quinta-feira, 6 de julho de 2017

QUEIJO DE ALAGOA É PREMIADO NA FRANÇA

Produto artesanal recebeu medalha de bronze entre 600 produtos de mais de 20 países. Sebrae Minas é grande apoiador da empresa vencedora

O Sul de Minas é tradicionalmente conhecido pela qualidade de seus cafés. Mas, recentemente, um outro produto sulmineiro ganhou destaque internacional: o queijo artesanal Alagoa. 

Produzido no pequeno município de Alagoa, o Queijo Alagoa Grande possui características exclusivas e recebeu a medalha de bronze no “Mondial du Fromage de Tours” (Salão Mundial do Queijo), um dos mais tradicionais concursos do mundo.

A Queijo d’Alagoa – MG foi criada em 2009, com o apoio do Sebrae Minas, a partir da ideia do empreendedor, Osvaldo Filho, de vender queijo artesanal pela internet. 

O empresário procurou a instituição para tirar dúvidas sobre e-commerce e receber auxílio em assuntos diversos ligados à abertura e gestão do próprio negócio. 

“Recebemos o Osvaldo em nosso ponto de atendimento, em São Lourenço, e disponibilizamos a ele dados do setor, orientações e conteúdo que possibilitaram ao empreendedor as condições necessárias de realizar a gestão completa desse tipo de negócio. Em poucos anos, a Queijo d’Alagoa – MG cresceu, se tornou conhecida nacionalmente. Toda a equipe do Sebrae Minas se sente orgulhosa desse projeto que ajudamos a construir, desde a sua concepção”, avalia a analista do Sebrae Minas na microrregião da Mantiqueira, Ticiana Tranqueira Malta Lopes.

“Através do Sebrae recebo apoio para participar de programas e projetos que contribuem muito para o fortalecimento e presença da marca "Queijo d'Alagoa MG". Isso é essencial para o crescimento da empresa e fortalecimento de nosso negócio”, afirma o empresário.

Queijo d’Alagoa – MG
O empresário Osvaldo Filho é bisneto do tropeiro alagoense Jeremias Sene, que vendia os queijos, além das montanhas da Mantiqueira, levando os produtos dentro de balaios de bambu, no lombo dos burros. 

Há sete anos, Osvaldo teve a ideia pioneira de vender o queijo produzido na cidade pela internet. Daí, nasce a Queijo d’Alagoa – MG, um e-commerce que vende, além dos queijos, cafés especiais e geleias. 

Em 2014, a empresa recebeu o Prêmio José Costa, promovido pelo Diário do Comércio e pela Fundação Dom Cabral, o Troféu MG Turismo, do Jornal MG Turismo de Belo Horizonte e, no mesmo ano, o queijo conquistou o 1º Lugar no concurso O Melhor Queijo de Alagoa. 

Também recebeu medalha de prata e de bronze no Prêmio Queijos Brasil. Em abril de 2017, foi aberta a loja física em Alagoa e, meses depois, recebeu entre mais de 600 produtos de 20 países, uma das medalhas de bronze no “Mondial du Fromage de Tours” (Salão Mundial do Queijo). 

“Essa medalha de bronze francesa significa um importante reconhecimento à alta qualidade do nosso queijo e ao valor do nosso trabalho, posicionando a cidade de Alagoa num patamar internacional. Afinal, o produto local se destacou entre 600 queijos de todo o mundo”, afirma o empreendedor. 

Atualmente, a empresa comercializa, aproximadamente, 400 peças de queijos por mês e o e-commerce é motivo de grande orgulho. 

“Poder levar o nome da nossa cidade, nossa história, nossa tradição, nossa cultura a outras partes do país e do mundo, é muito gratificante! O legal é que os clientes compram o queijo pela internet e depois querem vir conhecer Alagoa. Nossa loja física tornou-se um ponto turístico da cidade, atraindo clientes de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília”, avalia Osvaldo Filho. 

O Queijo Alagoa
Com cerca de 2,4 mil habitantes, Alagoa é uma cidadezinha do Sul de Minas, localizada em uma região conhecida como Terras Altas da Mantiqueira, que fica no Caminho Velho da Estrada Real. O clima frio, com temperaturas negativas em certas épocas do ano, é propício para a criação do gado mestiço e holandês. E

ssa é principal característica que confere um sabor singular ao Queijo Artesanal Alagoa. O nome correto é Queijo Alagoa, apesar de ser conhecido também como "Parmesão de Alagoa" ou "Parmesão da Mantiqueira". 

