terça-feira, 4 de outubro de 2016

AUSÊNCIA E DESCRENÇA NA POLÍTICA LAVRENSE

Juntos, abstenções, votos brancos e nulos somaram 22.627 na cidade
Quatro candidatos disputaram o cargo de prefeito

Os eleitores lavrenses estão descrentes da política e seguiram a tendência nacional. Nas eleições municipais de 2012, três candidatos concorreram ao cargo de prefeito do município.

Naquele ano, o município, quinto maior colégio eleitoral do Sul de Minas, somava 67.931 eleitores. Desse número, 56.634 ( 83,37 %) compareceram às urnas. 11.297 eleitores deixaram de votar. Já de voto nulos, foram contabilizados 3.515 9 (6,207%) e votos em branco somaram 1.980 (3,496%).

Somando as abstenções, votos nulos e brancos, totalizam 16.792. Esse número corresponde a mais da metade dos votos obtidos pelo candidato a prefeito eleito em 2012 (23.973 votos). O segundo colocado naquele pleito obteve 19.376 votos e o terceiro colocado somou 7.790 votos.

Outro dado curioso das eleições municipais de 2012, é que somados, os votos do segundo e terceiro colocado (27.166 votos no total) ultrapassou o número de votos obtidos pelo candidato que foi eleito nas urnas da cidade.

Nas eleições municipais deste ano, a descrença dos lavrenses com o atual sistema político foi ainda maior. Contando neste ano com 71.345 eleitores, somente 58.351 (81,79%) compareceram nas 194 sessões eleitorais do município.

O prefeito eleito de Lavras nas eleições de 2016, obteve 38.057 (78,12%), sendo a maior vitória da história do município. O segundo colocado, obteve 7.489 (15,37%), o terceiro colocado 1.651 (3,39%) e o quarto colocado 1.521 (3,12%).

12.994 (18,21%) eleitores se abstiveram de votar. Na eleição para prefeito, votos brancos somaram 3.133 (5,37%) e nulos foram 6.500 (11,14%).

Com quatro candidatos a prefeito, de acordo com esses números, votos brancos e nulos mais que dobraram nas eleições deste ano, em relação ao cenário de 2012. Juntos, abstenções, votos brancos e nulos somaram 22.627.

Já as votações do segundo, terceiro e quarto colocado, juntas totalizam 10.661 votos. Esse número menos corresponde a mais da metade da soma total de abstenções, votos brancos e votos nulos.

Contabilizados a soma total de votos dos outros três candidatos a prefeito e mais a soma total de abstenções e votos nulos e brancos, o resultado (33.288 votos) pouco menor que a soma de votos obtida pelo candidato a prefeito eleito de Lavras.

Renovação e retorno no Legislativo
A população de Lavras foi às urnas ontem, domingo, 2, para escolher o sucessor do prefeito Silas Costa Pereira (PMDB) e os vereadores que vão ocupar as 17 cadeiras no Legislativo da cidade.

Dos atuais 17 vereadores de Lavras, somente 4 conseguiram se reeleger (João Paulo Felizardo, Marcos Possato, Dr. Sebastião e Elias Freire Filho) e um, Leandro Moretti, tentou a eleição para prefeito da cidade.

Está foi a maior renovação da história do Legislativo lavrense, sendo que políticos de longa data não conseguiram passar no teste das urnas. Apesar da grande renovação, a eleição deste ano marcou também a volta de três ex-vereadores, Ênnio Mendes de Siqueira, Nanáh Ferreira e Toninho do Raixo X.

Três mulheres alcançaram uma cadeira no Legislativo local. Além de Nanáh Ferreira, que já foi vereadora, as estreantes Daia Protetora e Cristiane Costa compõem a bancada feminina na Câmara Municipal.

O atual vereador João Paulo Felizardo, foi reeleito e obteve a maior votação da história de Lavras, 2.343 votos (4,61%).

A segunda colocação em número de votos ficou com a estreante Daia Protetora, com 1.247 votos (2,46%), sendo também a mulher mais bem votada para a Câmara Municipal na história da cidade.

