quinta-feira, 19 de março de 2015

COM RISCO DE EPIDEMIA DE DENGUE, FORÇA-TAREFA FEDERAL ASSUME O COMBATE EM LAVRAS



Lavras, no Sul de Minas, está travando uma a guerra contra o mosquito da dengue. O número de casos confirmados tem subido assustadoramente. Já são 228 pessoas com a doença e mais de 900 pacientes ainda aguardam o resultado dos exames, segundo a Vigilância em Saúde do município. 

A Força-Tarefa Federal composta por 45 agentes de saúde de endemias chegou à cidade para reforçar as equipes do município no trabalho para eliminar os focos do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. O trabalho dos agentes foi iniciado no bairro Lavrinhas. A Unidade de Pronto-Atendimento (URPA) recebeu 200 kits para realização de testes rápidos, que devem ajudar na agilidade dos diagnósticos.

O kit tem um período recomendado de uso para identificar a dengue. Ele deve ser usado até o 7º dia, mas não é seguro, o correto é até o 4º dia. Após esta data, é possível dar um falso negativo. Além da intervenção da força federal, todos os médicos e enfermeiros dos 17 Postos de Saúde da Família (PSFs) foram treinados para atender os pacientes nos bairros.

Em uma reunião realizada nesta segunda-feira, 16, a Vigilância em Saúde definiu o cronograma de atuação da Força-Tarefa para os próximos dez dias. Será realizado tratamento focal nas residências nas localidades com maior número de notificações. A equipe atuará nos bairros Nossa Senhora de Lourdes; Aquenta Sol; Vila Mariana; Cohab I e II; Caminho das Águas I e II; Vila Paraíso; Jardim Europa; Esplanada; Cidade Nova; Alto dos Ipês; Judith Cândido; Nova Era I e II; Campestre I, II e III e Centro. 

A Força-Tarefa permanecerá na cidade até o dia 27 de março.

ATOR ALEXANDRE NERO, EX-ALUNO DO CAMPUS MUZAMBINHO, RECEBE HOMENAGEM NA TV


Entre os dias 7 a 10 de outubro do ano passado, o Campus Muzambinho do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) recebeu alguns jornalistas e produtores da Rede Globo para gravação de depoimentos. 

O material foi usado no Arquivo Confidencial preparado para homenagear o ator Alexandre Nero no programa Domingão do Faustão. Nero interpretou o personagem "Comendador José Alfredo", na novela Império.


Alexandre Nero Vieira foi estudante do curso técnico em Agropecuária nos anos de 1985 a 1987. Natural de Curitiba, ele é sobrinho de um procurador federal, Ivonaldo Vieira, que trabalhou no Campus Muzambinho. Confira acima a ficha de matrícula assinada no momento que ele ingressou na instituição.

As entrevistas foram exibidas neste domingo e contaram com a participação de uma ex-professora do IFSULDEMINAS, Campus Muzambinho, professora Amália Dipe. O depoimento foi gravado no laboratório de Enfermagem e nas dependências do Prédio Pedagógico no dia 08 de outubro.

Amalia x Alexandre Nero
Um dos motivos da escolha da docente para participar desse arquivo é devido ao apelido que Alexandre possuía na época que ele estudava aqui. Por conta da semelhança nas fisionomias, o global era chamado carinhosamente pelos outros colegas de "Amália" (confira a comparação na foto ao lado).

"Naquela época os alunos eram muito próximos dos professores, nós dividíamos os problemas e vivenciávamos juntos as alegrias" comentou a prof.ª Amália que relembrou o jeito alegre e descontraído do seu ex-aluno.

Outro ex-professor do Campus a ceder entrevista ao quadro do programa foi o atual prefeito de Muzambinho, Ivan Antônio de Freitas, que, na época em que Alexandre estudou aqui, era Coordenador dos Internatos. Além dele, outros dois ex-alunos, Amauri Júnior e Marco Antônio Ferreira, da Instituição deram suas mensagens ao colega de sala.

A placa de ex-alunos da Turma de Alexandre Nero fica localizada logo ao centro do Prédio Pedagógico H. Confira a foto das gravações e da placa de turma do ator na galeria de fotos abaixo.
com Lucas Constantino - da assessoria do Campus Muzambinho

Para assistir ao quadro do programa, clique aqui.

VICE-CAMPEÃ MUNDIAL


A equipe Trem Ki Voa Micro conquistou o segundo lugar na Competição Mundial SAE Aerodesign East 2015, que aconteceu entre os dias 13 e 15 de março em Lakeland, no estado da Flórida, nos Estados Unidos. 

Os representantes da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) também receberam outros dois troféus, o de Maior Peso Carregado e o de terceira melhor Payload Fraction (eficiência estrutural) de sua classe.

A Trem Ki Voa Micro ficou atrás somente da equipe da Georgia Institute of Technology, dos Estados Unidos, sendo seguida pelas universidades da Polônia, Wroclaw University of Technology e Politechnika Poznanska. O campeonato é um desafio de engenharia aeronáutica que visa a criação de uma aeronave não tripulada, que é controlada via rádio para transporte de carga.

