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PREFEITA DE CÁSSIA, NO SUL DE MINAS, TENTA DIMINUIR O PRÓPRIO SALÁRIO

Na contramão dos políticos que buscam aumentar seus próprios salários, a prefeita do município mineiro de Cássia, Ana Caris (PT), enviou projeto à Câmara Municipal nesta semana para reduzir o próprio salário, de R$ 16 mil para R$ 9,8 mil - 38,75% a menos. O do vice-prefeito, Cacildo Rodrigues Pinto Neto (PV), diminuiria de R$ 5,8 mil para R$ 3,8 mil. "Era compromisso meu desde a campanha, pois o valor destoa da média regional e nacional", afirmou a prefeita."Sou teóloga, cristã, católica e tenho uma visão política de atuar pelo bem comum da sociedade, em exercício para a comunidade, e com um salário que não é injusto, e essa redução de salário me dará tranquilidade para conduzir o município", disse a prefeita, bancária de 47 anos, que assume pela primeira vez um cargo público.


Ana foi candidata a deputada federal em 2002 e a prefeita em 2004, mas só em 2008 conseguiu ser eleita. Durante sua campanha na cidade com cerca de 17 mil habitantes e orçamento de R$ 20 milhões para 2009, ela questionou o valor recebido ao ocupante do cargo. O então prefeito Donizete Vilela (PP) recebia cerca de R$ 18 mil brutos e antes de terminar o ano conseguiu a aprovação dos vereadores para reduzir o valor para R$ 16 mil. Mesmo assim, Ana considera o valor alto. Apesar do projeto de Ana ainda não ter sido votado pelos vereadores (que ganham R$ 1.620 mensais), pois a sessão de ontem foi adiada, a prefeita espontaneamente devolveu aos cofres públicos R$ 4.252 referentes ao pagamento de janeiro. E o vice, que também é médico da prefeitura e perito do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), não recebeu um centavo. Ana acredita que não terá problemas para aprovar o projeto, pois conta com o apoio de seis dos nove vereadores.


Contas atrasadas da cidade somam mais de R$ 600 mil

As contas em atraso da Prefeitura de Cássia somam cerca de R$ 629.628,29 mil, uma herança da administração anterior ao governo municipal que assumiu em 1º de janeiro deste ano. “Pagamos as dívidas prioritárias e vamos fluir as outras contas nos próximos meses”, informa o Secretário de Finanças, José Mesquita. No mês de dezembro de 2008, a administração anterior não recolheu o FGTS e o INSS dos cerca de 400 funcionários da Prefeitura, que correspondem aos valores de R$ 55.600,23 e R$ 218.473,39 respectivamente. Ambos foram descontados em folha no salário do funcionalismo. Os empréstimos consignados a funcionários (desconto em folha de pagamento em que a Prefeitura deve pagar diretamente a instituição que concedeu o empréstimo) também não foram pagos em dezembro. Eles somam R$ 192.533,43 que deveriam ser repassados ao Bradesco, Caixa Econômica Federal, entre outros. entre outros, mas foram descontados no salário do funcionário. Como se não bastasse, até mesmo o repasse mensal ao Instituto São Vicente de Paula, no valor de R$ 50,470,58, não foi feito. Ainda há outras contas a pagar atrasadas que somam 112,550,00.

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