terça-feira, 22 de abril de 2025
UFLA MANTÉM EXCELÊNCIA EM INDICADOR DO MEC HÁ 16 ANOS
Pelo 16° ano consecutivo, a Universidade Federal de Lavras (UFLA) mantém a nota máxima (5) no Índice Geral de Cursos, do Ministério da Educação (MEC). Na avaliação, com dados referentes ao ano de 2023, a UFLA figura entre as 33 universidades públicas com esse desempenho, que representam cerca de 13% do total. O resultado foi divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), na sexta-feira (11/4).
O Índice Geral de Cursos (IGC) expressa a qualidade de todos os cursos de uma instituição de ensino superior, combinando as notas atribuídas pela Capes aos programas de pós-graduação e as médias do Conceito Preliminar de Curso (CPC), calculadas pelo Inep para a graduação, ponderadas pelo número de matrículas de cada curso. Na classificação geral, a UFLA aparece na 15ª posição entre as universidades públicas e na 13ª entre as universidades públicas federais.
A pró-reitora de Graduação da UFLA, professora Miriam Monteiro de Castro Graciano, salientou que, entre as diferentes categorias administrativas das escolas avaliadas, 83% das instituições públicas federais obtiveram IGC 4 ou 5 e nenhuma ficou nas faixas 1 e 2 do indicador. Segundo a professora Miriam, “as universidades públicas federais apresentaram desempenho excepcional, não restando dúvidas de que elas são, em sua essência, universidades de excelência. Este é um sistema que faz a diferença e deve ser fortalecido. Ele é fruto de décadas de luta coletiva e precisa de políticas públicas que forneçam condições objetivas para manter sua qualidade”.
Enade 2023
Juntamente com o IGC, foi publicado o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), referente a 2023. Na avaliação, quatro cursos de graduação da UFLA alcançaram o conceito máximo (5): Agronomia, Medicina Veterinária, Nutrição e Medicina. Outros quatro se destacaram com o conceito 4: Engenharia Florestal, Engenharia Ambiental, Engenharia Civil e Engenharia Química. Os cursos de Zootecnia, Engenharia de Alimentos, Engenharia de Controle e Automação e Engenharia Mecânica da UFLA também foram avaliados obtiveram conceito 3.
Para o reitor da UFLA, professor José Roberto Soares Scolforo, “o desempenho dos nossos estudantes retrata o zelo, a dedicação e o comprometimento deles, além de ser reflexo da competência e dedicação dos docentes e técnicos da Instituição, que cuidam não só da formação técnica, mas também da lapidação de nossos estudantes como cidadãos”.
Em 2023, foram avaliados 9.812 cursos em todo o Brasil, das áreas de Ciências Agrárias, Ciências da Saúde e Engenharias. O Enade possui um ciclo de três anos; em cada um deles, são avaliados cursos de diferentes áreas do conhecimento.
O exame é obrigatório e inclui dois instrumentos avaliativos: a prova e o questionário do estudante. A prova abrange conteúdos de formação geral, comuns a todas as áreas, e específicos, baseados nas competências e habilidades previstas nas diretrizes curriculares nacionais de cada curso. Por meio do questionário, são levantadas informações que permitem traçar o perfil dos estudantes e o contexto de seus processos formativos.
*Da assessoria da UFLA
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO TOMA PROVIDÊNCIAS APÓS DENÚNCIA DE AGRESSÃO VERBAL A ESTUDANTES DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
Após relato da direção escolar, SEMED investigou a denúncia, ouviu as partes envolvidas e optou pela rescisão contratual do professor e registro de boletim de ocorrência, reafirmando o compromisso com o respeito e a integridade dos estudantes.
Diante da gravidade do relato, a Secretaria de Educação agiu imediatamente, convocando o professor envolvido e a equipe gestora da unidade escolar para prestar esclarecimentos.
