Paulo Abi-Ackel é novamente um dos quatro cabeças do Congresso Nacional
Brasília. Os deputados e senadores mineiros têm pouca influência na hora de orientar colegas em votações e barganhar a aprovação de projetos de interesse do Estado no Congresso. Mesmo sendo a segunda maior bancada da Casa, com 53 deputados, além dos três senadores, de acordo com o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Minas tem apenas quatro parlamentares classificados como "cabeças" no levantamento feito entre julho de 2009 e maio de 2010. Esse foi o pior desempenho de Minas desde o lançamento da pesquisa do Diap, há 16 anos. Em 1997, o Estado chegou a ter 11 parlamentares entre os mais influentes. No ano passado, foram cinco. Na lista deste ano, só estão presentes entre os mineiros os deputados Mário Heringer (PDT), Paulo Abi Ackel (PSDB), Gilmar Machado e Virgílio Guimarães, os dois últimos do PT. Nenhum senador do Estado figura no ranking. O senador Hélio Costa (PMDB-MG) não participou da pesquisa porque na época do levantamento ocupava o Ministério das Comunicações.
São Paulo, dono da maior bancada, com 70 deputados, tem 18 integrantes da Câmara entre o grupo de elite selecionado pelo Diap mais dois dos seus três senadores. O Rio Grande do Sul, com 31 deputados e três senadores no total, tem 13 parlamentares entre os "cabeças", sendo o único Estado onde os três representantes do Senado - Paulo Paim (PT), Sérgio Zambiasi (PTB) e Pedro Simon (PMDB) - fazem parte da lista dos mais influentes. Além dos mais influentes, o Diap também mediu os parlamentares em "ascensão". Pela definição do órgão, é aquele "deputado ou senador que vem recebendo missões partidárias, políticas ou institucionais e se desincumbindo bem delas". Por Minas, foram selecionados novamente só deputados: Jô Moraes (PCdoB), Júlio Delgado (PSB), Lincoln Portela (PR) e Odair Cunha (PT).
por Murilo Rocha, de O Tempo
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