
A proporção é maior do que a encontrada no estudo canadense que usou metodologia semelhante. No Canadá, de quatro a cada dez erros poderiam ter sido impedidos. A pesquisa brasileira foi divulgada ontem, durante o 1º Fórum de Erros em Medicina, no Instituto Nacional do Câncer (Inca). Mendes analisou 1.103 prontuários de 2003, em três hospitais universitários do Rio. Segundo ele, as fichas dos pacientes não são mais recentes porque se eles ainda estivessem internados as informações não poderiam ser analisadas.
Ao contrário do senso comum, a anestesia costuma ser um dos setores com menos índice de contratempos. O estudo indica que nas enfermarias há mais probabilidade de ocorrerem erros (48,5%), seguida dos centros cirúrgicos (34,7%) e das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). "O erro mais comum é não lavar as mãos corretamente, o que facilita a propagação de infecção hospitalar", disse Mendes.
Ele sugeriu algumas medidas simples, como a adoção a metas internacionais, que podem reduzir o número de falhas médicas e hospitalares. A principal delas é identificar o paciente corretamente, usando pulseiras. (O Tempo)
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