O atendimento e o registro da ocorrência foram realizados pela gerente de Recursos Humanos e pela coordenadora pedagógica da SEMED. Após a apuração dos fatos, a Secretaria definiu pela rescisão do contrato do professor e pelo registro de boletim de ocorrência.
A Secretaria Municipal de Educação reafirma seu compromisso com uma educação pública de qualidade, pautada pelo respeito, cuidado e promoção do bem-estar de todas as crianças e estudantes da rede municipal de ensino.
COLÉGIO UNILAVRAS SE PREPARA PARA A 4ª EDIÇÃO DA JORNADA DE FOGUETES
No dia 24 de abril, o Expolavras será palco de muita ciência, criatividade e aprendizado com a realização da 4ª Jornada de Foguetes do Colégio Unilavras. O evento acontecerá das 13h às 18h e reunirá cerca de 160 alunos, organizados entre 70 a 80 equipes, para uma tarde de lançamentos horizontais de foguetes em diferentes níveis.
A atividade faz parte da preparação para a Mostra Brasileira de Foguetes (OBAFOG), e desafia os estudantes a construírem foguetes de variados tipos, que são lançados ao longo de uma trajetória no solo, respeitando as regras da competição nacional.
Confira os níveis participantes:
🔹 Nível 3 – Foguetes construídos com garrafas PET, que utilizam ar e água como propulsão. Participam todos os alunos do 6° ano, 8° ano e 9° ano do Ensino Fundamental.
🔹 Nível 4 – Também feitos com garrafas PET, mas impulsionados pela reação química entre vinagre e bicarbonato de sódio. Participam todos os alunos da 1ª série do Ensino Médio e parte dos alunos da 2ª série.
🔹 Nível 5 – Com maior complexidade, esses foguetes são feitos com materiais como PVC ou impressão 3D e utilizam motores com combustível sólido à base de nitrato de potássio e açúcar. Três equipes do Ensino Médio participarão deste nível.
Os foguetes estão sendo construídos no Espaço Maker do Unilavras, em oficinas realizadas durante o horário das aulas. Mais do que um desafio técnico, a Jornada de Foguetes é um momento de integração entre áreas do conhecimento, em que os alunos colocam em prática conceitos de Física, Química e Matemática. Um aprendizado que vai longe.
TRF6 RECONHECE RESPONSABILIDADE DO ESTADO EM ADOÇÕES ILEGAIS
Em uma decisão histórica e emblemática para a proteção dos direitos humanos no Brasil, a Justiça Federal em Minas Gerais reconheceu a responsabilidade da União e do Estado de Minas Gerais por violações graves cometidas contra famílias pobres durante o período de transição da ditadura militar para a democracia. A sentença acolheu a apelação de cinco vítimas e condenou os entes federativos ao pagamento de indenizações que somam R$ 1,8 milhão. A decisão da 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6) ocorreu na sessão do último dia 8 de abril, sob a relatoria do juiz federal convocado Gláucio Ferreira Maciel Gonçalves. A decisão foi por unanimidade.
O caso trata de um dos episódios mais chocantes e obscuros da história recente do país: entre 1985 e 1987, no município de Santos Dumont (Minas Gerais), localizado na Zona da Mata mineira. Centenas de crianças foram retiradas à força de suas famílias e enviadas para adoção no exterior — principalmente para França e Itália — por meio de um esquema judicial fraudulento. A rede envolvia advogados, religiosas e agentes públicos, como comissários de menores e oficiais de justiça, sob a autoridade do então juiz Dirceu Silva Pinto, já falecido. O caso foi amplamente noticiado pelos jornais e continua a receber atenção da Imprensa nos dias atuais.
Os relatos envolvem três famílias diretamente afetadas pelo esquema de adoções ilegais. Maria Ricardina de Souza teve seu filho Paulo César retirado à força de casa pelas autoridades, sendo presa ao tentar resistir. Seus outros filhos, Maria Concebida Marques e Sebastião de Souza Marques, também sofreram com a perda do irmão. Heloisa Aparecida da Silva perdeu três filhos — Cristiano, Marcos e Claudinei — levados sem seu consentimento, restando-lhe apenas fotografias. Já Isaura Cândida Sobrinho viu seus três filhos — Maria Aparecida, Ana Paula e Fabiano — encaminhados irregularmente para adoção, também sendo presa e interditada (considerada louca), assim como Maria Ricardina.
