-feira, 19. Foram doados pelo paciente que teve morte cerebral confirmada o coração, rins, córneas e fígado.


A equipe da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos (CIHDOTT) comemora a atitude solidária e fraterna da família. 

“A família do paciente está sendo muito gentil ao autorizar a doação dos órgãos. Quantas pessoas vão sair da fila de espera por um transplante com essa atitude. Conseguimos até a captação de um coração, algo raro”, comemora a integrante da CIHDOTT, enfermeira Alessandra Mara da Motta Paes Costa.

O médico Gabriel Correia, que integrou a equipe de captação dos órgãos no Hospital Samuel Libânio contou que duas equipes foram acolhidas no Centro Cirúrgico para fazer as avaliações dos órgãos para doação. 

"Para essa doação múltipla de órgãos, que é pouco comum, é necessário que os pacientes tenham diagnósticos de morte encefálica. Diante do diagnóstico, a família do paciente é contatada. Nesse caso, o doador de 32 anos já havia manifestado esse desejo antes do óbito e a família por um extremo ato de amor aderiu a causa de solidariedade", explicou.

No Brasil, existe um ranking com listagem de receptores que serão beneficiados com os órgãos do doador pouso-alegrense.

O Hospital Samuel Libânio conta com uma nova sala de cirurgia para urgência e emergência, o que facilitou a ação dos médicos e aumentou as chances de salvar mais vidas. 

"Temos estrutura para atuar neste segmento, recebendo equipes de fora como também para fazer transplantes de rins e córneas dentro do Samuel Libânio. Muitas pessoas estão ganhando uma nova esperança de vida", conta o médico Volney Marques Passos. "A doação de órgão é um ato de amor e solidariedade", conclui.

A esposa do doador, Regiane Aparecida Bernardes do Couto fez questão de deixar um depoimento sobre a importância da doação de órgãos. 

“Minha família está triste pela morte de meu marido, porém nosso consolo está em saber que parte dele vive em outras pessoas. Espero que mais famílias possam doar seus órgãos. A tristeza da despedida é consolada em saber que ele continua a viver em outras vidas”, disse.

A captação de órgãos deve ser feita em um paciente no caso de morte encefálica, quando o cérebro para de funcionar e o coração mantém o batimento normal. 

O paciente doador é mantido por conta de medicamentos com uma pressão satisfatória e essa pressão faz com que os órgãos fiquem viáveis por determinado tempo. Nesse tempo tem que acontecer todo processo de captação, como o ocorrido neste caso.

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