A produção é artesanal e utiliza como matéria-prima o leite cru (não pasteurizado), sem corante (substância usada em muitas indústrias brasileiras para colorir o produto).

Para cada um quilo de queijo são gastos, em média, dez litros de leite. São cerca de 80 produtores que, juntos, conferem ao município o título de Terra do Queijo Parmesão. 

O produto é patrimônio cultural municipal, registrado no Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha). A Lei Municipal 828/2010 instituiu o 4º sábado de maio como o Dia do Queijo e do Queijeiro de Alagoa. 

O mês foi escolhido por ser considerado o início do melhor período para de produção. Por isso, no mesmo período é promovido na cidade um festival que visa valorizar o queijo e os produtores, com palestras, divulgação e show gratuito a toda população.

por Luciana Trindade - da Agência Sebrae Minas de Notícias 

DIA CULTURAL COM MÚSICA E TEATRO NO CAMPUS


Arte e diversão tomaram conta da Universidade Federal de Lavras (UFLA) no último sábado, 1º de julho. Ao entardecer, uma multidão foi contagiada pela energia das bandas Tiu Johnny e Tianastácia, que se apresentaram em um palco a céu aberto no canteiro central do câmpus, próximo ao centro de convivência. 

À noite, foi a vez do Teatro Construção encenar com brilhantismo a peça “O Médico Saltador”, no Salão de Convenções, em comemoração aos seus 39 anos de fundação.

As apresentações atraíram um público diverso e de todas as idades, que aproveitou com tranquilidade e segurança o dia de lazer. 

Para o vocalista Fábio Haddad, foi uma grande oportunidade de mostrar o trabalho autoral da banda. “A parte mais artística do artista é aquilo que ele cria, e são raras as oportunidades que temos de mostrar nosso trabalho real, o que pensamos, escrevemos e expressamos. Tocar para um público tão grande, mostrando o nosso som autoral e abrindo o show de uma banda conhecida a nível nacional, é realmente uma oportunidade muito bacana”, destacou.

20 anos de história e música para todas as idades
A apresentação do Tianastácia no final da tarde eletrizou o público presente durante duas horas e mostrou por que a banda, com seus 20 anos de atividade, continua sendo uma das mais significativas no cenário da música mineira. 

O show faz parte da turnê “Rock nas Universidades”, promovida para comemorar as duas décadas de formação do grupo e divulgar seu novo disco “Escorrega um, cai cinco”.

Para o vocalista Podé Nastácia, o artista tem que ir aonde o público está. “O nosso público vem se renovando ao longo desses 20 anos. Tem gente que está na universidade que ainda não conhece o Tianastácia, ou que conhece e nunca foi ao show. Por isso a ideia de fazer essa turnê, essa possibilidade de tocar nas universidades e estar próximo de um público jovem é muito interessante”, contou.

A abertura do show ficou por conta da versão de “Conto de Fraldas”, canção composta por Tom Zé, um dos grandes sucessos da banda. O set list incluiu inéditas do novo disco e as clássicas “Rama”, “Fora de Controle”, “Limitado”, “Sapo”, “Sanatório” e “O Sol”, regravada pelo renomado Milton Nascimento e hit pop na versão de Jota Quest. 

Os músicos homenagearam também bandas consagradas do rock nacional, como Charlie Brown Jr., Capital Inicial, Legião Urbana e Raimundos, além do duo de rock norte-americano White Stripes. No encerramento, a música “Cabrobró”, primeira da banda a ganhar projeção nacional, além do bis com crianças no palco para cantarem a canção “Love, love”, trilha da novela infantil “Cúmplices de um resgate”.

Teatro Construção encena comédia premiada nacionalmente
Na noite de sábado, o grupo lavrense Teatro Construção apresentou a peça “O Médico Saltador”, do dramaturgo francês Molière, no Salão de Convenções. A apresentação trata de uma comédia que envolve as artimanhas de um criado para promover a união do patrão com a sua amada.

Apresentação de “O Médico Saltador”, pelo Teatro Construção

A peça, que tem adaptação do diretor executivo e artístico do grupo, o ator Ricardo Calixto, despertou a atenção da plateia, que também não economizou nas gargalhadas. “Nós resolvemos trabalhar com personagens que têm performances. É uma comédia hilariante que foi premiada no Festival Nacional de Teatro”, explicou.

Após o teatro, Calixto agradeceu ao público pela presença e destacou a trajetória de quase quatro décadas do grupo. “Foram vários espetáculos e momentos com grandes artistas. Hoje, com esse elenco renovado de sete anos para cá, estamos abrilhantando várias cidades.”

