Nada de sambas, tamborins e mulatas. Em Pedralva, no Sul de Minas Gerais, a festa de carnaval reúne jovens vestindo preto, com bandanas na cabeça, guitarras nas mãos e muito rock. Na cidade de pouco mais de 11 mil habitantes surgiu em 1998 o Bloco Pink Floyd, quando cinco amigos apaixonados por rock decidiram fazer “algo diferente e inusitado” para a folia. No ano seguinte, o bloco reuniu 50 integrantes. Em 2011, já são mais de mil, segundo os organizadores do bloco.
“Eu tinha 16 anos e como meus amigos, éramos apaixonados por rock. Aqui na cidade não havia alternativas culturais e o carnaval era fraco, sem desfiles e blocos de rua. Como Pedralva tem muitas bandas formadas, principalmente de rock, decidimos aproveitar isso”, diz o professor Giovani Reis, de 29 anos, um dos fundadores do Bloco Pink Floyd, que busca homenagear a famosa banda inglesa.
A cada ano, o bloco usa um disco do Pink Floyd como mote para a criação de sua camiseta e material de divulgação. Em 2011, o escolhido é o álbum “The Wall” (A Parede) lançado em 1979. O bloco tem até um poeta apaixonado por rock que declama poemas durante a folia inspirados em músicas de Pink Floyd. O paulista Cristóvam Túlio Martins usou o pseudônimo de Mavotsirs para declamar, na noite desta terça-feira, durante o desfile nas ruas, o poema “Pregadores”, em homenagem ao símbolo da banda, que são dois martelos cruzados.
Tahiane Stochero, do G1
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