Pular para o conteúdo principal

DIRIGENTES DA UFLA SE MANIFESTAM SOBRE CENÁRIO ATUAL ENFRENTADO PELA INSTITUIÇÃO

Universidades federais vem passando por um momento de grandes dificuldades. Mesmo assim, UFLA conseguiu aumentar o número de bolsas institucionais de 1.300 para 1.425
Para 2018, custeio da UFLA será ampliado em 18%. De acordo com dirigentes da instituição, com este aumento será possível garantir o funcionamento adequado da universidade

As universidades federais vem passando por um momento de grandes dificuldades em virtude da conturbada conjuntura pela qual passa o Brasil. Sofrendo com fortes contingenciamentos de recursos, os dirigentes destas instituições vem fazendo verdadeiros malabarismos para conseguir manter o funcionamento das instituições.

O orçamento anual da universidade é dividido em custeio e capital, sendo os recursos liberados especificamente para esses fins.

A matriz de custeio tem um modelo próprio, definido em conjunto pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e pelo Ministério da Educação (MEC) por meio da Secretaria de Educação Superior (Sesu). Ela é lastreada em critérios que avaliam o desempenho da Universidade. Portanto, reflete o mérito dos indicadores da Instituição.

O custeio é o que mantém a universidade funcionando, permitindo aquisição de materiais para aulas, pagamento da terceirização, assistência estudantil em todas as suas fases, material de consumo, manutenção, energia, combustível, e outras mais.

Já o capital é composto pelo MEC, a partir de compromissos para implantação de novos cursos e, numa fração pequena, para substituição de equipamentos defasados e pequenas obras. Esse é o recurso que permite o crescimento da universidade por meio de investimentos em laboratórios, salas de aulas, equipamentos e infraestrutura em geral. Em todo momento de crise, a opção dos governos é pela redução desse valor.

Na Universidade Federal de Lavras (UFLA), localizada na quinta maior cidade do Sul do Estado de Minas Gerais, a direção da instituição tem conseguido driblar a forte crise pela qual passa as instituições federais de ensino superior. 

Em nota assinada pelo reitor José Roberto Soares Scolforo e pela vice-reitora Édila Vilela de Resende e divulgada na última sexta-feira, 1º, a UFLA destaca que na proposta de orçamento do governo para 2017, o custeio da UFLA foi reajustado em 5,2%. De acordo com a nota, esse valor teve como referência o orçamento de 2016. 

"Um número pequeno de universidades teve acréscimo no custeio. informamos isso à nossa comunidade em agosto de 2016, pois, é nesse período que o governo, por lei, deve encaminhar a proposta de orçamento ao Congresso Nacional. Já no capital, a redução no valor que tínhamos conseguido em 2016 foi de 50,5%. Valor considerado injusto pela instituição, já que temos vários cursos novos. Portanto, naquela mesma época, nossa comunidade foi informada sobre a redução do capital", destaca trecho da nota oficial.

Mesmo diante do cenário desfavorável e com uma maratona de negociações em Brasília, a direção da instituição conseguiu obter compromissos positivos para instituição. Na segunda semana de agosto, por exemplo, o reitor José Roberto Scolforo autorizou o aumento do número de bolsas institucionais de 1.300 para 1.425.

As novas bolsas foram concedidas após a sensibilização da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (Praec) que, juntamente com a Pró-Reitoria de Planejamento e Gestão (Proplag), reuniu com a Direção Executiva da universidade com a finalidade de atender mais estudantes em vulnerabilidade.

"Por último, deixamos claro a todos de nossa comunidade que, para 2018, conseguimos ampliar o custeio da UFLA em 13%, o que garantirá o funcionamento adequado da universidade", enfatiza. Os dirigentes da Universidade Federal de Lavras destacaram as incertezas do cenário para 2018.

"No entanto, não podemos deixar de esclarecer que o capital ou investimento da Matriz de Orçamento de Custeio e Capital (OCC) para 2018 pode sofrer novo e expressivo corte, não só para a UFLA, mas para todas as 64 Universidades. Estamos lutando diuturnamente para reverter essa possibilidade. E, se vier a ocorrer, procederemos da mesma forma como sempre: procurando alternativas e construindo soluções para que a UFLA continue seu crescimento de forma sustentável."

