terça-feira, 24 de julho de 2018

UM OLHAR PELA GEOGRAFIA DAS VERTENTES


Quem passa pelo Barteliê, durante o 30º Inverno Cultural da Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ), pode conferir uma série de fotografias que exaltam a beleza do cenário da região. Trata-se da exposição Paisagens das Vertentes, que fica aberta à visitação durante todos os dias do festival, das 19 às 2 horas.

O projeto, que busca retratar e revisitar paisagens cotidianas dos moradores do Campo das Vertentes, surgiu de forma espontânea, como afirma o autor, o fotógrafo André Paes Almeida. Adepto de esportes que exigem contato com a natureza, ele aproveitava suas escaladas para fotografar o panorama. 

A relação entre o fotógrafo e as Vertentes vem de berço. Natural de Barbacena, André conta que sempre esteve próximo à natureza. Quando começou a fotografar, seu olhar encontrou uma direção natural. “A paisagem das Vertentes tem formações geológicas muito características. Eu gosto das serras, que em São João del-Rei fazem parte da estética”, declara.

Os cliques da geografia das Vertentes, caso da Serra do Lenheiro e da Serra de São José, foram sendo reunidos, até que o projeto tomasse forma. “As fotografias são bem espaçadas no tempo, foram feitas em várias expedições outdoor. Eu levava a câmera, gostava das paisagens e as daqui ajudavam muito”, relembra.

São seis imagens expostas no palco boêmio, todas captadas entre 2016 e 2018, em três cidades das Vertentes: Barbacena (onde nasceu), São João del-Rei (onde ele se formou em Arquitetura) e Tiradentes. Cachoeiras, formações rochosas, pores do sol, olhares vasculhando o horizonte: cada enquadramento captura uma apreciação da paisagem. “Quero compartilhar meu olhar para que as pessoas desfrutem e passem a valorizar os cenários naturais em que estamos inseridos, despertando para a importância de preservá-los.”

“Sempre convivi com esse horizonte. O projeto veio para exaltar nossa paisagem”. E que melhor momento para expor seus resultados? Durante o Inverno Cultural, cuja proposta se alinha com a valorização da fotografia como ferramenta que dialoga com a geografia e, por consequência, com a cultura local. André planeja outras exposições nessa linha, com material de cidades e paisagens que fotografou, e de outras que ainda tem vontade de retratar.

por Lucas Almeida e Maria Luisa Mello
com edição de Cibele de Moraes e Rogério Alvarenga
da assessoria

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