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GOVERNO DO ESTADO DIVULGA ESTUDO SOBRE ECONOMIA DO TURISMO DE MINAS GERAIS

Primeira edição da série de publicações Estatística & Informações, da Fundação João Pinheiro (FJP), traz análise do setor no período 2010-2014
 

O turismo em Minas Gerais apresentou um Valor Adicionado (VA) – valor criado por um setor ou agente econômico - de R$ 14,9 bilhões no ano de 2014, o que representou 5,68% do total do setor de serviços e de 3,72% do total da atividade econômica do estado naquele ano.

Os dados são parte do estudo Economia do Turismo de Minas Gerais 2010-2014, que inaugura a série "Estatística & Informações", criada para divulgar os dados estruturais e conjunturais produzidos pelo Centro de Estatística e Informações (CEI) da Fundação João Pinheiro (FJP), ligada ao Governo de Minas Gerais, em seus mais diversos recortes, tratando dos indicadores econômicos, demográficos e sociais de Minas Gerais.

Neste estudo, são apresentados os dados do Valor Adicionado (VA) do setor do turismo para o Estado e seus 853 municípios, produzidos a partir de uma metodologia proposta pelo CEI para o acompanhamento anual desse conjunto de atividades.

A análise aborda o processo de construção da classificação das Atividades Características do Turismo (ACTs) consideradas na pesquisa, a construção da metodologia adotada nos níveis estadual e municipal, além de enfatizar a compatibilidade com os procedimentos já utilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela própria FJP no cálculo das atividades contempladas nas Contas Regionais.

A iniciativa visa contribuir para a literatura acerca da importância do turismo para Minas Gerais em uma ampla agenda de discussão sobre diversificação da economia mineira.

Análise do setor
O estudo apontou que a atividade de turismo no Estado no período 2010-2014 apresentou queda em suas taxas de crescimento real, ganhando estabilidade nos anos de 2013 e 2014, com índices de -0,07% e 0,31%, respectivamente.

Entre 2010 e 2014, tiveram destaque a considerável participação média do grupo alimentação (47,2%) e a média de participação do grupo referente a aluguéis de bens não imobiliários (15,8%). Verificou-se, ainda, que o transporte terrestre teve participação predominante em relação ao transporte aéreo, com médias de 13,8% e 4,9%, respectivamente.

De acordo com o pesquisador e coordenador da pesquisa, Caio Gonçalves, o Valor Adicionado (VA) do turismo no Estado apresenta uma distribuição espacial bastante concentrada. 

“Entre 2010 e 2014, apenas 10 entre os 853 municípios mineiros acumularam cerca de 60% do Valor Adicionado estadual”, observa. 

“A capital mineira, Belo Horizonte, manteve isoladamente a maior participação no Valor Adicionado do turismo estadual em todo o período, com percentual mais relevante em 2011 (35,2%)”, completa.
Na sequência do ranking de participação, aparecem os municípios de Uberlândia, Contagem, Confins, Juiz de Fora, Uberaba, Betim, Montes Claros, Ipatinga e Pouso Alegre.

“Também vale ressaltar a importância do setor para municípios como Confins (80,1%), Ribeirão Vermelho (35,8%), Florestal (23,3%), Tiradentes (20,8%) e São Sebastião da Bela Vista (18,8%), nos quais o turismo superou a participação da agropecuária e da indústria”, conclui Gonçalves.

Dentre os 17 Territórios de Desenvolvimento de Minas Gerais, o Metropolitano é o que detém o maior VA do turismo, seguido pelo Sul, Mata, Oeste, Norte, Vale do Aço, Vertentes, Noroeste, Sudoeste e Vale do Rio Doce.

Circuitos
A região da capital mineira também manteve a liderança na distribuição do VA do turismo entre os circuitos turísticos do estado. O Circuito Belo Horizonte ficou com 32,6% do VA do turismo em 2014, seguido pelo Circuito Alto Mogiana (7,8%), Ouro (4,7%), Caminho Novo (3,6%) e Serras Verdes do Sul de Minas Gerais (2,5%).

De acordo com o secretário de Estado de Turismo, Ricardo Faria, ações para uma maior desconcentração dos benefícios econômicos da atividade para todo o Estado já estão sendo realizadas. 

“A Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais (Setur-MG) está valorizando e fomentando, de forma incisiva, a organização do estado em regiões turísticas, fazendo com que mais municípios possam participar da distribuição de receitas e geração de oportunidades de negócios e empregos por meio do turismo.  Dessa forma, a regionalização possibilita uma maior organização da política municipal e regional do turismo, fazendo com que ações mais efetivas possam ser realizadas com o objetivo de gerar impactos positivos na sociedade”, afirmou.

Ele ressaltou ainda que entre janeiro e março de 2017, a Setur já se reuniu com sete circuitos turísticos, e contou com a participação de 68 municípios, visando sensibilizá-los pela importância da criação de uma política de turismo municipal e sua organização regional.

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