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FEDERAL DE LAVRAS DESENVOLVE TECNOLOGIA PARA AMENIZAR OS EFEITOS DA SECA NA CAFEICULTURA

Polímero ‘hidroretentor’ de umidade proporciona efeitos positivos na cafeicultura desde a formação da muda até a implantação da lavoura. A pesquisa tem apoio do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café


O desenvolvimento de tecnologias para superar novos desafios da cafeicultura é a essência das ações do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. Um dos mais recentes desafios é a escassez de água em decorrência da estiagem que recentemente assolou grande parte das regiões produtoras no País. 

E um dos paliativos é o polímero hidroretentor, em fase de estudo pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), uma das instituições fundadoras do Consórcio. 

Trata-se de um gel que, adicionado às covas de plantio na medida certa, serve como retentor de água em períodos de déficit hídrico por ocasião do pegamento das mudas no solo, melhorando a qualidade do solo e proporcionando mais produtividade às lavouras. 

A retenção da umidade do solo também evita altos índices de replantio, o que reduz consideravelmente os custos de produção.

Validados para a cultura do eucalipto, os resultados das pesquisas com o uso de polímeros na cafeicultura para pequenos, médios e grandes produtores são muito promissores. 

O polímero hidroretentor tem fácil aplicabilidade e sua eficácia vem sendo confirmada em plantios de café, tanto em lavouras de sequeiro como irrigadas e, nesse caso, possibilita a redução da frequência da irrigação e menor lâmina de água por ocasião do pegamento e desenvolvimento das mudas plantadas no campo. 

Foram observados efeitos positivos da tecnologia, desde a formação da muda até a implantação da lavoura, ao otimizar a disponibilidade de água para a planta para o suprimento de suas necessidades hídricas e, também, da água para a solução do solo na qual estão disponíveis os nutrientes que serão absorvidos pelas plantas por meio do fluxo de massa e difusão.

No entanto, a eficácia da tecnologia também depende das condições do solo e das características da região em que é adotada. Essa é a avaliação do professor e coordenador da pesquisa na UFLA Rubens José Guimarães. 

Para o professor, o estudo é alicerçado na economia de água e na sustentabilidade, desafios que têm norteado os estudos na universidade. 

"Especialmente em épocas de seca, como ocorreu recentemente, a tecnologia é ainda mais promissora. O objetivo é justamente amparar o cafeicultor com tecnologias que contribuam para o uso racional da água na agricultura, sobretudo em função das perspectivas de mudanças climáticas", considera.
da Flávia Bessa - da Embrapa Café

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