Implantação favorece a realização de pesquisas em olivicultura e foi possibilitada por projetos financiados pela Fapemig

A partir de agora, o Campo Experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) na cidade conta com uma novidade para auxiliar nos trabalhos. A primeira das três estações meteorológicas projetadas para a Unidade, entrou em funcionamento no último mês e permite acompanhamento de dados climáticos em tempo real.
Os projetos “Impulsionamento das cadeias produtivas de azeite e frutas temperadas no sul de Minas Gerais” e “Avaliação de parâmetros fisiológicos da oliveira: impactos climáticos e perspectivas para a produção de azeite no sul de Minas Gerais” foram aprovados em 2024.
Os trabalhos contam com a participação de profissionais das universidades federais de Lavras (Ufla), Itajubá (Unifei) e Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). E também contarão com o envolvimento de bolsistas em Ciência, Tecnologia e Inovação, e estudantes de graduação e pós-graduação nas pesquisas.
“Os professores irão contribuir com conhecimento técnico em áreas específicas do projeto. Os pomares experimentais, unidades demonstrativas e laboratórios das universidades poderão ser utilizados, em conjunto, para análises e levantamento de dados experimentais”, acrescenta Pedro Moura.
O frio
O frio é importante para a indução floral e produção da oliveira. “O inverno é um período em que a planta tem uma redução do seu metabolismo. Esse acúmulo de horas de frio induz uma maior carga floral, que pode resultar numa maior produção de frutos”, descreve o pesquisador.
As pesquisas em andamento buscam compreender como as variações climáticas influenciam o crescimento, desenvolvimento e a produção da cultura e vão considerar parâmetros como variações de temperatura e precipitação pluviométrica em cada fase fenológica nas quatro estações do ano.
“Vamos investigar a coerência dos padrões de respostas morfofisiológicas das oliveiras em relação às condições climáticas ao longo dos anos agrícolas, para identificar tendências e variações, além de avaliar os impactos positivos e negativos das condições climáticas sobre a produção de frutos e a qualidade do azeite”, informa Pedro.
“Esses dados são fundamentais para calibrar modelos de crescimento e produção de plantas, bem como para prever como as mudanças climáticas podem impactar a cultura, auxiliando os agricultores na tomada de decisões”, complementa.
Os dados da Estação Meteorológica podem ser consultados em tempo real: https://wsclima.com.br/estacao/1189.
*Da assessoria da EPAMIG
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