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BARBACENA FICA NO VERMELHO SEM FESTA DAS ROSAS

Para o ex-presidente da Cenatur, prejuízos podem ser calculados na margem de R$2 milhões

A falta da tradicional Festa das Rosas e Flores, que acontecia sempre no mês de outubro, deixou marcas negativas na economia local. Mais que lazer para a população de Barbacena, na Zona da Mata, a Festa das Rosas promovia bons negócios, fazia circular riquezas, gerava emprego, renda e impostos e fazia a economia da cidade crescer. Para o empresário Flávio Borges, que foi vice-presidente da Cenatur na gestão do ex-prefeito Martim Andrada, o impacto negativo na economia da cidade com o cancelamento da Festa das Rosas foi imenso. “Foi um prejuízo muito grande em termos de economia e visibilidade. A cidade já estava toda preparada, com os equipamentos turísticos instalados para receber os visitantes. Para a cidade, em todos os setores, a falta da Festa das Rosas representou uma perda de aproximadamente R$ 2 milhões na economia da cidade”.


O rombo na economia local foi mesmo desastroso. Para se ter uma idéia do tamanho do prejuízo, somente nos quatro anos anteriores, a Festa das Rosas gerou cerca de R$20 milhões em negócios aos produtores de rosas, numa média de R$5 milhões a cada edição. Eventos deste porte melhoram a renda de toda uma cidade. Ganham os produtores de rosas, e também os taxistas, os barraqueiros, o comércio local, os cabeleireiros, decoradores, fornecedores de alimentos, artesanato, etc e ainda geram empregos. A rede hoteleira da cidade ficava todo ano com cerca de 90% dos leitos ocupados por turistas. Em alguns anos, o comércio na cidade passou a fechar mais tarde, funcionando até às 15 horas, no sábado da Festa das Rosas. Neste dia, eram distribuídas rosas no centro aos turistas e visitantes.

“Eu fiquei arrasada! Minhas irmãs são proprietárias de floricultura no Rio de Janeiro e vêm pra cá todo ano nesta época só por causa da Festa das Rosas. Este ano, desistiram de vir. Para a cidade foi um horror”, falou, indignada, a dona de casa, Maristela Campos, moradora do centro da cidade. Durante a gestão do ex-prefeito Martim Andrada (PSDB), a Festa das Rosas ganhou outra dimensão e o impulso que faltava. O novo formato dado à Festa pela administração anterior, além de privilegiar o setor da floricultura e agricultura, deu ainda mais visibilidade ao município no cenário nacional. Outro fator importante da revitalização da Festa das Rosas foi a parceria com a Abarflores, com o Sindicato Rural e com o Sebrae na organização do evento, entregando a eles a gestão da Festa.

Esse novo formato e a parceria com o Sebrae deixaram os produtores incentivados e fez com que a floricultura barbacenense que estava decadente em 2004, com pouca produção e sem qualidade, desse um salto e se tornasse em 2008 a terceira produção no ranking nacional, com exportação para a Europa . Na área do entretenimento e do lazer, esse formato moderno trouxe para a cidade, nas edições anteriores da Festa das Rosas, a apresentação de grandes shows, tais como Skank, Tianastácia, Araketu, O Rappa, CPM22, Banda Cheiro de Amor, Jorge Aragão, Zezé di Carmargo e Luciano e outros que incentivava o setor de publicidade, propaganda e novas mídias e dava referência nacional à Festa. Depois que a prefeitura cancelou a festa de aniversário da cidade, a comemoração do dia 7 de setembro e, agora, a Festa das Rosas, para a cidade tudo aquilo parece estar perdido.
Barbacena News

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