Triângulo - Já as propostas de criação dos estados de São Paulo do Leste e do Triângulo Mineiro estão, às vistas de Boueri, em situação mais privilegiada. “Em termos de finanças públicas, que é o foco dos nossos estudos, podemos dizer que esses dois estados seriam mais viáveis economicamente. Mesmo assim, no caso da criação do novo estado em Minas Gerais, o aumento de gastos decorrentes da divisão elevaria em 3,44% os gastos dos dois estados, se comparados aos gastos unificados”, afirmou. A criação do estado do Rio São Francisco, composto por 34 municípios baianos, resultaria em um aumento de 5,7% – enquanto gastos estaduais conjuntos – em relação ao que seria gasto com a estrutura atual. Todas as 16 propostas de novas unidades federativas apresentadas no Congresso Nacional, entre 1998 e 2008, foram analisadas pelo Ipea.
“Observamos aspectos como população, área, PIB e gastos estaduais. Nossa estimativa é de que seriam necessários gastos públicos estaduais superiores a R$ 830 milhões anuais para a criação de cada nova unidade”, disse o pesquisador. Devido ao aumento desses gastos, o trabalho sugere que novas proposições dessa natureza sejam formuladas “de maneira mais consistente no tocante ao conteúdo geográfico, econômico e financeiro, de forma a não onerar o já sobrecarregado Parlamento brasileiro com propostas claramente inviáveis”.
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