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UNIFEI PARTICIPA DE REUNIÃO SOBRE O REUNI DIGITAL

O reitor da UNIFEI, professor Bortoni, participou recentemente de reunião com a secretária do SESu/MEC e outros dirigentes de instituições de ensino superior

O reitor da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), professor Edson da Costa Bortoni, participou recentemente de reunião sobre o ReUni Digital, uma iniciativa criada com o objetivo de visar metas de universalização do ensino superior por meio da Educação a Distância (EaD). Dez instituições federais de ensino superior aderiram a esse programa com propostas de cursos que vieram a constituir o Piloto do ReUni Digital.

Na reunião, estiveram presentes a secretária Denise Pires de Carvalho, da Secretaria de Educação Superior (SESu) do Ministério da Educação (MEC) – até então reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); e o gerente de Projeto da SESu, Felipe Campos de Oliveira, além de outros nove reitores, que participaram de forma presencial ou remota.

Uma oficina já tinha sido realizada no ano passado, na qual as universidades federais pactuantes desse processo apresentaram suas propostas de adesão ao Piloto do ReUni Digital. O evento, denominado 1º Workshop do ReUni Digital, ocorreu nos dias 14 e 15 de julho de 2022 e resultou na publicação dos anais “Expansão da Educação a Distância nas Universidades Federais – Cursos Piloto”.

BCTec
Na reunião, a UNIFEI contribuiu com a proposta do Bacharelado em Ciência e Tecnologia (BCTec), sediado no Instituto de Ciências Puras e Aplicadas (ICPA), sob coordenação da professora Maria Elizabete Vilela Santiago, diretora do Centro de Educação (CEDUC), e com o apoio direto da Administração da universidade. O curso se caracteriza por ser de amplo espectro, com conteúdo 80% remoto e 20% presencial, incluindo disciplinas básicas, tecnológicas e disruptivas.

O currículo é estruturado para ser realizado em três anos, divididos em seis períodos de cinco meses. Cada período será dividido em três ciclos nos quais, em cada um, duas disciplinas são ministradas à distância de maneira totalmente assíncrona, totalizando quatro meses. No quinto mês, será realizado um Projeto Integrador, presencial, nos Centros de Empreendedorismo de Itabira e Itajubá e nas cidades que desejarem ser polos do curso.

O Projeto Integrador é oferecido pelas diversas empresas parceiras das sedes e nas cidades-polo. O BCTec utilizará os Centros de Empreendedorismo em dois meses do ano e liberará os dez meses restantes para uso das empresas parceiras, startups, empresas incubadas e projetos especiais, o que potencializa de forma notável a capacidade de interação da Universidade com as comunidades locais e regionais.

Diversas metodologias para redução de evasão serão implementadas, como tutores e a figura dos mentores acadêmicos, que serão ex-alunos da Universidade contatados via Associação dos Diplomados (AD-UNIFEI). Pela proposta apresentada, a Instituição fez jus a 15 códigos de vaga, além de recursos financeiros para aquisição de laptops, planos de dados, kits laboratoriais, laboratórios imersivos no Metaverso e bibliotecas virtuais para todos os alunos. Além disso, o estúdio de gravação do CEDUC será ampliado e mais um estúdio será construído no campus de Itabira, ambos equipados também com tecnologia para produção de vídeos 3D.

Resultados e continuidade
Uma das questões de maior interesse das universidades participantes do Piloto é conhecer quais seriam as expectativas da SESu/MEC com relação a resultados e continuidade do ReUni Digital. De fato, com a mudança da governança do país, é natural que prioridades e métricas de atingimento de metas sejam repensadas, entretanto foi notória a importância dada pela secretária da SESu às atividades atualmente desenvolvidas, cuja eficácia será medida por relatórios semestrais enviados pelos partícipes. Na reunião, foi enfatizado que a qualidade dos cursos oferecidos por universidades federais será a tônica dessa análise.

Institucionalização das atividades
Outro ponto tocado na reunião foi a institucionalização das atividades de educação superior a distância. Este é um pleito antigo, mesmo na UNIFEI, entendendo-se que os cursos a distância oferecidos pelas universidades federais não podem ficar na dependência da regularidade na oferta de bolsas concedidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) para o pagamento de professores, tutores e demais profissionais envolvidos, tais como conteudistas, designers institucionais e outros. Assim, é notório que a falha na oferta de bolsas tem se repetido há anos.

Uma solução apresentada, e bem acolhida, foi a de que os alunos participantes de cursos formatados em EaD pudessem ser contabilizados na matriz que define o orçamento de uma universidade como um estudante de um curso presencial, principalmente por entender que o estudante regularmente matriculado nessa modalidade é tão membro da instituição quanto um estudante matriculado em um curso presencial.

Como consequência desta institucionalização, o aluno do BCTec teria acesso a recursos financeiros do Programa Nacional de Assistência ao Ensino Superior (PNAES), o que é importante devido às atividades presenciais desenvolvidas ao longo do curso. Assim, alunos em condições de vulnerabilidade social fariam jus a auxílios de deslocamento, hospedagem e alimentação nos Restaurantes Universitários (RU). Quanto a isso, a secretária do SESu, Denise Pires de Carvalho, disse que analisaria em detalhes os pleitos propostos.

Por fim, definiu-se pela criação de um fórum para discussão das questões que envolvem o projeto. O reitor da UNIFEI, professor Bortoni, já havia criado um grupo de discussão entre os participantes do programa e, dessa forma, foi consenso geral pela manutenção da ferramenta utilizada, com a única ressalva de se fazer a inclusão do gerente de Projeto da SESu, Felipe Campos de Oliveira, e colocá-lo também como administrador do grupo.

*Da assessoria da UNIFEI

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