segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

NOVA PESQUISA MOSTRA QUE EL NIÑO 2015 E INCÊNDIOS CONTRIBUÍRAM PARA O COLAPSO DE INSETOS NA AMAZÔNIA

Pesquisador coletando os besouros de esterco em florestas afetadas pela seca na região de estudo

A seca e o fogo que atingiram as florestas durante o El Niño 2015 causaram uma perda de mais de 50% nas populações dos besouros chamados rola-bosta. Esses insetos são essenciais para a recuperação dos ecossistemas através da dispersão de sementes e nutrientes.

Uma equipe internacional de pesquisadores, entre os quais estão representantes da Universidade Federal de Lavras (UFLA), foi até a Amazônia para investigar como a seca extrema e os incêndios florestais durante o fenômeno climático do El Niño em 2015 impactaram a biodiversidade animal e os processos ecológicos realizados pelos animais nas florestas. O estudo, publicado nesta segunda-feira, 10, na revista científica internacional Biotropica, é resultado de uma pesquisa de longo prazo envolvendo cientistas do Brasil, Reino Unido e Nova Zelândia, conduzido antes e depois dos incêndios de 2015.

Os cientistas trouxeram novas revelações sobre como uma força climática catastrófica afetou a fauna Amazônica. Um dos principais resultados revela que a seca extrema e os incêndios florestais durante o El Niño de 2015 causaram consequências drásticas para os besouros conhecidos como rola-bosta e, consequentemente, para contribuição desses insetos para processos ecológicos que são importantes para as florestas.


Segundo Filipe França, pesquisador brasileiro na Universidade de Lancaster no Reino Unido, egresso da UFLA e primeiro autor do estudo, embora todos os sítios florestais tenham apresentado um número reduzido de besouros após o El Niño, maiores perdas populacionais foram observadas nas florestas queimadas do que em florestas afetadas apenas pela seca. 

“Nós coletamos cerca de 8 mil besouros antes do El Niño. No entanto, a seca e os incêndios florestais em 2015 causaram uma perda de mais de 50% nas populações de besouros – impactos que se perpetuaram ao longo do tempo, ficando ainda piores depois de quase dois anos”, salienta França.

A doutoranda da University of Canterbury na Nova Zelândia e mestre em Ecologia Aplicada pela UFLA, Laís Maia, explica que a perda de besouros também afetou a contribuição dos insetos para a manutenção da saúde e recuperação florestal. 

"Muitos besouros morreram por causa da seca e dos incêndios que ocorreram durante o El Niño em 2015. O mais triste é que a perda dos besouros também resultou em menores taxas de dispersão de sementes e nutrientes – algo preocupante para a recuperação em longo prazo das florestas amazônicas”. 

Outro resultado apontado no artigo foi que atividades antrópicas, como a remoção de madeira, que ocorreram muito antes do El Niño de 2015, também influenciaram os impactos da seca e incêndios florestais na biodiversidade de besouros. 

O professor Júlio Louzada, do Programa de Pós-Graduação em Ecologia Aplicada da Universidade Federal de Lavras (UFLA), coautor do estudo, esclarece que florestas que já haviam experienciado exploração madeireira e incêndios florestais, e que pegaram fogo novamente durante o El Niño, foram mais afetadas do que as que eram até então intactas. 

“Nós monitoramos tanto florestas que eram intactas e não tinham distúrbios antrópicos, quanto florestas que já haviam sofrido com exploração madeireira e incêndios anteriores ao El Niño. Assim, nossos resultados mostram que os besouros e suas atividades ecológicas foram impactados não apenas pela seca e incêndios durante o El Niño, mas também por distúrbios antrópicos que aconteceram naquelas florestas muito antes do evento climático de 2015”, destaca o professor.

A investigação foi realizada na região de Santarém, no estado do Pará.

‘Apocalipse dos insetos’ em pauta
Cientistas vêm alertando para o fato de que o planeta estaria passando por um ‘apocalipse dos insetos’, com cerca de 40% de todas espécies de insetos conhecidas sob risco iminente de extinção.

França avalia que a situação é preocupante, pois os insetos desempenham um papel essencial para os ecossistemas e populações humanas. “No caso dos rola-bosta, por exemplo, a contribuição deles para a recuperação das pastagens e controle de pragas nos Estados Unidos foi estimada em 380 milhões de dólares. Porém, esse valor pode ser muito maior se considerada a importância desses besouros para a manutenção da saúde do solo e recuperação dos ecossistemas florestais”.

