Ândria Valéria Andries Pinto é quem comanda a penitenciária em Juiz de Fora e apostou nos detentos O cenário é inusitado. Agulhas em punho, novelo de lã ao lado e tem início uma produção de peças de tricô e crochê atípica: os artesãos, além de serem todos homens, são detentos da Penitenciária Professor Ariosvaldo Campos Pires, localizada em Juiz de Fora, Zona da Mata mineira. O trabalho dá tão certo, que as peças já ganharam o mundo e são vendidas no showroom em São Paulo, feiras em Paris e Tóquio e 70 lojas multimarcas no Brasil. Além disso, a cantora Daniela Mercury vai usar uma peça no Carnaval de Salvador e, recentemente, a apresentadora da TV Globo, Angélica, apareceu em um programa com um dos modelos. Os detentos, normalmente 12, se dedicam oito horas por dia à produção. Em alguns períodos, o número de artesãos pode chegar a 35. A marca, Doisélles, foi criada pela empresária mineira Raquell Guimarães, que teve a ideia de buscar mão de obra na prisão, já que não conseguia no m...