No dia 7 de novembro, representantes da Univás, Ufla, UNIFEI, Unifal,
Instituto Federal do sul de Minas e Inatel promoveram o seminário
"Educação e Inovação Tecnológica a serviço do desenvolvimento do país". O
evento ocorreu no Teatro Inatel e reuniu as instituições de ensino com
representantes de entidades governamentais, como Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovação (MCTI) e Ministério da Saúde.
O evento representou a conclusão de outros três seminários promovidos
na Univás, UNIFEI e Ufla, respectivamente, sobre Saúde, Tecnologias da
Informação e Comunicação (TIC) e Agronegócio. Para contextualizar os
temas a serem abordados no Seminário do Inatel, antes dos painéis de
debates, foram lidos resumos do que foi discutido em cada reunião
temática.
Na abertura do primeiro painel de debates do evento, o presidente da
FAPEMIG, professor José Policarpo Gonçalves de Abreu, comentou que o
Seminário é um dos eventos mais importantes que a FAPEMIG já participou
em toda a história da instituição.
Em seu discurso, Policarpo ressaltou que as universidades precisam
ensinar os alunos a serem empreendedores e precisam se modernizar. O
setor empresarial, segundo ele, pode contribuir com esta modernização.
"Precisamos ir para um novo paradigma que é a hélice tríplice: empresa,
instituição de ensino e governo trabalhando em conjunto para o
desenvolvimento sustentável, que implica em apoiar a ciência, a
tecnologia e a inovação", disse.
Painel de debates
Durante o painel, Paulo Kleber ressaltou que as instituições de
ensino participantes do evento ocupam cada vez mais uma posição de
grande destaque no país. "Nós temos que procurar maneiras de transferir o
conhecimento das universidades para as empresas", disse.
Em meio às discussões do painel, o vice-presidente da Sociedade
Brasileira de Engenharia Biomédica, professor Dr. Sérgio Muhlen,
ressaltou que a faculdade deve permitir que as empresas ingressem no
meio acadêmico para auxiliar no processo de transferência do
conhecimento científico para o mercado. Muhlen explicou também que
pesquisa e inovação são conceitos diferentes, segundo ele, pesquisa
transforma investimento em conhecimento novo, inovação transforma
investimentos em produtos para a sociedade. "O Inatel, por exemplo,
consegue fazer inovação real por que existe uma área física dentro da
instituição [o Inatel Competence Center] onde as inovações empresariais e
industriais acontecem", exemplificou.
A representante do secretário de Política de Informática do MCTI -
SEPIN, professora Deborah Braga mencionou que a Lei de Informática pode
auxiliar no processo de inovação e concordou com os membros do painel de
que as empresas precisam saber trabalhar em conjunto com as
instituições de ensino. "É interessante que a inovação não é um
requisito da Lei, a gente pode usar os recursos da Lei de Informática
para gerar conhecimento, que é a pesquisa, dentro da instituição de
ensino, e também para gerar inovação, que é produto no mercado", disse.
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