Para a bióloga Joice Ferreira, co-autora do estudo e pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Amazônia Oriental), a pesquisa demonstra que são múltiplas as ameaças contribuindo para a perda global dos insetos. “Nosso estudo é um bom exemplo das múltiplas ameaças que os insetos das florestas tropicais vêm sofrendo ao redor do mundo. Mais importante que isso: nós demonstramos que os impactos das ameaças antrópicas e climáticas não se limitam apenas às perdas nas populações de insetos, mas também na contribuição deles para processos ecológicos importantes para os ecossistemas”.

França destaca que as atividades humanas, como desmatamento e degradação florestal, também favorecem as mudanças climáticas que, por consequência, estão causando eventos extremos climáticos mais frequentes que trazem consequências drásticas para a biodiversidade florestal. 

“As florestas tropicais ao redor do mundo estão cada vez mais ameaçadas por múltiplos fatores, e os besouros rola-bosta nos mostraram que a combinação de climas mais quentes e secos, extremos climáticos e distúrbios florestais causados pelo homem podem agravar ainda mais o apocalipse de insetos, bem como a perda dos beneficios que eles trazem para a natureza e humanidade.”

Entenda melhor a pesquisa:
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As instituições brasileiras envolvidas no projeto são: Rede Amazônia SustentávelEmbrapa Amazônia OrientalUniversidade Federal de Mato GrossoUniversidade Federal do Oeste do ParáUniversidade Federal de LavrasUniversidade do Estado de Minas Gerais e Museu Paraense Emílio Goeldi. No exterior, as instituições envolvidas na pesquisa incluem a Lancaster University University of Oxford, no Reino Unido; e a University of Canterbury na Nova Zelândia.

por Ana Eliza Alvim - da assessoria da UFLA

EM APOIO À CRIAÇÃO DO TRF-6, AGOSTINHO PATRUS RECEBE PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Durante encontro da ALMG, representantes dos Três Poderes destacaram ganhos com implantação do Tribunal Regional Federal da 6ª Região em Minas

O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Agostinho Patrus, recebeu, na última quinta-feira, 6, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, e outras autoridades, em solenidade que marcou uma nova etapa da mobilização em prol da criação do Tribunal Regional Federal da 6ª Região, o TRF-6. 

Representantes dos Três Poderes foram unânimes em celebrar a importância da criação da nova Corte em Minas Gerais. A solenidade aconteceu no Salão Nobre da ALMG, em Belo Horizonte. 

O encontro integra as ações do movimento “Minas Mais Justiça”, que tem como foco da instalação da futura Corte no Estado. A implantação do novo TRF em Minas já conta com uma proposta em tramitação no Congresso Nacional, o Projeto de Lei 5.919/19, de autoria do próprio presidente do STJ. 

Lançado oficialmente em outubro do ano passado, o “Minas Mais Justiça” trabalha pela efetivação da nova Corte, com o objetivo de desafogar o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), localizado em Brasília – que hoje abrange Minas Gerais, além de outros 12 estados e o Distrito Federal. Cerca de 40% dos processos em tramitação do TRF-1 são originados de Minas.

Além de lembrar os benefícios que a criação do novo tribunal proporcionará à população, o que inclui maior acesso ao Judiciário e agilidade na tramitação de processos judiciais, o presidente da Assembleia de Minas exaltou o trabalho do presidente do STJ na defesa desta causa. 

“Este é um pleito de duas décadas e que une a todos nós, de todos os Poderes. Sob a liderança do ministro Noronha, vamos trazer o TRF-6 para Minas Gerais, a fim de garantir celeridade nos julgamentos das ações e aproximar a Justiça dos jurisdicionados”, declarou Agostinho Patrus.

Para o presidente da ALMG, “conferir agilidade aos processos encaminhados à Justiça Federal não é tão somente apresentar melhores resultados numéricos e estatísticos”. 

“Os números, por mais contundentes que sejam, guardam histórias de vida. Processos que levam anos até a conclusão são, por vezes, a angústia de uma família. É dever de todos proporcionar aos cidadãos a dignidade que permeia as nossas discussões. É em sua face mais humana e despida de predileções que a justiça se apresenta na sua essência”, completou o presidente.

