A Polícia Federal (PF) desmontou nesta quarta-feira, 25 de agosto, um esquema fraudulento de comércio de mercadorias ilegais. A quadrilha atuava em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo. De acordo com as investigações, realizadas desde o final do ano passado, Juiz de Fora seria a principal cidade revendedora dos produtos. A operação, denominada Sevilha, nome de uma espécie de laranja bastante azeda, envolveu 130 policiais federais de Juiz de Fora, do Rio de Janeiro, de Belo Horizonte, de Governador Valadares e de Varginha.
Ao todo, foram cumpridos 22 mandados de prisão, 29 de busca e apreensão, além de terem sido cumpridas oito ordens de bloqueio de contas bancárias e 43 mandados de apreensão de veículos e caminhões. Segundo a PF, os envolvidos chegavam a faturar até R$ 1 milhão em cada golpe aplicado, tanto a pessoas físicas quanto a jurídicas. Entre os presos, estão um policial civil de Magé (RJ) e um contador de Três Rios (RJ). Segundo o delegado regional da PF, Cláudio Nogueira, 90% dos presos têm passagem pela polícia.
De acordo com o coordenador da operação, delegado Cláudio Dornelas, as investigações tiveram início quando o nome do acusado de ser o mentor do esquema, um homem de 79 anos, apareceu em uma investigação. O homem já havia sido preso, em 2004, pela própria PF, sob acusação de comandar uma das maiores quadrilhas de roubo de carga do país, sendo solto, posteriormente, pela Justiça. Desde junho deste ano, cumprindo pena no Ceresp Gameleira, em Belo Horizonte, ele comandava o esquema de dentro do presídio. A quadrilha teria envolvimento com roubo e receptação de cargas roubadas, sonegação fiscal, estelionato e falsificação de documentos de identidade. Os envolvidos criavam empresas de fachada para dar golpes em fornecedores, além de legalizar, por meio de "notas frias", as cargas roubadas no Rio de Janeiro e em São Paulo.
por Aline Furtado, do Acessa.com
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