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ATIVA SOLUÇÕES, EX-INCUBADA DO INATEL, RECEBE APORTE DA KPL E DA WAYRA

Edson Rennó, fundador da Ativa Soluções (primeiro plano) com o time de profissionais da empresa

A Ativa Soluções, que pode se tornar o unicórnio do IoT (Internet das Coisas) brasileiro, nasceu na Incubadora do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), de Santa Rita Rita do Sapucaí, no ano de 2004, enquanto os sócios iniciais ainda eram estudantes de engenharia na instituição. 

A vertente de gerenciamento remoto e monitoramento por sensores interligados às telecomunicações sempre esteve no DNA da empresa, que após 16 anos de consolidação no mercado, recebeu um aporte financeiro do maior fundo nacional, a gestora KPTL, por meio do Fundo Criatec 3 (criado pelo BNDES), em conjunto com a Wayra, hub de inovação aberta da Vivo no Brasil e da Telefônica no mundo.

O CEO e fundador da empresa, Edson José Rennó Ribeiro, recorda-se dos primeiros passos dentro da Incubadora do Inatel. 

“Quando eu comecei a fazer faculdade, no ano 2000, estávamos vivendo o boom das telecomunicações, com as privatizações e contratações em abundância. E esse era um grande atrativo, pois todo mundo quer se graduar em um mercado que tenha demanda de mão de obra. Eu tinha um motivador a mais, pois meu pai também é formado no Inatel, além de tios e sogro, então minha ligação com o Instituto é umbilical, o que me fez conviver com o mundo das telecomunicações desde pequeno. E a ideia da Ativa surgiu justamente por tudo isso, as aulas de empreendedorismo do professor Mário Augusto foram referência, assim como tantos outros professores, o que nos estimulou a empreender. Foi quando um colega do Inatel me chamou para abrirmos uma empresa”.

Atualmente a Ativa desenvolve soluções voltadas para saneamento, energia elétrica, óleo e gás, telecom e agronegócio com o que há de mais moderno em tecnologia para monitoramento remoto. Uma empresa que partiu de uma ideia de dois estudantes para 62 colaboradores, com atuação em todo território nacional, América Latina e América do Norte, com megacorporações multinacionais como clientes principais.

“O que faço questão sempre de frisar é que entre abrir cada porta para acessar um novo cliente, sempre houve um ex-aluno do Inatel para fazer esse elo. É um benefício dessa comunidade, dessa família Inatel, que extrapola o relacionamento profissional e abre portas. É minha obrigação reconhecer e agradecer essas pessoas que nos deram a mão, como em nossos primeiros lotes, quando nossos colegas de classe nos ajudavam a montar os produtos, após as aulas. São momentos marcantes que sempre vou me lembrar” ressalta Edson.

O portfólio sólido da Ativa, voltado a segmentos fundamentais para a economia brasileira, como agrobusiness, telecomunicações e energia, chamaram a atenção e tornaram a startup atraente para o fundo KPTL, que conta com uma ampla carteira de investimentos na área de IoT. Além da Wayra, que também investe em setores-chave para o desenvolvimento nacional.

O investimento recebido reforça a trajetória da empresa rumo aos seus ideais traçados no início, ainda como incubada. 

Segundo o fundador da empresa, esses ideais não mudaram e a Ativa mantém o propósito de contribuir para o crescimento do seu entorno, do ecossistema de inovação e tecnologia de Santa Rita do Sapucaí, oferecer empregos e oportunidades para os estudantes já se formarem com experiência, como aconteceu com ele. Para o empresário, a entrada dos novos parceiros pode ser considerada um “continuar”, por se tratarem de pessoas por trás dessas instituições que acreditaram “no projeto e no sonho Ativa”.

Mais que o aporte financeiro, fundamental para sua estruturação e crescimento, a empresa passa a ter acesso a nomes que são ícones do mercado, como o ex-presidente da maior companhia de telecomunicações do país, o Antônio Carlos Valente. 

O CEO da Ativa enfatiza que esse tipo de troca de experiências vai muito além dos limites da startup, mas alcança a comunidade, afinal os colaboradores, parceiros e relacionamentos da empresa crescem com esse ganho profissional.

“Essa equipe que hoje está na empresa, e que vem trabalhando ao longo desses 16 anos, grande parte é formada ou pós-graduada pelo Inatel. Isso mostra que a força do time vem de pessoas que por ali passaram. Esse DNA Santarritense da Ativa permitiu que a empresa chegasse até aqui”. Edson conta ainda que o processo de aceleração como foi conduzido com sua empresa, de certa forma, ainda é novo no Vale da Eletrônica, pois diferente de outros casos que ocorreram com companhias locais, a Ativa atraiu novos players para a aceleração desse crescimento em direção aos rumos planejados.

O processo de incubação no Inatel proporcionou o conhecimento necessário para validar a ideia daqueles estudantes e está aberto para todos que fazem parte da comunidade acadêmica. O engenheiro e ex-aluno assegura que ele possuía as competências técnicas para o desenvolvimento de produtos, mas foi na Incubadora que aprendeu o processo básico de gestão de uma empresa, ao interagir com consultorias como contabilidade, planejamento estratégico, vendas e tantos outros essenciais para se criar, manter e desenvolver um negócio bem-sucedido.

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