Ao celebrar a união de esforços pela criação da nova Corte, o presidente do STJ, ministro João Otávio de Noronha, citou o grande volume de processos julgados pelo TRF-1, onde tramitam os casos relativos a Minas, assim como a demora nos julgamentos. 

“O desafio é grande, mas é um projeto inteligente, que vai garantir mais celeridade nos julgamentos, sem impactos orçamentários. Mais do que o princípio do acesso universal à Justiça, o cidadão precisa de um Judiciário que atue em um tempo razoável, o que não é possível com o atual volume do TRF-1. A solução é criar um tribunal que possa redistribuir essa quantidade”, destacou João Otávio de Noronha.


Entre as demais autoridades presentes ao encontro estavam, ainda, dezenas de parlamentares da ALMG; o governador Romeu Zema; o presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Nelson Missias; o procurador-geral de Justiça do Estado, Antônio Sérgio Tonet; o conselheiro-ouvidor do Tribunal de Contas do Estado, Durval Ângelo; o defensor público-geral, Gério Patrocínio; e o deputado federal Fábio Ramalho (MDB-MG), que é relator, na Câmara dos Deputados, do projeto que propõe a criação do TRF-6. 

Dirigentes da Ordem dos Advogados do Brasil e de associações representativas de órgãos do Poder Judiciário também participaram do evento.

MULHERES DESABRIGADAS PELA CHUVA GANHAM DIA DE BELEZA EM BH

Ação voluntária aconteceu hoje até à 16h e foi realizada por cabelereiras da Mutari, no bairro Santa Terezinha

Após temporais terem atingido a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) nas últimas semanas, uma equipe de profissionais da marca mineira Mutari Cosméticos estão unidas para um mutirão de beleza que em meio a tantas tensões, pretende proporcionar um motivo de autoestima e esperança para mulheres desabrigadas pelas chuvas. O dia de beleza contempla lavagem, hidratação e escova. 

Elas chegaram por volta das 9h desta segunda-feira, 10 de fevereiro, na ONG Brasil Melhor (Rua Cristiano Otoní, 133, Santa Terezinha), espaço no qual estão abrigadas há dias com a ajuda de voluntários e da comunidade local. A previsão era de que até às 16h de hoje, fossem atendidos dezenas de pessoas. 

Ana Cristina Baptistelli, uma das diretoras da empresa, explica que este é um momento de solidariedade e de empatia para com aqueles que necessitam de nosso apoio e atenção. “Agora pela manhã, já atendemos cerca de 25 mulheres. Queremos transmitir a coragem para lutar e a driblar a tristeza dessas famílias que estão aqui. A gente também quer distraí-las com um bate papo legal e amigo também”, pontua. 

COOPERCAM LANÇA PROJETO AMBIENTAL RECICLA+


O lixo em geral é um grande problema para o meio ambiente. As muitas décadas de descarte incorreto têm acumulado não somente montanhas de dejetos, como também danos à vida do planeta terra em geral. Reverter essa situação tornou-se uma obrigação dos tempos atuais, pois a destinação correta do lixo é garantir a vida das gerações futuras. Afinal, essa ação também faz parte dos cuidados prementes com o meio ambiente.

Felizmente, muitas pessoas têm, cada vez mais, se preocupado com o descarte correto do lixo. Muitas cidades já adotam a separação de lixo orgânico e recicláveis, por exemplo. Mas, dentro de casa, mora um perigo bem grande ao meio ambiente: as pilhas e baterias. Caso esses materiais não sejam descartados corretamente, causam muitos danos ao meio ambiente e ao homem.

Na composição dessas pilhas e baterias estão metais pesados como o cádmio, o chumbo e o mercúrio, que são extremamente perigosos à saúde humana. Dentre os males provocados pela contaminação com esses componentes está o câncer e as mutações genéticas.

Mas é importante saber que as pilhas e as baterias em funcionamento não oferecem riscos. O problema surge quando elas são descartadas no lixo comum e passam por modificações na cápsula que as envolvem. Ou seja, quando sofrem amassos, estouros ou vazam o líquido tóxico de seus interiores. Esse material tóxico se acumula, torna-se lixo não biodegradável (não é consumido com o passar dos anos) e contamina o solo e lençóis freáticos. Atualmente, a legislação brasileira exige que os fabricantes recebam de volta pilhas e baterias e deem a elas o destino adequado.

