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DETENTAS DO PRESÍDIO DE CAXAMBU PRODUZEM MAIS DE MIL PEÇAS DE UNIFORME POR SEMANA

Ao todo, 17 mulheres estão envolvidas no processo de produção, 13 na costura e quatro no silk e corte

O Presídio Feminino de Caxambu, no Sul de Minas, foi palco de uma mudança significativa para a autoestima das mulheres privadas de liberdade. 

A unidade foi uma das primeiras a produzir uniformes que respeitam a silhueta feminina. A produção começou há um ano. No início, eram feitas 2.750 calças e bermudas. Hoje, o número é de 4.300 uniformes.

As peças também estão estampadas com a nova sigla da Secretaria de Estado de Administração Prisional. Ao todo, 17 mulheres estão envolvidas no processo de produção, 13 na costura e quatro no silk e corte. Elas aprenderam o ofício com outra presa.

O secretário de Estado de Administração Prisional, Francisco Kupidlowski, esteve na unidade prisional e parabenizou a gestão do diretor-geral, Rafael Diniz. Durante a visita à confecção instalada no presídio, o secretário fez questão de incentivar as mulheres privadas de liberdade. 

“Muito bonito o trabalho de vocês. Fico orgulhoso de ver essa tentativa de mudança. Ao mesmo tempo em que aprendem uma profissão, vocês podem ajudar as suas famílias”.

Camila Teodoro de Toledo, de 26 anos, começou a costurar aos 18 e hoje ensina a atividade para as colegas. 

A liderança e profissionalismo dela possibilitaram que Camila fosse escolhida para trabalhar na nova parceria privada que se instalou na unidade. 

A Criscom Uniformes Profissionais levou parte da produção da empresa para o presídio. Na nova função, Camila receberá mais e poderá ser contratada quando sair da prisão.

“Me sinto mais motivada. São peças de roupas diferentes que me desafiam. Eu errei e estou pagando, mas tive aqui a oportunidade de continuar o meu trabalho e ajudar outras mulheres com uma nova profissão. Isso é muito gratificante”.

Oitenta e cinco por cento das mulheres privadas de liberdade da unidade fazem atividades de ressocialização. No salão de beleza, três presas cuidam dos cabelos das outras detentas. 

O segundo endereço da Escola Estadual Domingos Gonçalves de Mello Mingote tem aulas das séries iniciais ao ensino médio. 

Sessenta e duas custodiadas estudam das 7 às 10h e das 10 às 13h. Há ainda 11 presas que trabalham com artesanato, produzindo tapetes, cachecóis, placas decorativas, entre outras peças.

Rafael Diniz é diretor do presídio desde 2012 e já trabalhou em outras unidades prisionais. Para ele, receber uma visita do secretário de Estado mostra como a nova gestão quer valorizar os servidores.

“Pudemos mostrar nosso trabalho e comprovar a dedicação e o comprometimento que ele anunciou quando assumiu a Secretaria. Aqui, prezamos pela humanização do atendimento e estamos sempre em busca de atividades de ressocialização que tragam novas perspectivas”, enfatizou.

Comentários

Anônimo disse…
Ótimo! Bom que ajuda no processo de ressocialização de forma mais efetiva... afinal, não só ocupa a cabeça das detentas, como também, lhes ensina uma profissão - para que seja exercida posteriormente, no mundo ''lá fora", após o cumprimento da pena. É isso aí! =)

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