Com o período de clima seco, com a baixa umidade do ar, aumenta a incidência de queimadas. É o caso de Lavras, no Sul de Minas.
Sem volume de chuvas significativo, as queimadas em áreas florestais se tornam corriqueiras. Muitas vezes estas queimadas são provocadas de forma criminosa e além de destruir muitas vezes áreas inteiras, também prejudicam a fauna, a flora e trazem transtornos aos moradores da cidade, principalmente quando acontecem nas áreas urbanas.
Pela legislação brasileira, o crime de incêndio, expondo perigo a vida, a integridade física ou ao patrimônio, tem pena de 3 a 6 anos de reclusão, acrescida de multa.
E devido ao alto número de ocorrências recebidas, muitas vezes o Corpo de Bombeiros acaba não conseguindo atender de imediato alguma demanda, uma vez que casos mais graves envolvendo casos de incêndios em vegetação, como queimadas em áreas de preservação com alto prejuízo a fauna e a flora, queimadas muito próximas a residências ou estabelecimentos que possam gerar grande risco ao patrimônio ou perigo a vida devem ser priorizados.
A 3ª Companhia de Bombeiros Militar, com sede em Lavras, possui sob sua jurisdição três pelotões. O 1º Pelotão, além da própria cidade, atende os municípios de Bom Sucesso, Cana Verde, Carrancas, Ibituruna, Ijaci, Ingaí, Itumirim, Itutinga, Luminárias, Nepomuceno, Perdões, Ribeirão Vermelho.
De acordo com o major Winderson Alain Moura, do 9º Batalhão do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais (CBMMG), com sede em Varginha, somente este ano, em Lavras, foram atendidas até o mês de julho, cerca de 500 ocorrências de incêndio em vegetação, número que se eleva consideravelmente no mês de agosto.
"Nosso planejamento de atuação operacional é estabelecido de forma a prestar o melhor atendimento à população, entenda-se aí, um atendimento mais qualificado e no menor tempo de atendimento", enfatiza o major Winderson Moura.
Na área de atuação do 9º Batalhão de Bombeiros, da qual a 3ª Companhia de Bombeiros Militar de Lavras faz parte, esse número chegou a quase 5 mil combates.
"Estamos no período crítico de estiagem quando aumentam consideravelmente os registros de incêndios em vegetação. As várias demandas da população, incluindo aí combate a incêndios, são atendidas conforme priorização e disponibilidade de recursos. No caso de incêndios em vegetação, estudos apontam que 99% dos casos são provocados pela ação humana e potencializados pelo período de seca", destaca o major.
Ainda de acordo com a assessoria do 9º Batalhão do Corpo de Bombeiros, em virtude da forte presença da ação humana como causa da incidência de queimadas, é importante a conscientização cidadã.
"Dessa forma, procuramos também realizar um trabalho de conscientização para que a população ajude o Corpo de Bombeiros denunciando, via 181, essas situações para que possamos saná-la ainda em sua origem", destaca.
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Precisamos de cidadãos bem informados e conscientes, disposto a fazer o que é certo.