Na página oficial do Facebook, eles comentaram sobre a conquista: “Estamos extasiados. É difícil descrever a sensação deste momento, mas podemos começar pelo incrível sentimento de dever cumprido”.

A equipe da UFSJ garantiu a participação depois de vencer outras 25 na 16ª competição SAE Brasil Aerodesign, que reuniu mais de 1500 alunos de engenharia de todo o país em São José dos Campos no fim do ano passado. 

Para a disputa do mundial, foi preciso desenvolver um novo projeto, atendendo ao regulamento internacional. Os últimos testes na nova aeronave foram realizados no dia 7 de março, no Campus Tancredo Neves.

GOVERNADOR FERNANDO PIMENTAL AUTORIZA R$456 MILHÕES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA


O governador Fernando Pimentel (PT) participou nesta terça-feira, 17, da solenidade de assinatura de termo que autoriza a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) renovar convênios com 86 instituições públicas e privadas para a concessão de bolsas voltadas à área de ciência e tecnologia. 

Os convênios representam investimento de R$ 456 milhões pelos próximos cinco anos e vão beneficiar tanto jovens talentos do ensino médio quanto pesquisadores de pós-doutorado. 

O objetivo da parceria é assegurar a possibilidade e o compromisso da Fapemig e, portanto, do governo de Minas Gerais, de repassar recursos visando à manutenção e o fortalecimento do Sistema Mineiro de Ciência e Tecnologia (C&T).

Também participaram da celebração do termo, realizada no auditório da instituição de fomento à pesquisa, o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Miguel Correa, o presidente da Fapemig, Evaldo Vilela, e, representando as instituições de ensino, o reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Jaime Arturo Ramírez.

Estímulo à pesquisa
Após assinar o documento e assistir ao vídeo de apresentação dos bolsistas, Pimentel rendeu uma homenagem à Fapemig, bem como a toda comunidade científica de pesquisadores e de professores do Estado. “O trabalho desenvolvido pela Fapemig tem dado certo, tem frutificado e, por isso mesmo, tem de continuar. Daí a importância de renovarmos esses convênios para os próximos anos, para estimular a pesquisa, a ciência e a tecnologia em Minas Gerais”, disse.

As bolsas fazem parte de quatro programas com diferentes objetivos. Um deles, o de Iniciação Científica e Tecnológica (PIBIC), é responsável pela melhoria dos cursos de graduação e formação de quadros para a pós-graduação. Já o de Apoio à Pós-graduação (PAPG) auxilia as atividades de desenvolvimento da programação acadêmica.

Além destes, há ainda o de Iniciação Científica Júnior (BicJr), que visa despertar o interesse de jovens do Ensino Médio em ciência e tecnologia; e o de Capacitação de Recursos Humanos (PCRH), que capacita pesquisadores e técnicos das instituições estaduais dedicadas às atividades de CT&I. Anualmente, a Fapemig apoia cerca de 3 mil projetos de pesquisas e concede cerca de 8 mil bolsas destinadas a pesquisas em ciências, tecnologia e inovação.

Compromisso com a inovação
Pimentel também reafirmou o compromisso do Governo de Minas Gerais em investir na chamada “Economia do Conhecimento”, para que a economia do Estado dê um salto de qualidade no século 21. “Precisamos investir fortemente na inovação e termos uma economia voltada para o século 21. Não há mal nenhum em ter os pés fincados no século 20, desde que esses pés nos garantam um salto para o século 21. Temos um compromisso muito forte com a ciência, tecnologia e inovação. Estamos claramente comprometidos com esse caminho”, disse Pimentel.

O presidente da Fapemig, Evaldo Vilela, elogiou o governo de Minas Gerais pelo empenho em fortalecer o setor de ciência e tecnologia no Estado. A Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), segundo Vilela, vai atuar pela primeira vez para atrair investimentos na área. “Aplaudimos a iniciativa do governo para que a Codemig atue pela primeira vez na atração de investimentos de base tecnológica, iniciativa esta que somos parceiros de primeira hora, já que a Fapemig está hoje estruturada como uma agência de inovação”, disse.

Democracia
Em entrevista à imprensa após a solenidade, o governador Fernando Pimentel comentou as manifestações populares dos últimos dias. Para ele, é preciso que a sociedade perceba com “naturalidade” e “tranquilidade” os atos públicos em um país democrático, onde as instituições funcionam e as pessoas e a imprensa têm liberdade para se expressarem. Pimentel disse ainda ser preciso que os governos continuem trabalhando para atender a expectativa da população.

“É o que estamos fazendo em Minas Gerais. Encontramos o Estado numa situação difícil, não é segredo para ninguém, do ponto de vista financeiro, orçamentário, mas também do ponto de vista de gestão. Temos que corrigir isso. Estou muito comprometido com a tarefa de recuperar a capacidade de gerenciamento do Estado, recuperar a capacidade de planejamento e investimento e tocar Minas Gerais na direção do futuro”, afirmou.

