O inventário da arborização de Belo Horizonte só vai ficar pronto em agosto de 2012. Apontado como esperança para ajudar a resolver os problemas decorrentes de quedas de árvores, o estudo tem previsão para começar até março deste ano e terminar em um ano e meio. Somente a partir dele a prefeitura irá tomar as medidas necessárias para evitar transtornos e prejuízos. Isso significa que pelo menos até o próximo período de chuvas a cidade estará sujeita ao mesmo drama. Custando aos cofres públicos cerca de R$ 2,7 milhões e prometido há cerca de dez anos, o inventário das árvores da capital será um raio X de alta precisão, servindo de base para planejar ações de paisagismo e segurança, uma espécie de plano diretor.
O pró-reitor de Planejamento da Universidade Federal de Lavras (Ufla), José Roberto Scolforo, responsável pelo estudo, explica que as 300 mil árvores da cidade serão analisadas. “Vamos qualificar as espécies, descobrir o porte, a qualidade da copa, a altura do primeiro galho, os riscos que ela oferece e até os defeitos que têm. Em seguida vamos identificar as espécies por meio de 50 itens”. Segundo o pró-reitor, no inventário também será incluído um software que irá permitir que diferentes órgãos e setores da prefeitura atualizem em tempo real as informações sobre as espécies.
“Se a Cemig, por exemplo, for fazer a poda em uma árvore, ela terá acesso a esse software e fará a devida modificação”, explicou. Scolforo ressalta que o inventário não irá garantir que não haja quedas ou problemas, mas irá minimizar os riscos. “Ao dar as dimensões do porte, largura do passeio e até mesmo se a árvore está próxima à linha elétrica, o replanejamento do sistema de arborização será feito com segurança”.
do Hoje Em Dia
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