De milionário a sem bens
Três vereadores eleitores ostentam bens milionários na cidade. O estreante Alessandro Furtado, médico urologista, declarou ao Tribunal Superior Eleitoral possuir R$R$ 2.203.806,06 em bens. 

Em segundo lugar na lista de milionários, o policial militar reformado Coronel Claret declarou possuir R$1.398.000,00 em bens. O terceiro milionário, o farmacêutico Ennio Mendes de Siqueira declarou a Justiça Eleitoral patrimônio de R$1.258.000,00.

Já o vereador mais votado da história da cidade, João Paulo Felizardo possui patrimônio de  R$62.800,00. Professor Carlos Lindomar declarou R$491.514,94; Dr. Sebastião dos Santos Vieira  R$832.767,56; Elias Freire Filho R$309.506,41; Peterson Rodrigo R$168.286,54; Cristiane Costa R$91.118,21; Dr. Matusalém R$283.984,68; Toninho do Raio X R$120.000,00 e Bira R$400.000,00.

O vereadores eleitos, Mestre Grilo, Marcos Possato, Ailton Magalhães, Nanáh Ferreira e Daia Protetora não possuem bens declarados a Justiça Eleitoral.

NEGRA E JOVEM, ÁUREA CAROLINA CONQUISTA MAIS DE 17 MIL ELEITORES SENDO A MAIS VOTADA DE BH

Cientista política e ativista de movimentos sociais, Áurea Carolina conquista a primeira vaga do PSOL em BH
"Não tenho a ilusão de que a conquista de mandatos no legislativo e no executivo são capazes de transformar as estruturas viciadas do poder. Tenho convicção, no entanto, de que é possível efetivar direitos sociais e políticas públicas que melhorem as condições de vida da população e, com isso, de darmos alguns passos na direção de uma cidade feminista, capaz de abrigar todas e todos que nela vivem".

Com esse sentimento, expresso no artigo "Por uma Cidade Feminista", publicado no Blog AgoraÉQueSãoElas, da Folha de S.Paulo, do último dia 29 de setembro, que Áurea Carolina vai ocupar uma cadeira no Legislativo de Belo Horizonte, capital do Estado de Minas Gerais.

Negra, feminista, ativista de direitos, filiado ao PSOL, foi eleita com 17.420 votos, a maior votação das eleições municipais deste ano em Belo Horizonte e a primeira mulher a obter a maior votação na Câmara da capital.

Cientista política e defensora dos movimentos sociais e de rua, Áurea, de 32 anos,  firmou em cartório a promessa de doar parte do subsídio para servir a movimentos sociais. 

"Mas ai, nesse mesmo fim de semana percebi que as coisas estão mudando: comemorei o fato da Raissa Santana ser a nova Miss Brasil depois de 30 anos sem uma negra ganhar o título... Minha empresária me falou sobre as mais novas vereadoras Talíria Petrone (Niterói), Marielle Franco (Rio) e a Áurea Carolina (mais votada em BH) que são negras, feministas e periféricas como eu e vão representar muita gente que nunca teve voz na política!", disse a funkeira carioca MC Carol, em sua rede social.

EM MINAS, PCdoB AVANÇA E BUSCARÁ REELEIÇÃO DE CARLIN

O presidente do PCdoB-Minas, Wadson Ribeiro, definiu nesta segunda-feira, 3, como vitorioso o resultado do projeto eleitoral do partido no estado. Além da conquista das prefeituras de Santo Antônio do Itambé, Goianá e Chiador, os comunistas também irão disputar o segundo turno da eleição de Contagem. O PCdoB conquistou ainda 17 vice-prefeituras no estado

Atual prefeito, Carlin Moura chega ao segundo turno em Contagem

A reeleição do prefeito Carlin Moura em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), é o centro do projeto do PCdoB no estado. 

Segundo Wadson, a Comissão Política Estadual (CPE) irá se reunir na próxima quarta-feira, 5, para definir uma mobilização estadual de toda militância, vereadores, prefeitos e vices eleitos em Minas Gerais em torno do projeto de reeleição. 

“É uma disputa contra o PSDB do senador Aécio Neves. Todo centro do segundo turno em Minas será a reeleição do prefeito Carlin Moura”, enfatiza.

