
Os ex-assessores de Waldemar da Pamer (PMDB), de Divinópolis, no Centro-Oeste, José Batista da Cruz e Adriana Ferreira, formalizaram as denúncias contra o vereador. O documento, protocolado na Câmara, era o que faltava para que a Comissão de Ética investigue as irregularidades. Segundo o presidente, Edmar Rodrigues (PRTB), que acompanhava a divulgação das denúncias sem se posicionar, afirmou que a Comissão de Ética só iria investigar se fosse acionada. Como nenhum dos vereadores tomou esta decisão, os ex-funcionários o fizeram. Na reunião de ontem, o vereador Waldemar, durante o seu pronunciamento não comentou as acusações, mas recebeu toda a imprensa da cidade para dar explicações. Segundo ele as denúncias dos ex-funcionários não são verdadeiras. “Isso é coisa de funcionário que foi demitido e fica com raiva do patrão. Não existe nada disso que eles estão falando”, argumenta. Ele nega pagamento de salário ao seu filho e a um funcionário da secretaria de Saúde, em troca de receber informações.
Os dois ex-funcionários acusam o vereador de diversas irregularidades dentro de seu gabinete. Eles seriam obrigados a ter que dividir seus salários com o filho do parlamentar Mateus Costa e com o fiscal, Erson Ribeiro, da Secretaria de Saúde que atua na Vigilância Sanitária. José Batista, o conhecido radialista e apresentador de televisão Jota Batista, fez denúncias de até ter comprado materiais de construção para pagar promessas do vereador feitas a eleitores em época de campanha. O arquiteto de todo o “esquema” de irregularidades seria, segundo os denunciantes, o “chefe de gabinete” Roberto Clementino. Este assessor estaria recebendo cerca de R$ 4,8 mil, salário considerado bem acima da média paga aos assessores de outros gabinetes. Assim como o vereador, Clementino nega as acusações. O vereador afirma que ele dispensou a funcionária responsável pelas denúncias por ela não ter se adequado ao seu método de trabalho.
Katiuscia Freitas, da Gazeta do Oeste
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