
Os pomares de abacate estão espalhados praticamente por todo o território mineiro, numa área de 2,4 mil hectares, mas o grande pólo é o Alto Paranaíba, com uma produção de cerca de 23,2 mil toneladas em 1,5 mil hectares de plantio, aproximadamente. Segundo o superintendente de Política e Economia Agrícola da Seapa, João Ricardo Albanez, “a maior oferta de abacate no Estado é na base da monocultura, mas existe também a experiência do cultivo consorciado”.
No Sul de Minas, onde área de cultivo alcança 375 hectares e a produção é da ordem de 5,3 mil toneladas anuais, o plantio do abacate com o de café dá bons resultados desde 1990. O sistema ganha força atualmente, porque representa alternativa de receita e atende às recomendações para a preservação ambiental. O cafeicultor João Lincoln Reis Veiga tem 200 hectares plantados de café, sendo cinco hectares em consórcio com pés de abacate. Os pomares estão localizados na Fazenda Congonhal e na Fazenda Santa Lídia, no município de Nepomuceno. “O abacate complementa a renda obtida com o café”, destaca.
Uma das grandes vantagens do cultivo do abacate em consórcio com o café é que as grandes árvores representam boa proteção contra a geada, e o produtor enfatiza também os bons resultados na parte de preservação ambiental. “Por isso, pretendemos aumentar a área de plantio consorciado”, informa Veiga. Essa decisão pode ser parte de uma estratégia maior de fortalecimento da produção de café nas propriedades, porque o produtor diz que “a cultura está atravessando um momento crítico, com preços baixos e mão-de-obra cara e escassa”. (Ouro Fino Online)
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