O PCdoB-Contagem obteve no 1º turno 11,94% dos votos para vereador na cidade o que assegurou a maior votação proporcional no município e conquista de quatro cadeiras no Legislativo com a eleição de Rogério Marreco, Jair Tropical, Silvinha Dudu e Vinícius Faria.

Eleição recorde de vereadores 
O dirigente estadual destaca ainda a eleição recorde de parlamentares no estado – tanto em quantidade, quanto em cidades polos. 

Dos oito municípios com 2º turno em Minas, os comunistas garantiram representantes em cinco. 

Em Belo Horizonte, o vereador Gilson Reis foi o segundo parlamentar mais votado da coligação PT/PCdoB. 

Também foram eleitos os vereadores Tiago Santana, em Betim; Daniel Dias, em Montes Claros e Rosemary Mafra, em Governador Valadares.

Wadson ressalta ainda a importância da conquista de mandatos Legislativos em uma série de cidades consideradas polos regionais como Ubá e Cataguases (Zona da Mata), Janaúba e Januária (Norte). Em Viçosa, na Zona da Mata, o Professor Idelmino foi reeleito o vereador mais votado da cidade. 

O partido também retomou o mandato Legislativo na cidade de Ouro Preto, na região Central do estado.
por Mariana Viel - do Vermelho Minas

COMPOSIÇÃO DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE MINAS GERAIS SE ALTERA APÓS 1º TURNO DAS ELEIÇÕES

Dois deputados foram eleitos prefeitos no interior e outros dois seguem na disputa em Belo Horizonte

No total, nove deputados estaduais se candidataram a prefeito e dois a vice-prefeito nas Eleições 2016
Os resultados do 1º turno das eleições municipais deste ano apontam que dois deputados estaduais foram eleitos prefeitos no Estado, alterando, assim, a composição da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), a partir de janeiro de 2017. 

Deiró Marra (PSB), em Patrocínio (Alto Paranaíba), e Wander Borges (PSB), em Sabará (Região Metropolitana de Belo Horizonte), venceram as disputas realizadas neste domingo, 2, nestas cidades.

Deiró Marra foi declarado vencedor da disputa em Patrocínio com 48,64% dos votos válidos. Em Sabará, Wander Borges recebeu 55,23% dos votos e comandará o município nos próximos quatro anos.

Outros dois parlamentares, João Leite (PSDB) e Paulo Lamac (Rede), disputarão o 2º turno em Belo Horizonte. João Leite, candidato a prefeito, recebeu 33,40% dos votos válidos e seguiu para a próxima etapa com a melhor votação na Capital. Paulo Lamac concorre ao cargo de vice-prefeito na chapa de Alexandre Kalil (PHS), que teve 26,56% dos votos no 1º turno.

No total, nove deputados se candidataram a prefeito e dois a vice-prefeito nestas eleições. Consulte o resumo da apuração no 1° turno.

Confira quem são os suplentes
Com a vitória do deputado Wander Borges, em Sabará, assumirá a vaga na ALMG Coronel Piccinini, também do PSB. Vereador em Belo Horizonte desde 2013, ele é natural de Juiz de Fora (Zona da Mata), bacharel em Direito pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e formando no Curso Superior de Polícia.

Coronel Piccinini é, também, oficial reformado da Polícia Militar de Minas Gerais e foi presidente do Clube dos Oficiais da Polícia e Bombeiro Militar do Estado por cinco mandatos (1996 a 2001 e 2008 a 2016).

No lugar de Deiró Marra, assume Gustavo Santana (PR). Nascido em Belo Horizonte, Gustavo é empresário, secretário estadual do Partido Republicano e irmão do deputado federal Bernardo Santana, ex-secretário de Estado de Defesa Social no governo de Fernando Pimentel. Ele é filho do ex-deputado estadual e federal José Santana.

Caso João Leite seja eleito, Zé Maia (PSDB) reassume uma cadeira no Parlamento mineiro. O atual controlador-geral do município de Belo Horizonte foi deputado estadual por três mandatos consecutivos, de 2003 a 2015. Zé Maia é advogado, contador e empresário do setor hoteleiro e de comunicações.

