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STARTUP FUNDADA POR EX-ALUNO DA UNIFEI CAPTA NOVOS APORTES FINANCEIROS E SE TORNA UNICÓRNIO

Vitor Zaninotto, ex-aluno da UNIFEI, ajudou a fundar a startup Facily, que se tornou unicórnio no final de 2021

Na última semana de 2021, a startup Facily se tornou o novo unicórnio brasileiro. Startups unicórnios são empresas avaliadas em mais de US$ 1 bilhão, porém nem todo empreendimento com esse valor recebe o título, pois o negócio precisa ter uma proposta inovadora, o que, de modo geral, engloba o conceito básico de startup.

Vitor Zaninotto, ex-aluno da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), formado em Ciência da Computação em 2006, e também Luciano Freitas e Diego Dzodan fundaram em 2018 a startup, que, segundo o site pipelinevalor.globo.com, já captou o equivalente a R$ 1,7 bilhão junto a investidores como Tiger Global, Monashees, Luxor Capital e Delivery Hero, entre outros.

Segundo o mesmo site, a Facily, uma plataforma eletrônica de compras coletivas, levantou US$ 135 milhões em rodada liderada pela Goodwater e Prosus, com participação de outros investidores, aporte que sucedeu os US$ 250 milhões captados em novembro de 2021.

Sobre o ex-aluno
Vitor Zaninotto, cofundador e diretor de Tecnologia da Facily, cursou a graduação em Ciência da Computação de 2002 a 2006 na UNIFEI. Atualmente, ele está cursando pós-graduação na área de Inteligência Artificial pelo Instituto de Matemática e Estatística (IME) da Universidade de São Paulo (USP).

Logo que se formou na UNIFEI, ele foi para São Paulo buscar oportunidades na área de tecnologia. Trabalhou por cerca de 15 anos em consultorias especializadas em SAP – software ERP utilizado por grandes empresas, prestando serviços a organizações de diferentes segmentos como Braskem, Itaú, Petrobrás, Gerdau, Weg e Usiminas entre outras.

Ele também passou por consultorias como Infosys, ESS, Firsteam e BearingPoint, além de ter participado de um projeto de e-commerce (Pink Gloss), que o ajudou a conhecer plataformas eletrônicas de compras e também um pouco do mercado chinês.

Como sempre foi apaixonado por projetos criativos e inovadores e com a carreira passando por grandes clientes, ele obteve uma maturidade importante. “Porém o que sempre brilhou em meus olhos foram projetos que pudessem transformar o dia-a-dia da sociedade através da tecnologia”, revelou.

Vitor conheceu, então, Diego Dzodan (CEO da Facily) e sua esposa, Ingrid Dzodan, em 2018, o que, segundo ele, “foi um match muito bom”. Diego, na época VP Latam do Facebook, pretendia começar uma startup de marketplace e chamou-o para cofundar a empresa. “Desde o começo da Facily, o objetivo foi construir valor conectando usuários. O modelo de negócio mudou um pouco desde a fundação, porém o cerne de conexão, como o valor mais importante, nunca mudou. O lema da Facily como social commerce é ‘pagar mais para quem vende e vender mais barato para quem compra’”, explicou Vitor.

O ex-aluno disse que a base do conhecimento forte em computação adquirido no curso de graduação e em outras atividades que ele desenvolveu na UNIFEI foi essencial para iniciar a carreira na área de tecnologia. “Tive alguns professores espetaculares que fizeram despertar a curiosidade e a busca por conhecimento. Atividades extracurriculares foram muito importantes no aprendizado também. Por exemplo, em 2004, eu e mais alguns amigos fizemos em Itajubá um site no estilo do Instagram (Uau.net)”, revelou.

Segundo Vitor, o projeto teve bastante repercussão na região naquele momento e os envolvidos aprenderam muito. “Esses tipos de projetos são valiosíssimos não só pelo conhecimento técnico de construção de plataforma, como também pela rede de conexões de contatos que se abrem. Os churrascos da época da faculdade ajudaram também”, brincou o ex-aluno.

O negócio da startup
Seguindo o modelo de empresas chinesas que atuam no mesmo ramo, a Facily foi pioneira em explorar o poder de barganha da compra coletiva na América Latina. De modo diferente de concorrentes que têm o foco em serviço, a startup trabalha com um modelo de engajamento por meio de redes sociais e aplicativos de mensagem, no qual, para que a compra do produto se concretize, é necessário que o grupo chegue a um mínimo de pedidos. Por isso, quem quer adquirir se esforça para engajar outros consumidores e garantir bons preços.

Ainda sem operação internacional, a startup está presente em nove cidades brasileiras, conta com um portfólio de 12 mil sellers, lojas responsáveis por entregar pedidos, e registra 15 milhões de downloads de seu aplicativo, dos quais 10 milhões são de usuários ativos.

Os produtos comercializados pela Facily são de diversas categorias, como peças de vestuário e de decoração, eletrônicos, frutas, verduras e alimentos frescos, entre outros, e até outubro do ano passado, 7 milhões de pedidos tinham sido registrados na plataforma, o que significa um crescimento de 46 vezes em relação a janeiro do mesmo ano.

Em 2022, a startup deve fazer investimentos nas áreas de logística, experiência do usuário e expansão de fundos, além de fortalecer seus planos de crescimento para outras regiões do país antes da internacionalização.

Por oferecer os menores preços do mercado, durante a pandemia de Covid 19, muitos consumidores que perderam renda e sofreram com a inflação aderiram à plataforma. Grandes descontos dados pela startup atraíram usuários de baixa renda familiar, o que não impede a Facily de buscar outros públicos de pessoa física ou mesmo pequenos empreendedores.

*Da assessoria da UNIFEI

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