
Já nos prêmios de Ciência e Tecnologia, os vencedores foram André Pedral de Sampaio de Sena (Tecnologia da Informação e Comunicação), pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina); Luiz Carlos de Oliveira (Indústria), da UFLA (Universidade Federal de Lavras); e Ronaldo Biondo (Biotecnologia), que representou a USP (Universidade de São Paulo). Cada um deles receberá R$ 50 mil em dinheiro e mais uma carteira de cinco ações do Banco Santander.
O pesquisador de Lavras, da Universidade Federal de Lavras (Ufla) foi premiado com o projeto de reutilização dos rejeitos da indústria de couro, processo que, segundo estudos do pesquisador, resulta em substâncias altamente nocivas ao meio ambiente. "Quando comecei o experimento, não imaginava que chegaria a tanto", revela. "Mas o prêmio justifica o trabalho". Após passar pelo tratamento proposto por Oliveira, o rejeito industrial separa o cromo, que pode ser reutilizado pela própria indústria, de um material rico em nitrogênio, que também pode receber outras aplicações.
Outra possibilidade é transformar os rejeitos em carvão, ativado pela pirólise (aquecimento sem oxigênio) do couro, resultando em materiais com comprovadas aplicações no tratamento de efluentes contaminados. Com o dinheiro recebido, "a idéia é fazer um protótipo em escala semi-industrial para testar a viabilidade para a indústria", contou após a cerimônia de premiação. No entanto, Oliveira sabe que os próximos passos serão decisivos. "Ainda é difícil prever o sucesso do projeto. Precisamos buscar empresários interessados em investir e patrocinar", conta.
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