Calixto lembrou ainda da cooperação da UFLA e do incentivo da instituição na apresentação das peças. “A UFLA tem sido uma parceira fundamental. E essa parceria vem se perpetuando quando a Universidade abre as portas para a arte e para o teatro em seus espaços.”

COOPERATIVA ADOTA JARDIM SENSORIAL EM ESCOLA MUNICIPAL DE MACHADO

 
No último sábado, 1º, a Cooperativa Agrária de Machado (Coopama) realizou mais uma edição do Dia C – Dia de Cooperar - na cidade de Machado, no Sul de Minas.
 
 
Esta é uma iniciativa do Sistema Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Ocemg) que, com o apoio e a participação efetiva das cooperativas de Minas Gerais, tem o objetivo de promover e estimular a integração das ações voluntárias de todas as cooperativas, cooperados, colaboradores e familiares, em um grande movimento de solidariedade cooperativista.

Em 2017 a Coopama adotou o projeto “Despertando a sensibilidade e unindo forças” colaborando com o Jardim Sensorial da Escola Municipal Padre José de Souza Ribeiro, que recebeu o nome da Professora Angélica Corsini de Almeida, figura estimada pela população machadense, que muito contribuiu para a alfabetização da comunidade local, falecida em 2015.

Mais de 300 pessoas entre alunos, convidados, cooperados, colaboradores, diretoria executiva e autoridades locais como o prefeito Julbert Ferri, a vice Ana Maria Gonçalves, a secretária de Educação Márcia Ferri, o secretário de Agricultura Sinval Lima e o secretário de Governo Lúcio Gonçalves, estiveram presentes para a inauguração do Jardim Sensorial.
 
O espaço tem como objetivo criar um espaço acessível e estimulador aos alunos com deficiência, quaisquer que sejam elas, possibilitando um contato sensorial com a natureza, contribuindo para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social, promovendo a inclusão.
 
Além do contato com a natureza, os alunos podem conhecer formas, texturas, dentre outras ações, estimulando os sentidos, seja tato, olfato, visão ou audição.

O projeto “Despertando a sensibilidade e unindo forças” foi desenvolvido em parceria com os professores da sala de Recursos Multifuncionais e as professoras regentes das turmas do 4º e 5º ano da escola, em parceria com instituições educacionais, Secretaria de Educação e Coopama.

Logo após o descerramento da placa, feito pelos filhos da homenageada, a população foi convidada a conhecer o Jardim Sensorial. O Jardim Sensorial é um marco para a cidade e trará grandes benefícios e acessibilidade aos alunos da escola municipal, principalmente àqueles com algum tipo de deficiência.

CAPOEIRA É TEMA DE PROJETO DESENVOLVIDO NA UNIDADE DA UEMG EM DIVINÓPOLIS

Aulas de capoeira na quadra da Unidade Divinópolis. Ao centro, Eudes Misael

A roda de capoeira é uma das mais importantes representações da cultura do Brasil e, por compreender sua força, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) a reconheceu como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, durante a 9ª Sessão do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Imaterial, em Paris, em 2014. 

No site do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), é explicada a importância deste reconhecimento: “É uma conquista muito importante para a cultura brasileira e expressa a história de resistência negra no Brasil, durante e após a escravidão. Originada no século XVII, em pleno período escravista, desenvolveu-se como forma de sociabilidade e solidariedade entre os africanos escravizados, estratégia para lidarem com o controle e a violência. Hoje, é um dos maiores símbolos da identidade brasileira e está presente em todo o território nacional, além de praticada em mais de 160 países, em todos os continentes”.

Percebendo a representatividade desta arte, desde 2011 é desenvolvido, na UEMG Unidade Divinópolis, o projeto “Capoeira: das senzalas à universidade”, do curso de Educação Física (Bacharelado), sob orientação do professor Fábio Peron Carballo, coordenador do curso. 

Em seis anos de trabalho, cerca de 200 pessoas, entre crianças, jovens e adultos, já participaram do projeto, que é gratuito e acontece às segundas, quartas e sextas-feiras, das 17h40 às 18h40, na quadra da unidade.

O responsável por ministrar as aulas é o mestre de capoeira Eudes Misael da Silva, voluntário no projeto, formado em Educação Física (Licenciatura) na UEMG Divinópolis e estudante do mesmo curso, no Bacharelado. 

