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UMA NOVELA CHAMADA HEINEKEN


Primeiro foi Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Lá os políticos festejaram o anúncio da construção da fábrica da Heineken, porém a própria população não quis. O motivo? A cidade possui sítios arqueológicos, que com a construção poderiam ser afetados e provocar um dano ambiental e histórico irreparável.

Sendo assim, restou a Heineken buscar outros ares de Minas. Após um longo mistério, eis que surge Passos, quarto maior município do Sul de Minas, anunciado como nova sede do megaempreendimento cervejeiro. Beneficiou Passos o fato da cidade estar à jusante do Lago do Funil, propiciando abundância de água e sobretudo, de qualidade, o que beneficia a empresa reduzindo os custos. A água é mais de 90% da matéria prima da cerveja. Em uma grande cervejaria, por exemplo, usa-se, em média, de 3 a 4 litros para cada litro da bebida produzido.

Festa, comemoração, engajamento político. Até o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) entrou em campo liberando um "dinheirão" para Passos. Porém, o projeto parece que subiu no telhado. A licença ambiental, não saiu. E para acabar, o Ministério da Economia de Paulo Guedes bloqueou os R$ 12 milhões para as obras de pavimentação no trecho que liga as rodovias MGC-146 e MG-050, no acesso até a futura fábrica da Heineken.

O acesso à cidade pavimentado é essencial para o escoamento da fábrica da Heineken.

Agora, nesse não sabe se sai, não sabe se não sai, entrou Uberlândia, Uberaba e até Lavras no páreo por este megaempreendimento de 1,8 bilhão de reais.

Por enquanto, parece que Uberaba e Uberlândia estão enchendo os olhos da Heineken.

*Por Sebastião Filho

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