Há um mês, a população de Belo Horizonte se pergunta: a qualidade do transporte público é compatível com o preço da passagem dos ônibus urbanos? Como se chegou ao atual valor da tarifa? Como morador e ex-prefeito da cidade, venho dar minha contribuição ao debate, muitas vezes embaçado por motivações políticas. Em 2007, na época em que eu administrava nossa cidade, a PBH contratou a Coordenação de Programas de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), um dos principais centros de estudos de transporte urbano do Brasil, para, junto com a BHTrans, propor diretrizes para o serviço de transporte que seria licitado no ano seguinte, quando venceriam os contratos então vigentes. O resultado desse trabalho foi uma proposta que fixava o custo do serviço a partir da revisão da planilha tarifária vigente desde 1998 e discutida regularmente com o Conselho Municipal de Transportes. A proposta conjunta da Coppe-UFRJ e da BHTrans foi submetida ao Conselho e, depois de aprov...