Paulo Lamac daria lugar a João Alberto (PMDB), que também reassumiria vaga na Assembleia, onde foi deputado estadual entre 2015 e este ano. É advogado, foi secretário adjunto da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana (Sedru) e diretor-presidente da CeasaMinas. Tem vasta experiência no setor público e é filho do ex-deputado estadual João Bosco Murta Lages, já falecido.

Outros resultados
Ainda em Belo Horizonte, outros dois parlamentares participaram da corrida eleitoral. O deputado Sargento Rodrigues (PDT), que disputou a prefeitura, teve 2,88% dos votos. O deputado Vanderlei Miranda (PMDB) foi candidato a vice-prefeito na chapa de Rodrigo Pacheco, do mesmo partido, que obteve 10,02% dos votos válidos.

No interior, o deputado Antônio Lerin (PSB) foi o segundo candidato mais votado em Uberaba (Triângulo), tendo recebido 25,72% dos votos. Em Juiz de Fora, o deputado Noraldino Júnior (PSC) teve 17,72% dos votos, enquanto Lafayette de Andrada (PDS) foi escolhido por 2,35% dos eleitores.

Em Betim (Região Metropolitana de Belo Horizonte), o deputado Ivair Nogueira (PMDB) teve 15,44% dos votos e, em Coronel Fabriciano (Vale do Rio Doce), o deputado Celinho do Sinttrocel (PCdoB) acumulou 22,15% dos votos válidos.
da assessoria - ALMG

ECONOMIA: SEPLAG ENCAMINHA À ASSEMBLEIA LEGISLATIVA PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA DE 2017

Documento estima receita em R$ 87.271.232.631 e fixa as despesas em R$ 95.335.872.482


O orçamento fiscal do Estado de Minas Gerais para o próximo ano estima a receita em R$ 87,3 bilhões e fixa a despesa em R$ 95,3 bilhões, registrando resultado negativo de R$ 8,06 bilhões, déficit 9,6% menor em comparação com o orçamento aprovado em 2016.

A proposta orçamentária do Estado para 2017 e a revisão do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) 2016-2019 foram entregues na sexta-feira (30/9) à Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

Arrecadação
A arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) deve crescer, nominalmente, 6,4% em 2017, na comparação com previsão deste ano. 

Do valor total previsto de receita, R$ 42,9 bilhões serão originados do ICMS, principal fonte de recursos do Tesouro Estadual. Esse montante corresponde a 77,7% da receita tributária para o próximo ano.

Para efetuar o cálculo da arrecadação, foram utilizados os parâmetros macroeconômicos divulgados pelo governo federal para elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias 2017, que prevê 1% de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e 6% de inflação medida pelo IPCA.

Despesas
Descontadas as operações intra-orçamentárias, a despesa total do orçamento fiscal constante da proposta orçamentária para 2017 foi fixada em R$ 80,3 bilhões. 

Desse total, R$ 45,9 bilhões serão destinados ao pagamento de pessoal e encargos sociais do Estado

Os investimentos estão fixados, em R$ 2,98 bilhões e representam, somados, 58% das Despesas de Capital, com maior concentração nos setores de transporte e obras públicas, saúde segurança e educação.

Sobre as despesas com a dívida pública estadual, a previsão para 2017 já considerou o acordo firmado em 20 de junho de 2016 dos estados com o governo federal: desconto inicial de 100% da prestação mensal devida até o fim de 2016, com cobrança a partir de janeiro de 2017 de 5,55% do valor da parcela e aumento gradual de 5,55 pontos percentuais a cada mês até extinção do desconto a partir do 19º mês.

Planejamento
A revisão anual do PPAG e o projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) tratam, respectivamente, do planejamento de médio e curto prazos do Estado. 

O PPAG é composto por programas e ações, com suas respectivas metas físicas e orçamentárias, e orienta a elaboração da LOA para o período de um ano, determinando onde e como os recursos públicos serão investidos. 

A partir da revisão do PPAG, a previsão de valores para os programas do Estado considera o quadriênio 2017-2020.