Ainda na nota oficial, a direção da instituição se pronunciou sobre os atrasos em licitações e falou sobre a matriz de custeio da universidade. "Atrasos eventuais em processos licitatórios estão vinculados à necessidade do cumprimento total da lei e outras questões".

Além do aumento no número de bolsas institucionais, a direção da instituição destacou que obteve um emenda da bancada dos 53 deputados federais de MG no valor de R$7.083 milhões. Do Governo de Minas, a universidade conseguiu o apoio de 4 milhões da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapemig) para aquisição de equipamentos para os cursos de engenharia.

Clique aqui e confira a nota completa divulgada pela Universidade Federal de Lavras.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

RECURSOS DE ACORDO FIRMADO ENTRE MP E A GERDAU IRÃO GARANTIR RESTAURAÇÃO DA ROTUNDA

Em cumprimento a Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Gerdau realizou a transferência de R$ 2.948.500,00 para a restauração da rotunda ferroviária de Ribeirão Vermelho, importante patrimônio histórico tombado pelo Estado. A iniciativa, projeto "Preservar para conhecer, conhecer para preservar - narrar, restaurar e recriar a Rotunda Ferroviária de Ribeirão Vermelho", visa à restauração da rotunda ferroviária e a promoção de atividades de engajamento comunitário e educação patrimonial em Ribeirão Vermelho. Será executada pela Associação Arquitetas Sem Fronteiras (ASF Brasil), e as obras começam em 15 de setembro, com previsão de conclusão em 14 meses. Patrimônio centenário A rotunda ferroviária é uma edificação circular de 75 metros de diâmetro, construída entre 1895 e 1897. Com materiais nobres importados da Escócia e da França, serviu como principal instalação de manutenção da Estrada Férrea Oeste de Minas, e continu...

PREFEITOS DO SUL DE MINAS ASSINAM ACORDO INÉDITO PARA CRIAÇÃO DE SISTEMA REGIONAL DE INOVAÇÃO

Encontro promovido pelo Sebrae Minas e Governo do Estado reúne seis municípios e cerca de 150 lideranças regionais para formalizar a cooperação intermunicipal e instituir comitê integrado de inovação Com o apoio do Sebrae Minas e do Governo do Estado, os prefeitos de Varginha, Lavras, Itajubá, Santa Rita do Sapucaí, Poços de Caldas e Pouso Alegre assinam, no dia 4 de setembro, em Pouso Alegre, o acordo de cooperação intermunicipal para a criação do Sistema Regional de Inovação (SRI) do Sul de Minas. Inédita no estado, a iniciativa inaugura uma agenda conjunta entre os municípios para o fomento à inovação e o fortalecimento do desenvolvimento econômico sustentável na região. O SRI é resultado de uma articulação iniciada em 2024 pelo Sebrae Minas e pelo Governo do Estado, com o propósito de integrar representantes do poder público, setor privado, instituições de Ensino Superior e sociedade civil. Além da assinatura do acordo, o encontro marcará a constituição do primeiro comitê govername...

REGIÃO SUL DE MINAS REGISTROU 14.315 ADMISSÕES EM JULHO, SEGUNDO DADOS DO CAGED

No período, Brasil registrou 2,2 milhões de admissões, sendo 82,6 mil contratações temporárias A região do Sul de Minas registrou 14.315 admissões no mês de julho, de acordo com os dados divulgados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O número de demissões foi de 14.794 no período. Do total de contratados, 56,02% eram homens e 43,98% eram mulheres. Sobre a escolaridade, os dados mostram que 66,34% dos admitidos tinham ensino médio completo, 8,77% ensino médio incompleto e 7,64% superior completo Em relação à faixa etária, o Caged aponta que 27,75% do total de pessoas tinham idades entre 18 e 24 anos, 24,41% entre 30 e 39 anos e 17,32% entre 40 e 49 anos. No período, o setor que mais contratou na região foi Serviços (41,01%), seguido pelo Comércio (26,81%) e Indústria (20,82%). Em todo o Brasil, foram 2.251.440 admissões, 2.121.665 desligamentos e saldo positivo de 129.775 empregos formais. O setor que mais contrato...