Bruno Siqueira (PMDB), Custódio Mattos (PSDB), Laerte Braga (PCB),
Margarida Salomão (PT) e Victória Mello (PSTU) vão disputar a Prefeitura
de Juiz de Fora nas eleições de 2012. Os cinco concorrentes tiveram
seus nomes referendados pelas convenções partidárias iniciadas no dia 10
de junho e encerradas à meia noite de sábado, 30. Vinte e sete partidos
participarão da disputa por uma das 19 cadeiras da Câmara Municipal. Os
registros das candidaturas devem ser feitos pelas legendas ou coligações
até o dia 5 de julho. Os pedidos impugnações devem ser protocolados até
o dia 18 de julho, seja por adversários, partidos, coligações ou pelo
Ministério Público.
A campanha está permitida a partir do dia 6 de
julho, e o primeiro turno das eleições acontece no dia 7 de outubro. Dos partidos com postulantes ao Executivo, apenas PSDB e PT deixaram
suas coligações para o último dia. Como estavam certos a candidatura à
reeleição do prefeito Custódio Mattos (PSDB) e o retorno da professora
Margarida Salomão (PT) ao páreo, as duas legendas adiaram suas
definições até a data limite, para arrematarem melhor as alianças. No
caso dos tucanos, a estratégia deu certo. Com quatro aliados com
conversações também com o deputado estadual Bruno Siqueira (PMDB), o
PSDB fez valer a força do Governo de Minas. Bastou a entrada de
articuladores do Palácio Tiradentes nas conversas com o PR, do
ex-deputado Edmar Moreira, e o PPS, do secretário de Estado da Saúde,
Antônio Jorge Marques, para colocar fim em qualquer tipo de aproximação
com o peemedebista.
Já as articulações do tucanato local obtiveram êxito na árdua tarefa de
apaziguar os ânimos mais exaltados do PSC, do atual líder governista
Noraldino Júnior, e do PTB. Com isso, Custódio conseguiu, mais uma vez,
aglutinar em torno de sua candidatura o maior número de partidos, 12 ao
todo. Ainda assim, os tucanos contabilizaram perdas indesejadas. A
primeira delas envolve o PV, que optou por caminhar de forma
independente. O partido, que tem à sua frente o ex-subsecretário de
Articulação, Edson Fonseca, foi talvez aquele que mais negociou durante o
período de convenções, ainda assim não conseguiu emplacar uma
composição convincente. Outra legenda aguardada no ninho tucano era o
PRB, do presidente da Câmara Municipal, Carlos Bonifácio. A legenda, no
entanto, vai tomar outros rumos.
Na reta final, a surpresa ficou por conta da PSD, o partido criado em
2010 pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Uma decisão do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na noite da última quinta-feira,
reconheceu o direito da legenda ao tempo de TV proporcional ao número
atual de deputados. Como tem a quarta maior bancada da Câmara Federal,
com 52 deputados, a sigla virou alvo de cobiça de PSDB, PMDB e PT. As
conversas foram conduzidas pelo deputado estadual Wilson Batista (PSD),
que acabou acertando a composição com os peemedebistas. Com isso, Bruno
terá como aliado, além do PMN, do vereador Isauro Calais, e do PTN, o
PSD.
A possibilidade de o PRB se unir à composição não havia sido
descartada no início da noite de ontem. O PRB também era aguardado ontem
pelos petistas, que fecharam sua aliança com o PSB, o PCdoB, o PRTB e o
PTdoB. Nesse caso, a principal aposta reside no fato de o ministro da
Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella (PRB), ter recomendado aliança do
seu partido com o PT, com acontece em nível federal. Fechando a lista de concorrentes ao Executivo, o PCB, com Laerte Braga,
vai de chapa pura. Já Victória Mello sai amparada pela coligação entre
PSTU e PSOL.
por Ricardo Miranda - da Tribuna de Minas