
Para conseguir reduzir a pobreza no estado, prefeituras mineiras têm pela frente dois importantes desafios: garantir o acesso ao trabalho e o desenvolvimento infantil nas famílias pobres. É o que mostra o novo indicador social, elaborado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e o Instituto de Pesquisa Econômica (Ipea). Divulgado segunda-feira, o índice de desenvolvimento familiar (IDF) é baseado em informações do Cadastro Único (Cadúnico), que reúne dados sobre 13 milhões de famílias brasileiras, sendo 11,1 milhões assistidas pelo Bolsa-Família. Para calcular o IDF, são usadas seis variáveis: vulnerabilidade familiar, escolaridade, acesso ao trabalho, renda, desenvolvimento infantil e condições de habitação. O IDF de Minas é 0,546 e está acima da média nacional, que é de 0,527 (click na imagem para ver os melhores e piores índices). Mas o estado não conseguiu atingir a média em acesso ao trabalho e no desenvolvimento infantil.
Em Ijaci, no Sul de Minas, a realidade das famílias pobres começa a mudar. O município está acima da média do IDF estadual com índice de 0,62. A cidade têm o oitavo melhor índice do Estado e o melhor do Sul de Minas. Entre os 16 melhores índices do Estado, Itanhandu ficou com na nona posição, com 0,62 e Lavras na décima primeira posição, com 0,61. De acordo com a secretária nacional de renda de cidadania, Lúcia Modesto, o objetivo do novo indicador é viabilizar políticas públicas focadas nas famílias. “É uma forma de governos municipais, estaduais e federal enxergarem qual é a real necessidade da população pobre em seu município”, diz, afirmando que todos os dados estarão disponíveis, a partir desta terça-feira, para as cidades brasileiras. “O grande mérito do IDF é que ele possibilita a visualização local do problema e, dessa forma, temos um novo direcionamento dos programas sociais”.
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