Para ele, o desenvolvimento deste projeto, sobre capoeira, dentro do ambiente acadêmico torna-se uma ferramenta de fomento, transformação e ação social. 

“Manter um projeto de capoeira na universidade é garantir o diálogo entre a comunidade, estudantes, professores e funcionários da instituição”, complementa Eudes.

Além dos estudantes dos cursos de Educação Física – Bacharelado e Licenciatura –, outros acadêmicos participam do projeto. 

Estudantes dos cursos de História, Pedagogia, Engenharia Civil e Letras também frequentam as aulas, como é o caso de Elizamara Marçal Pelegrino, do 9º período de Engenharia Civil, que participa do projeto desde janeiro de 2017. 

Para a estudante, o projeto é importante para acabar com o preconceito que o envolve: “Ainda se vê muito preconceito com a capoeira. Às vezes, ela estar em um ambiente acadêmico pode ajudar a acabar com esse preconceito e mostrar para as pessoas que capoeira é coisa séria e independe de cor, raça ou gênero; qualquer um pode praticar”.


Ralder Marco Aurélio dos Santos também é egresso do curso de Educação Física (Licenciatura) e está no 7º período do mesmo curso, agora no Bacharelado. Para ele, o projeto é de extrema importância para a universidade, pois proporciona às comunidades acadêmica e externa a prática de atividade física e também propaga toda a questão cultural e histórica da capoeira. 

“Além disso, a instituição possui os cursos de Educação Física, que têm, em sua grade, disciplinas sobre lutas. Dessa forma, este projeto dá aos estudantes que têm interesse a possibilidade de aprender mais, na prática, além de tirar dúvidas”, expõe Ralder. 

Portanto, o projeto, que começou com o objetivo de descriminalizar a capoeira e gerar material acadêmico, ainda serve como laboratório para os estudantes.

Sobre este aspecto, Eudes, que pratica capoeira há mais de 20 anos, destacou quais foram os seus maiores aprendizados: “A licenciatura me proporcionou melhores dinâmicas e metodologias de ensino. Agora consigo montar um plano de aula adequado para qualquer faixa etária, analisar movimentos, investigar se estão adequadas para o desenvolvimento geral do indivíduo. A licenciatura é a base para qualquer professor. Associando o conhecimento de capoeira, ao longo desses 20 anos de prática, me tornei um professor mais seguro e preparado. Já o bacharelado tem me possibilitado melhorar a parte técnica do capoeirista. Refinar movimentos, melhorar a condição física e o rendimento. Trabalhar a capoeira como esporte e luta. Com o conhecimento da anatomia e biomecânica, consigo prolongar o rendimento do atleta/capoeirista e seu tempo na capoeira, proporcionando, assim, melhora na qualidade de vida”.

Daniel Aparecido Ferreira, que é egresso do curso de Educação Física (Licenciatura) e participa do projeto desde 2012, conta que se interessou pelo curso depois que começou a participar do projeto. 

“A capoeira, no meu período de formação na faculdade, foi o meu diferencial. Hoje, posso contar que tenho duas formações: sou educador físico e professor de capoeira”.

Além das aulas, o projeto participa de alguns eventos, como o que ocorreu em comemoração ao Dia Mundial da Saúde, no último 8 de abril, na Praça da Catedral, no Centro de Divinópolis. 

O evento foi promovido pela Secretaria Municipal de Saúde de Divinópolis (Semusa), em parceria com três instituições de ensino – UEMG, Universidade Federal de São del-Rei (UFSJ) e Universidade José do Rosário Vellano (Unifenas). 

Durante o evento, os cerca de 30 capoeiristas que participam do projeto em 2017 puderam expor o que foi aprendido até agora.

Dia Mundial da Saude

Já entre os dias 28 e 30 de abril, foi realizado o 3º Festival Internacional Capoeira Sião, que contou com a presença de vários mestres de capoeira, não apenas da região, mas também de outros países, como a Alemanha. 

“Durante os três dias de evento, foram realizadas várias rodas de capoeira com o intuito de integrar os alunos aos mestres. Aconteceram, também, oficinas, em que mestres e professores convidados puderam aumentar o conhecimento dos alunos sobre técnicas e musicalidade”, destaca Eudes.

No festival, ocorreu a troca de cordas, que é o momento em que o aluno recebe a graduação equivalente ao seu esforço e dedicação na prática da capoeira. 

No evento, 21 alunos trocaram suas graduações, inclusive o mestre Eudes, que também recebeu uma graduação surpresa: a corda marrom, em reconhecimento aos 20 anos de dedicação à capoeira.

