O Hospital das Clínicas Samuel Libânio (HCSL) de Pouso Alegre, no Sul de Minas, passou a atender uma demanda de 30% a mais por conta da crise instalada na saúde municipal nos últimos dias.
Em um dos postos de saúde da prefeitura de Pouso Alegre, no bairro São Geraldo, o horário foi reduzido e no outro, no bairro São João, a população reclama de falta de médicos.
Servidores da duas unidades afirmam que faltam materiais básicos para atendimento aos pacientes e fizeram manifestação pública na Câmara Municipal.
"O Samuel Libânio está sozinho no atendimento da saúde pública da cidade. Estamos atendendo muito acima da nossa capacidade e mesmo no meio dessa crise não queremos desamparar a população da cidade. Neste momento de crise, o hospital precisa do apoio e compreensão de toda a população. Estamos sem leitos e fazendo muito mais internações ao dia. Nós também somos vítimas dessa situação caótica da saúde do município", afirma a diretora administrativa do HCSL, Jusselma Reis.
Outro ponto que agrava a crise é o Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu), que começou a funcionar sem estar finalizada a rede de assistência e seus devidos credenciamentos.
"Todos os pacientes atendidos por eles são trazidos para o Samuel Libânio pois a rede não está pronta. É desesperadora nossa situação", explica o diretor técnico do HCSL, Alan Nascimento.
Para complicar ainda mais a situação existe a limitação do número de leitos para internação que faz com que pessoas fiquem internadas no próprio Pronto Socorro, em condições precárias.
"Estamos fazendo um esforço sobre-humano para evitar o cancelamento de cirurgias eletivas, mas nem sempre é possível. Estamos atendendo muito acima do nosso limite", conta Jusselma Reis, lembrando que atualmente o HCSL atende além de Pouso Alegre outros 153 municípios com uma população estimada em 3 milhões de habitantes.
com assessoria
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