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APENAS 2,3% DOS JOVENS BRASILEIROS ACHAM O TRÂNSITO SEGURO, DIZ PESQUISA

Direção após o consumo de bebida alcoólica, uso do celular e excesso de velocidade são os fatores que mais impactam a segurança no trânsito brasileiro

Pesquisa encomendada pela Arteris, uma das maiores companhias de concessões de rodovias do país, revela que apenas 2,3% dos jovens brasileiros entre 12 e 17 anos consideram o trânsito seguro. 

O levantamento ‘O Jovem e o Trânsito’ faz parte dos esforços do grupo em compreender o comportamento e as visões dos diferentes usuários (pedestres, motoristas e passageiros), no sentido de aprimorar o trabalho de promoção da segurança viária e de educação para um trânsito mais seguro e humanizado.

No ano passado, a Arteris encomendou um estudo sobre o comportamento de motoristas no trânsito. Os resultados corroboram com a percepção verificada, este ano, pelos jovens brasileiros. 

A pesquisa de 2016 revelou que quase metade dos motoristas admite nem sempre respeitar os limites de velocidade estabelecidos em ruas, avenidas e rodovias; que aproximadamente 1 em cada 4 motoristas brasileiros dirige, ainda que raramente, após consumir bebida alcoólica e que mais da metade dos motoristas utiliza, ainda que raramente, celular enquanto dirige.

“As pesquisas têm mostrado que o comportamento inadequado e de risco é a principal causa de acidentes de trânsito no Brasil e no mundo. Os jovens estão entre os mais vulneráveis e, por isso, é fundamental que a educação para o trânsito faça parte do cotidiano deles. É preciso quebrar este ciclo de tolerância e de irresponsabilidade, construindo uma conduta responsável e cidadã no trânsito em benefício da preservação da vida”, afirma Alessandra Vasconcelos, diretora de Comunicação Marketing e Sustentabilidade da Arteris.

A nova pesquisa foi realizada, entre 08 e 18 de maio de 2017, com 1.001 jovens das cinco regiões do país, com idade entre 12 e 17 anos, que responderam um conjunto de perguntas sobre o trânsito, incluindo informações sobre o seu próprio comportamento e de seus pais e responsáveis. 

A mostra retrata a distribuição no território nacional de jovens desta faixa etária e a margem de erro é de 3,1%.

A seguir, alguns dos principais resultados da pesquisa:

Sensação de segurança. Apenas 2,3% dos jovens acham o trânsito seguro no país e indicam que os três aspectos que mais impactam a segurança no trânsito são: dirigir após consumo de bebida alcoólica (70,6%); utilização do celular por motoristas e pedestres (53,7%) e excesso de velocidade (53,7%).

Os jovens e o trânsito. Mais de 90% dos jovens entrevistados informaram não ter participado, nem como pedestre, nem enquanto passageiros de acidentes de trânsito nos últimos doze meses. Contudo, quase 1/4 lembra de ter perdido algum familiar em acidente de trânsito.

Sobre sua própria conduta, os jovens brasileiros acreditam (74,1%) ter um comportamento seguro como pedestres. Porém, quando estão em turma de amigos, esse índice cai quase 30 pontos, chegando 45,3%.

Além disso, o hábito de utilizar cinto de segurança não está totalmente assimilado: 1/3 dos jovens admite nem sempre utilizar o cinto no banco da frente, enquanto 65% afirmaram não utilizar no banco de trás.

A segurança no trânsito e a escola. Apesar de os riscos do trânsito estarem tão presentes no cotidiano dos jovens brasileiros, a grande maioria deles (71,2%) admitiu que a educação para o trânsito não é um tema abordado na grade curricular da escola.

Os pais e responsáveis no trânsito. Quando questionados sobre o comportamento de seus tutores, os jovens afirmaram que: 40% deles dirigem, mesmo que raramente, após consumo de bebida alcoólica; quase 57% bem sempre respeitam os limites de velocidades; e 61% utilizam o celular enquanto dirigem.

O mais alarmante é que, mesmo após admitir reconhecer a conduta imprudente de pais ou responsáveis no trânsito, 83% dos jovens dizem que confiam neles como condutores. Isso significa que a grande maioria dos jovens brasileiros, de certa forma, tolera a atitude imprudente de seus tutores no trânsito.

Projeto Escola Arteris
A pesquisa, “ o Jovem e o Trânsito”, foi desenvolvida no âmbito do Projeto Escola Arteris, que beneficia 287 mil alunos, de 590 escolas da rede pública de ensino em 139 municípios vizinhos às rodovias administradas pela companhia. 

Os participantes são alunos do ensino fundamental e médio, além de algumas turmas de educação para adultos (EJA) e de unidades da APAE. Neste ano, o Projeto Escola Arteris chegou à Grande São Paulo ao firmar parceria com duas escolas. Uma na zona sul da capital e outra em Barueri.

com Luiza Brunhara - da assessoria

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