3º Festival Internacional Capoeira Sião

As perspectivas do projeto são, entre outras, tornar-se uma referência nacional para difundir ainda mais a prática da capoeira, principalmente no meio acadêmico. 

“Esperamos melhorar e manter o projeto, atingir cada vez mais pessoas, promover mais ações junto à comunidade e fazer do projeto uma referência nacional, pois já é pioneiro na cidade e aqui se tornou referência”, finaliza Eudes.

As inscrições para participar do projeto devem ser feitas no próprio local onde são realizadas as aulas de capoeira.

por Isabella Marques - da assessoria UEMG Divinópolis

VISITRANS DISPONIBILIZA ATENDIMENTO A FAMILIARES DE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS EM JUIZ DE FORA

Centro de Psicologia Aplicada da UFJF

Familiares de pessoas travestis e transexuais  já podem integrar o Visitrans, projeto de extensão desenvolvido pelo Núcleo de Pesquisas e Práticas em Psicologia Social, Políticas Públicas e Saúde da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).  

Criado há três anos e meio, com o objetivo de fomentar uma rede de troca de experiências e vínculos entre as pessoas travestis e transexuais da cidade, o Visitrans iniciou este mês o atendimento formal às famílias desta população.

“Percebemos, nos últimos meses, um aumento do número de familiares, principalmente mães, buscando suporte para lidar com a identidade de gênero de seus filhos e filhas. Verificamos as especificidades de cada público e decidimos dividir as reuniões. Teremos os encontros com travestis e transexuais, que já acontecem desde a criação do grupo e, separadamente, com os familiares dessas pessoas”, explica a psicóloga do Visitrans, Brune Coelho.

O Visitrans atendia, exclusivamente, às pessoas travestis e transexuais. Agora, após a ampliação do projeto, serão trabalhados também os medos, anseios, angústias e dúvidas das famílias frente ao processo de transição de gênero. 

As reuniões com familiares ocorrerão sempre na última segunda-feira do mês, às 19h, no Centro de Psicologia Aplicada (CPA) da UFJF, no Bairro Granbery.

“Discutiremos também formas e estratégias de a família respeitar e apoiar a identidade de gênero das pessoas trans, lutando pelo fim da transfobia –  discriminação  contra travestis e transexuais – presente na nossa sociedade. É fundamental o apoio da família para que a pessoa travesti ou transexual tenha qualidade de vida e força para vencer os preconceitos”, salienta a psicóloga.   

Fomentar a troca de experiências e combater a transfobia
As reuniões com as pessoas travestis e transexuais ocorrem quinzenalmente, às segundas-feiras, sempre às 19h, no CPA.  

“O projeto, sob coordenação da professora da Faculdade de Psicologia, Juliana Perucchi, busca levantar quais as reais demandas e necessidades da população trans no âmbito municipal e pensar em estratégias coletivas de ação, com protagonismo da própria população em questão”, explica Brune Coelho.

Com base nas demandas levantadas junto ao público-alvo, já foram estabelecidas  parcerias que visam à melhoria da qualidade de vida e saúde de travestis e transexuais.

“Articulamos uma parceria com o setor público de saúde, através do Serviço de Atendimento Especializado (SAE). No SAE, são oferecidos atendimentos gratuitos com a psicóloga Glaucia David; com a ginecologista Claudia Bueno para acompanhamento hormonal; e com o nutricionista Flávio Holman, para questões relativas à alimentação e promoção da saúde. Temos parceria, também, com o Núcleo de Prática Jurídica da UFJF, através do professor João Beccon,  para orientações jurídicas e processos de retificação do registro civil desta comunidade. Os processos de retificação do registro civil são aqueles em que a pessoas trans buscam, junto à justiça, mudar seu nome e gênero nos documentos, um direito que entendemos que evita os constrangimentos públicos e os desrespeitos. Outro parceiro que temos é o Centro de Referência em Direitos Humanos, que oferta atendimento psicológico gratuito através da psicóloga Maria José.”

Os interessados em participar das reuniões do Visitrans devem agendar, por e-mail ou telefone, conversa inicial com a psicóloga do projeto: (32) 3216-1029 (Centro de Psicologia Aplicada da UFJF) ou brunecbrandao@yahoo.com.br.

O endereço do Centro de Psicologia Aplicada da UFJF é Rua Santos Dumont, 214, Bairro Granbery, em Juiz de Fora.

Outras informações: brunecbrandao@yahoo.com.br.