Povos ciganos, indígenas, negros, mulheres, educadores, LGBTT, trabalhadores integraram as mais de 30 atividades do 6º Encontro dos Movimentos Sociais, ocorrido no fim de semana em Belo Horizonte, tratando da diversidade de temas que compõem a pauta de lutas da Carta Aberta divulgada no domingo, 3, intitulada “O povo mineiro tem pressa de um projeto popular”.
O combate à Lei da Terceirização, contra a redução da maioridade penal e o genocídio da juventude negra, a defesa do pré-sal e da Petrobrás, o plebiscito oficial que convoque uma Constituinte exclusiva e soberana para fazer a reforma política, e a democratização dos meios de comunicação, foram alguns das 19 lutas relacionadas na carta do encontro.
Na carta, os movimentos sociais de Minas afirmam que houve várias conquistas desde o primeiro encontro em 2006. “Construímos unidade entre as organizações sociais e fortalecemos um campo de luta no estado. Essa caminhada e a unidade na greve dos professores em 2011 proporcionou a criação da articulação de movimentos sociais Quem Luta Educa, e a derrota política do projeto neoliberal em Minas.”
Momento de reflexão sobre o cenário político, econômico e social, os 1.500 participantes avaliaram que o encontro ocorreu em um momento delicado da vida política brasileira e mundial.
“A crise internacional iniciada em 2008 se estende e se aprofunda, chegando com mais força em países que, até então, tinham sido atingidos com menos força, como o Brasil. Governos progressistas da América Latina se tornam o alvo do imperialismo”, afirmam em carta e chamam atenção para a reorganização das forças conservadores nos primeiros meses de 2015 e a formação de um Congresso Nacional “mais conservador desde 1964″.
No documento, os movimentos sociais também criticam o governo federal por “iniciativas equivocadas” e afirmam posição contrária ao ajuste fiscal e as Medidas Provisórias 664 e 665. Defendem a Petrobrás como empresa pública e criticam a “espetacularização da corrupção” promovida pela mídia, manifestando-se contra a entrega da empresa pública e o pré-sal ao interesse econômico internacional.
Contra a Lei da Terceirização no Congresso, movimento social e sindical convocam a população, sindicatos e lideranças a combater a proposta, que agora tramita no Senado. A luta contra o PL 4330 continua nos locais de trabalho, nas redes sociais e nas ruas para esclarecer a população sobre os riscos da aprovação desse projeto de lei. “A luta contra a terceirização continua e está sendo construída a greve geral para o dia 29 de maio.”
Agenda de Lutas
12 e 13 de maio – Encontro Nacional da Constituinte em Brasília
29 de maio – Greve Geral
1 a 7 de setembro – Semana de Mobilização pela Constituinte
7 de setembro – Grito dos Excluídos
Leia a íntegra da carta em:
com informação de www.quemlutaeduca.com.br
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