Pular para o conteúdo principal

FAZENDA NA REGIÃO CONTA TECNOLOGIA DE ORDENHA ROBOTIZADA PARA SE ADEQUAR A PRODUÇÃO DE LEITE A2

Sistema de gestão dos equipamentos gera dados que colaboram para o gerenciamento do rebanho leiteiro
O médico-veterinário, Marcelo Maldonado Cassoli, que faz a gestão da fazenda

A Fazenda Capetinga, localizada em São João Batista do Glória,, no Sul de Minas, foi a primeira do estado de Minas Gerais a instalar robôs de ordenha Lely Astronaut A5. As aquisições foram motivadas pela possibilidade de melhorar o bem-estar dos animais e a qualidade de vida do produtor. No entanto, já faziam parte de um projeto maior, o de transformar toda a produção de leite “normal” para o A2.

O leite e seus derivados de vacas com gene A2A2 estão livres da beta-caseína A1, responsável por causar desconfortos digestivos em algumas pessoas. Comumente, esses sintomas podem ser confundidos com a intolerância à lactose, pois são bastante similares, o que acaba levando essas pessoas a evitarem o consumo ou serem até medicadas para esse tipo de patologia, quando na verdade, o que gera o desconforto é a proteína.


Segundo o médico-veterinário, Marcelo Maldonado Cassoli, gestor da fazenda da família, a ideia é buscar agregação de valor ao produto e acompanhar as tendências de consumo. “Há três anos passamos a inseminar todo o rebanho apenas com touros A2A2 e selecionando para venda eventual os animais que não são A2A2. Desta forma, sem qualquer descarte intencional ou prejuízos para o rebanho, já temos mais de 60% do rebanho com essa característica”.

Ele acrescenta que o sistema de ordenha também é 100% individualizado por robô, ou seja, permite tirar o leite A2 em um robô e leite "normal" em outro que, segundo Marcelo, é uma das exigências para a certificação da fazenda para produção do leite diferenciado. “Fazemos a genotipagem sistemática dos animais jovens, mas ainda não buscamos a certificação da fazenda, que será um próximo passo”.

Ordenha robotizada
A família já produzia leite em São José dos Campos, no Estado de São Paulo e, em Minas Gerais, começou a produção em 2000, com gado Jersey a pasto e depois migrou para o Holandês em confinamento. 

Possui hoje 114 vacas em lactação hoje, mas tem capacidade para 140. O rebanho está instalado em um barracão, parte tipo freestall com cama de areia para as vacas em lactação, parte tipo compost barn para o lote pré-parto, todo fechado e climatizado no sistema de túnel de vento. Tanto as vacas em lactação, quanto as em pré-parto estão separadas em lotes de primíparas e de multíparas.

“Todo o nosso rebanho é fruto da inseminação do rebanho original Jersey com sêmen Holandês. Hoje temos animais puros Holandeses e diversos graus de sangue do cruzamento Jersolando (maioria acima de 7/8 de grau de sangue holandês), que produzem entre 4.200 a 4.300 litros/dia. Houve aumento de produção de leite/vaca/dia e taxa de serviço na reprodução, refletindo positivamente na taxa de prenhez por consequência”.

Cassoli ressalta que as informações geradas pelo T4C, o sistema que opera o robô de ordenha Lely Astronaut A5, tem ajudado muito na gestão da propriedade. “Tivemos que aprender a usar alguns indicadores novos, ou que não tínhamos com frequência diária como é no robô. O nível de informação sobre os animais que o robô fornece foi um dos motivos de termos optado pela ordenha robótica”.

Sobre o bem-estar dos animais e a comodidade no dia a dia do produtor, Cassoli explica que houve impacto positivo em ambos, tanto nos animais quanto nas pessoas envolvidas. “Conseguimos fazer um esquema gradual de adaptação dos animais ao robô, que ajudou muito e deixou muito mais tranquilo o início da ordenha robotizada, atingindo o equilíbrio em termos de número de visitas por robô, entre outros, em menos de 30 dias. Devido a isso, tanto os animais quantos as pessoas envolvidas sofreram muito menos estresse durante a fase de adaptação devido a isso”.

O processo de transição ocorreu duas semanas antes do início da ordenha nos robôs, quando foi iniciada a passagem dos animais pelos equipamentos quando voltavam para o barracão. Em seguida permitiram por mais algum tempo os robôs apenas servindo ração na volta das ordenhas do dia e ficavam também com livre acesso à noite. “Quando notamos que já havia bastantes visitas voluntárias ao robô à noite para comer ração, programamos o início da ordenha robotizada. Desta forma a adaptação dos animais foi muito mais amigável para os animais e acredito que seja hoje uns dos fatores responsáveis pelo bem-estar observado e por termos chegado tão rápido a 3,5 ordenhas por animal/dia”, finaliza Cassoli.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

CAMPEÃS!

A equipe de Futsal Feminino Módulo 2 da Escola Estadual Azarias Ribeiro, comandada pelos professores Cascata e Daniela, venceu os Jogos Escolares de Lavras e segue agora para a disputa da fase Microrregional, que também será disputada em Lavras.

OPERAÇÃO MAR DE MINAS IV PRENDE MAIS DE 400 PESSOAS E APREENDE R$ 4,7 MILHÕES NA REGIÃO DO LAGO DE FURNAS

Forças de segurança do Estado atuaram de forma integrada com, durante mais de um mês, combatendo irregularidades e crimes A Operação Mar de Minas IV, promovida pelo Governo de Minas com órgaõs federais e instituições parceiras, teve um saldo de 2.376 apreensões feitas pela fiscalização tributária, que somaram R$ 4,7 milhões, e prendeu 401 pessoas, sendo 385 em flagrante. O balanço foi realizado pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), nesta terça-feira (24/6). Os trabalhos começaram no dia 19/5 e se estenderam até o último domingo (22/6). Realizada de força integrada, a operação reuniu as forças de segurança estaduais, federais e instituições parceiras, empregando um efetivo de 617 integrantes, 238 viaturas, 11 embarcações, duas motos aquáticas e um drone. As ações preventivas, repressivas e de fiscalização ocorreram em diferentes pontos da região do Lago de Furnas, visando garantir a segurança dos turistas, do comércio e da população local. Houve abordagens e...

CAPOEIRISTAS DE VARGINHA LEVAM A ARTE DA CAPOEIRA PARA A EUROPA

Os capoeiristas da Casa da Capoeira – unidade Varginha seguem ampliando as fronteiras da arte e da cultura brasileira. No início de junho, Osvaldo Henrique (Mestrando Pé de Vento), João Neto (Instrutor Red Bull) e Luís Gustavo (Instrutor Panga) embarcaram em um tour internacional pela Europa, levando a capoeira de Varginha para quatro países: Portugal, França, Alemanha e Polônia. Durante a viagem, os atletas ministraram oficinas, participaram de workshops e realizaram atividades com grupos locais, fortalecendo laços culturais e promovendo intercâmbio com capoeiristas de diversos países. A turnê abriu novas possibilidades de parcerias e projetos futuros no exterior. O trio retornou a Varginha no dia 23 de junho, mas a agenda apertada não permitiu descanso. Já na última quinta (26/06), eles embarcaram rumo a Brasília, onde os instrutores Red Bull e Panga participam do Volta ao Mundo Bambas (VMB), considerado o maior campeonato de capoeira do mundo. Luís Gustavo disputará a seletiva da ca...