A Associação dos Produtores de Frutas da Região de Lavras (Frutilavras) fundada em 1996 como uma agroindústria para o processamento de polpa de maracujá, cultura recente na região mas que já vem trazendo bons lucros para os agricultores do Sul de Minas. O projeto da Frutilavras foi criado pela Emater-MG em 1996 buscando introduzir a fruticultura no município como alternativa à geração de emprego e melhoria da renda para as pequenas propriedades rurais. O programa tem ainda a parceria da UFLA, do Sindicato dos Produtores Rurais e da Prefeitura Municipal de Lavras. A proposta de incentivar a fruticultura na região surgiu como a alternativa mais viável dentro do plano de revitalização econômica dos atingidos pela Hidrelétrica do Funil. A Hidrelétrica do Funil doou 30 mil mudas de maracujá no começo do mês de dezembro de 2009 para produtores de Lavras, Nepomuceno, Carmo de Cachoeira, Santo Antônio do Amparo e Ribeirão Vermelho.Os produtores, que tiveram suas terras inundadas, também receberam do Consórcio do Funil cotas de propriedade da agroindústria. Atualmente, a Frutilavras tem 60 associados, que mantêm 50 hectares de maracujá plantados. Todos os agricultores recebem assistência gratuita da Emater-MG.
A agroindústria funciona num galpão de 300 metros quadrados cedido pelo Sindicato dos Produtores Rurais. A Frutilavras já recebeu o registro do Ministério da Agricultura e está comercializando polpa congelada e suco da fruta do maracujá em redes de supermercados em Lavras. A expectativa da associação é processar cerca de 600 toneladas da fruta e 200 mil litros de polpa de maracujá no período de safra que, na região, vai do final de novembro até início de maio. Vendendo a polpa, os agricultores poderão ganhar o dobro do que recebem atualmente com a venda do maracujá in natura. Nos outros meses do ano, as máquinas serão ocupadas por outras frutas como a goiaba que, além da polpa, rende também doce em pasta e a goiabada cascão. De acordo com o coordenador de Fruticultura da Emater-MG em Lavras, Edson Logato, a atividade é ótima alternativa para pequenas propriedades rurais.
Thaís Vilela, Emater-MG
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