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NOVA ESTAÇÃO METEOROLÓGICA DA EPAMIG EM MARIA DA FÉ ACOMPANHA DADOS CLIMÁTICOS EM TEMPO REAL

Implantação favorece a realização de pesquisas em olivicultura e foi possibilitada por projetos financiados pela Fapemig

(Maria da Fé) O inverno chega oficialmente na próxima sexta-feira, 20 de junho, e ondas de frio já têm sido registradas em diversas partes do país. Em Maria da Fé, município mineiro conhecido pelas baixas temperaturas e pela produção de azeites de oliva, pesquisadores e produtores acompanham com atenção a evolução do frio, essencial para a formação dos frutos da oliveira.

A partir de agora, o Campo Experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) na cidade conta com uma novidade para auxiliar nos trabalhos. A primeira das três estações meteorológicas projetadas para a Unidade, entrou em funcionamento no último mês e permite acompanhamento de dados climáticos em tempo real.

“São três novas estações meteorológicas adquiridas com recursos de dois projetos de pesquisa financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). O objetivo é estudar a fisiologia de cultivares de oliveira em condições climáticas contrastantes para entender como as árvores respondem a esses ambientes variados”, explica Pedro Moura, coordenador do Programa Estadual de Pesquisa em Olivicultura da EPAMIG.

Os projetos “Impulsionamento das cadeias produtivas de azeite e frutas temperadas no sul de Minas Gerais” e “Avaliação de parâmetros fisiológicos da oliveira: impactos climáticos e perspectivas para a produção de azeite no sul de Minas Gerais” foram aprovados em 2024.

Os trabalhos contam com a participação de profissionais das universidades federais de Lavras (Ufla), Itajubá (Unifei) e Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). E também contarão com o envolvimento de bolsistas em Ciência, Tecnologia e Inovação, e estudantes de graduação e pós-graduação nas pesquisas.

“Os professores irão contribuir com conhecimento técnico em áreas específicas do projeto. Os pomares experimentais, unidades demonstrativas e laboratórios das universidades poderão ser utilizados, em conjunto, para análises e levantamento de dados experimentais”, acrescenta Pedro Moura.

O frio


O frio é importante para a indução floral e produção da oliveira. “O inverno é um período em que a planta tem uma redução do seu metabolismo. Esse acúmulo de horas de frio induz uma maior carga floral, que pode resultar numa maior produção de frutos”, descreve o pesquisador.

As pesquisas em andamento buscam compreender como as variações climáticas influenciam o crescimento, desenvolvimento e a produção da cultura e vão considerar parâmetros como variações de temperatura e precipitação pluviométrica em cada fase fenológica nas quatro estações do ano.

“Vamos investigar a coerência dos padrões de respostas morfofisiológicas das oliveiras em relação às condições climáticas ao longo dos anos agrícolas, para identificar tendências e variações, além de avaliar os impactos positivos e negativos das condições climáticas sobre a produção de frutos e a qualidade do azeite”, informa Pedro.

“Esses dados são fundamentais para calibrar modelos de crescimento e produção de plantas, bem como para prever como as mudanças climáticas podem impactar a cultura, auxiliando os agricultores na tomada de decisões”, complementa.

Os dados da Estação Meteorológica podem ser consultados em tempo real: https://wsclima.com.br/estacao/1189.

*Da assessoria da EPAMIG

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