Todas as famílias encontravam-se em situação de extrema vulnerabilidade social e econômica, o que reforçava não apenas a conscientização sobre os próprios direitos, mas também a adoção de medidas legais para garanti-los, especialmente em cidades do interior, nas quais a posição de autoridade dos agentes públicos representava obstáculo ainda maior ao questionamento e à busca por justiça.
O juiz federal convocado Gláucio Ferreira Maciel Gonçalves afastou o entendimento anterior que havia reconhecido a prescrição da ação e reformou a sentença de Primeira Instância. Para o magistrado, os danos causados às famílias foram de tal gravidade que justificam a adoção de um regime excepcional de responsabilidade civil do Estado.
A decisão reconhece que a atuação do Estado de Minas Gerais foi determinante para a concretização das adoções ilegais, ao passo que a União foi omissa ao permitir a saída irregular das crianças do país, sem qualquer investigação sobre a legalidade dos processos.
As vítimas, todas mulheres, relataram ter sido presas, interditadas e impedidas de reagir à retirada de seus filhos. O Tribunal fixou indenizações de R$ 500 mil para cada uma das três mães que perderam seus filhos — Maria Ricardina de Souza, Heloisa Aparecida da Silva e Isaura Cândida Sobrinho — e de R$ 150 mil para os irmãos das crianças, reconhecendo o abalo emocional e a ruptura precoce dos laços familiares.
A divisão da responsabilidade foi estabelecida em 80% para o Estado de Minas Gerais e 20% para a União, com base na atuação de cada ente na cadeia de violações. A Justiça também determinou o pagamento de honorários advocatícios, destacando o trabalho “excelente” da defesa ao longo do processo.
Em seu voto, o juiz federal convocado alertou sobre a necessidade de justiça para essas famílias. “As atrocidades cometidas não apenas violaram direitos fundamentais, mas também impuseram sofrimento duradouro, rompendo laços familiares de forma definitiva e causando danos emocionais irreparáveis”, afirmou o juiz em seu voto.
A decisão é considerada um marco para o direito à reparação e pode abrir precedentes para outros casos envolvendo adoções irregulares no Brasil. Ela também reforça a necessidade de enfrentamento dos crimes cometidos no contexto do autoritarismo e da negligência institucional, especialmente contra as mulheres e os mais vulneráveis.
segunda-feira, 21 de abril de 2025
TIROTEIO EM BOATE DEIXA CINCO FERIDOS EM LAVRAS
Polícia investiga motivação e busca suspeitos após madrugada de violência no Distrito Industrial
De acordo com relatos de testemunhas, um homem armado invadiu a casa noturna e efetuou diversos disparos. Frequentadores se esconderam em banheiros e áreas isoladas enquanto aguardavam a chegada da Polícia Militar. A perícia encontrou cápsulas de munições de diferentes calibres (.40 e .32), o que levanta a hipótese da participação de mais de um atirador.
Entre os feridos, duas pessoas estão em estado grave. Uma delas sofreu quatro perfurações por arma de fogo, atingindo abdômen, tórax, costas e perna. Outra vítima foi baleada seis vezes, passou por cirurgia de emergência e precisou ser transferida para um hospital de maior complexidade. Outras três pessoas sofreram ferimentos em regiões como ombro, pé e mão, mas permanecem em estado estável.
A motivação do crime ainda é investigada. Segundo fontes ligadas à apuração do caso, há indícios de que o tiroteio possa ter relação com um desentendimento ocorrido no local em setembro do ano passado. Até o momento, nenhum suspeito foi preso.
A Polícia Civil segue com as investigações.
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