MULHERES TÊM DESTAQUE À FRENTE DE UNIDADES PRISIONAIS E SOCIOEDUCATIVAS EM MINAS

“Isto é batalha vencida!”. É a opinião da diretora-geral do Centro Socioeducativo de Uberlândia (Ceseu), Bárbara Accioly Carvalho, em relação a qualquer suposto preconceito contra mulheres que ocupam cargos na direção-geral de instituições predominantemente masculinas. Bárbara Carvalho cuida da unidade do Triângulo Mineiro, na qual 132 jovens cumprem medidas socioeducativas e trabalham 236 pessoas. 

No quadro de funcionários estão agentes de segurança socioeducativa, professores, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, psicólogos, oficineiros de atividades artísticas, dentistas, enfermeiros, pessoal da cozinha, faxina e outros.
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Para ela o respeito é uma constante nos relacionamentos, tanto com aqueles que desempenham funções na unidade, quanto com os jovens internados. “Já passei por situações em que um adolescente faltou com a educação e foi chamado atenção, na mesma hora, por outros jovens.”

Distante mais de 700 quilômetros de Uberlândia, em Juiz de Fora, na Zona da Mata, trabalha na direção-geral da Penitenciária Professor Ariosvaldo Campos Pires, Ândrea Valéria Andries Pinto. A unidade tem quase 700 detentos. “Nunca senti preconceito por parte de nenhum preso, no entanto já percebi em funcionários, mas é algo do passado”, relata a diretora, que está no cargo há oito anos.

Para o subsecretário de Administração Prisional, Antônio de Padova Marchi Júnior, a presença de mulheres na direção-geral de unidades prisionais segue o mesmo caminho visto em diversas áreas da sociedade. “A procura por vagas em concursos da Seds também demonstra o interesse das mulheres pelo trabalho no Sistema Prisional”, reforça o subsecretário.

Orgulho
Encontrar por acaso com ex-detentos em uma avenida, praça ou até mesmo dentro de um supermercado é fato comum na vida das mulheres diretoras de unidades da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). Não em uma situação de risco, como um assalto, mas em um encontro amigável, no qual a pessoa conta como está sua vida.
andrea.jpgÂndrea fala com muita satisfação que recentemente, ao pagar uma conta em um supermercado, a moça do caixa a reconheceu e relatou estar também estudando. “Ela me apresentou a uma colega de trabalho e disse que fui sua diretora. A situação foi muito natural, pareceu que eu tinha sido a diretora de uma escola. Minha maior felicidade é encontrar um ex-detento trabalhando.”
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Situação semelhante passou a diretora-geral do Complexo Penitenciário Estevão Pinto, Natália Nascimento Rodrigues. A unidade, situada no bairro Horto, em Belo Horizonte e tem mais de 400 presas. Natália comprou um sapato em uma loja, com uma vendedora que havia cumprido pena na Estevão Pinto. “Também já estive com ex-detentas em cerimônias de colação de grau. Elas formaram-se em Direito e Fisioterapia e fui convidada para assistir. Fatos como este deixam toda a equipe da Estevão Pinto bem feliz.”

Em Uberlândia, a diretora Bárbara Carvalho, costuma receber ligações de jovens que estiveram no Centro Socioeducativo para cumprir medidas. “Eles e os pais fazem questão de falar sobre as mudanças positivas ocorridas após a internação. Isto é resultado de um trabalho de equipe e traz grande motivação”, revela Bárbara.

O subsecretário de Atendimento às Medidas Socioeducativas, Antônio Armando dos Anjos, explica que mesmo em unidades masculinas a presença de mulheres em outros cargos também é predominante. “Estas profissionais fazem um trabalho precioso, merecedor de muita valorização”, reforça o subsecretário.

Dedicação
elizabeth.jpg“Gosto quando me trazem problemas, pois fico satisfeita em resolvê-los”, confessa a diretora-geral do Presídio Floramar, situado em Divinópolis, na Região Centro-Oeste do estado. Ela administra uma unidade com 736 presos, sendo 687 homens e 49 mulheres.

A disposição para resolver problemas é uma unanimidade entre as diretoras. Seus celulares ficam ligados 24 horas, até nas férias. “Sinto falta quando não me telefonam, mas fico tranquila, pois a equipe é preparada e competente”, fala com orgulho a diretor-geral Ândrea Pinto.

Bárbara, Natália e Elizabeth também fazem questão de ressaltar a competência de suas equipes. Elas valorizam e agradecem o empenho de todos os servidores de suas unidades.

Das 148 unidades da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), 15 têm mulheres como diretoras-gerais. Na Subsecretaria de Atendimento às Medidas Socioeducativas (Suase), há 26 mulheres no cargo de diretora-geral, nas 33 unidades socioeducativas.

Para a diretora Natália Rodrigues, com 29 anos de trabalho no Sistema Prisional, as mulheres têm totais condições de assumir qualquer cargo em unidades prisionais. Quanto a um homem assumir a direção do Complexo Penitenciário Estevão Pinto, Natália é categórica: “é possível, mas é preciso ter a capacidade de compreender o universo feminino.”
texto - assessoria SEDS
arte - Patrícia Mendonça