segunda-feira, 27 de maio de 2024

EVENTO NA UFLA DEBATE OS DESAFIOS E AVANÇOS CIENTÍFICOS NO TRATAMENTO DAS DOENÇAS NEGLIGENCIADAS


“As doenças tropicais negligenciadas afetam as pessoas mais pobres e vulneráveis, perpetuando ciclos de pobreza”. Essa é uma afirmação do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom, enviada aos participantes do V Simpósio Brasileiro de Doenças Negligenciadas (SBDN) e do I World Symposium on Neglected Diseases (I WSND), realizado na Universidade Federal de Lavras (UFLA), de 21 a 25/5.

Um consenso entre os palestrantes e representações presentes no evento foi justamente o impacto da vulnerabilidade econômica e social no acometimento dessas doenças. A mensagem da cerimônia de abertura centrou-se na necessidade de conciliar a ciência médica ao perfil das pessoas que são portadoras dessas doenças, na maioria das vezes, um segmento negligenciado.

Para a presidente dos eventos, professora Joziana Barçante, é preciso que o debate científico inclua o conhecimento desse perfil, como vivem e quais as suas necessidades. Trata-se, portanto, de um desafio de múltiplos fatores, devendo ser a escuta dos portadores incluída como uma variável fundamental nos estudos. Além do debate científico, foi reforçada a importância da socialização do conhecimento, por meio do festival de ciência na praça e exposições para a popularização do tema na universidade.

Presente na cerimônia de abertura, o reitor da UFLA, professor José Roberto Scolforo destacou a importância da medicina preventiva e a formação cidadã dos profissionais. “Na UFLA, desde os primeiros semestres, os estudantes vivenciam a realidade de atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) e desejamos que sejam sensibilizados para tratar o próximo da maneira mais humana e inclusiva. Doenças historicamente negligenciadas pelo poder público precisam de um olhar humano no combate e no controle para garantir mais qualidade de vida para os doentes e portadores”, considerou.

Festival de Ciência na Praça
No dia 22/5, a praça Augusto Silva, no centro de Lavras, tornou-se um grande laboratório com a realização do festival de ciência, como parte da programação do SBDN e WSND. Foram realizadas atividades e ações relacionadas às ciências biológicas e ciências da saúde, em especial, à zoologia, à conservação de espécies e às doenças negligenciadas.

Ao longo de todo o dia, as exposições de vetores e agentes causadores de doenças, de animais peçonhentos e de outros exemplares das coleções biológicas chamaram a atenção dos visitantes. Entre as amostras, parte da coleção do projeto Cidade dos Insetos, coordenado pela professora Brígida de Souza (Esal/UFLA); as coleções de insetos, vetores de doenças e arboviroses da Fiocruz Rio; Coleção de Flebotomíneos do Instituto René Rachou (Fiocruz Minas), coleções de animais peçonhentos e venenosos da Fundação Ezequiel Dias (Funed) e coleções didáticas do Instituto Butantan.

Da assessoria da UFLA

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