Recicla+
Pensando nisso, a Cooopercam resolveu abraçar a causa do descarte correto de pilhas e baterias. Assim, nasceu o Recicla+, um projeto ambiental para ajudar o meio ambiente a ter menos lixo tóxico.

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, o Brasil produz cerca de 800 milhões de pilhas por ano. Estima-se que cada brasileiro consuma menos de cinco pilhas comuns anualmente. 

“Esses números impressionam quando pensamos que boa parte desse material vai para o lixo comum e causa muitos danos ao meio ambiente”, explica Pâmela Corrêa, responsável pelo marketing da Coopercam.

Como a Coopercam já é ponto de coleta de embalagens de agrotóxicos (que também necessitam de um descarte correto), a Cooperativa uniu o útil ao agradável. “De forma regular, enviamos essas embalagens para uma empresa especializada e vamos aproveitar a ‘carona’ para despachar também pilhas e baterias que não serão mais utilizadas por nossos cooperados e colaboradores”.

Caixas específicas para receber esses materiais estão disponíveis nas lojas da Coopercam em Campos Gerais, Campo do Meio e distrito de Córrego do Ouro. “A nossa ideia é que não somente colaboradores e cooperados criem o hábito de trazer essas pilhas e baterias para a Coopercam. Queremos que toda a comunidade se sinta à vontade para abraçar essa causa com a gente”, finaliza Corrêa.

MGS ESTÁ COM NOVO PROCESSO SELETIVO PARA MAIS DE 40 CIDADES DE MINAS


A MGS – Minas Gerais Administração e Serviços abriu inscrições para provimento de vagas e formação de cadastro reserva, para empregos de nível fundamental incompleto, nível fundamental completo, nível médio, nível técnico e nível superior, em diversas áreas de atuação.

Os cargos abaixo estão disponíveis para inscrição, para mais de 40 cidades:

Nível Fundamental Incompleto: Agente de Serviço de Parque Habilitado A, Agente de Serviço de Parque Habilitado B, Agente de Serviço de Parque Não Habilitado, Cantineiro, Capineiro, Copeiro, Cozinheiro, Jardineiro, Rurícola, Servente de Limpeza e Viveirista.

Nível Fundamental Completo: Artífice, Porteiro Escolar, Porteiro/Vigia e Vigia Motorizado.

Nível Médio Completo: Auxiliar Administrativo, Digitador, Monitor, Monitor Ambiental, Monitor Ambiental Habilitado A, Motorista B, Motorista D, Teledigifonista e Telefonista.

Nível Técnico: Técnico em Segurança do Trabalho.

Nível Superior: Farmacêutico, Psicologo e Assistente Social.

Por meio do site do IBFC – www.ibfc.org.br, o candidato poderá inscrever-se até o dia 25 de fevereiro de 2020 e acessar o Edital de Abertura no qual se encontram todas as informações relativas ao Processo Seletivo, como os locais de trabalho e requisitos mínimos para ingresso.

Os valores da inscrição são de R$ 38,00 para Cantineiro e Capineiro, R$ 37,00 para Porteiro Escolar, R$ 50,00 para Ensino Superior, R$ 44,00 para Ensino Médio e R$ 35,00 para Ensino Fundamental.

Após o preenchimento da ficha de inscrição, o candidato deverá imprimir o boleto bancário e efetuar o pagamento de modo a efetivar sua inscrição.

A empresa
Com 66 anos de fundação a MGS – Minas Gerais Administração e Serviços S.A., criada em 18 de janeiro de 1954, é uma sociedade anônima de capital fechado sob a forma de Empresa Pública, orientada pela Lei Estadual nº 11.406, de 28 de janeiro de 1994, e de acordo com seu Estatuto Social. 

Em projeto de lei aprovado recentemente pela Assembleia Legislativa, dentro do conjunto da reforma administrativa do Estado encaminhada pelo então governador Fernando Pimentel (PT), a MGS teve a sua área de atuação ampliada pela possibilidade de prestar seus serviços, também, para o nível Federal, além dos Estados, Distrito Federal e Municípios - caput com redação dada pelo artigo 184 da Lei nº 22.257, de 27/07/2016.