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OBRA "REESCREVENDO A HISTÓRIA COM AS MÃOS NEGRAS" FOI APRESENTADA EM FÓRUM INTERNACIONAL


O 1º Fórum Internacional de União da Africanidade para a Cultura de Paz aconteceu em São Paulo, no final do mês de Maio e contou com a presença da pesquisadora e professora aposentada da Universidade Federal de Lavras (UFLA) Cláudia Ribeiro.

O evento nasceu de uma proposta acadêmica e cultural do encontro de três instituições universitárias – Faculdade SESI de Educação (FAPESP), Laboratório de Arte e Cultura Educativa da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (LabArt/FEUSP) e a Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), juntamente com o Centro Cultural das Indústrias de São Paulo (FIESP). Nesta direção, a aproximação humanista na luta contra o racismo oportunizou a parceria dessas instituições com a UNESCO para a realização do 1º Fórum Internacional de União da Africanidade para a Cultura de Paz.

Fruto desta parceria e organizado pelo professor Dr. Celso Luis Prudente (livre docente na FE/USP) e professor Rogério Almeida, será lançado o livro: ‘Reescrevendo a História com as Mãos Negras’. O livro será lançado oficialmente na 20ª Mostra Internacional do Cinema Negro (Micine), que acontece tradicionalmente no mês de Novembro, em São Paulo, marcando o mês da Consciência Negra. Esta obra reúne professoras e professores, pesquisadoras e pesquisadores, bem como intelectuais de várias universidades brasileiras e cinco estrangeiras onde os eixos temáticos cultura e arte, memória, movimento e religião são abordados. A professora doutora Cláudia Ribeiro possui um artigo no livro, escrito em coautoria com a Presidenta do Conselho Municipal da Igualdade Racial em Lavras e Professora da Rede Estadual, Andrêsa Helena de Lima, intitulado ‘Águas ancestrais: caminhos do professor Azarias Ribeiro de Souza’, abordando a trajetória do professor Azarias Ribeiro, contribuindo assim para o debate e maior visibilidade da inequívoca relevância deste homem negro, humanista, desbravador e inovador que deixou um legado expressivo quando se fala sobre cultura, educação e relações étnico-raciais para a população Lavrense.

No primeiro dia do encontro a professora Cláudia Ribeiro mediou discussão sobre o tema ‘Reescrevendo a história, o afrodescendente como sujeito: memórias, narrativas e vivências’. Contribuíram com a discussão o professor Reinaldo Benedito Nishikawa, diretor do Instituto Federal do Paraná (IFPR), a professora Fernanda Thomaz, coordenadora geral de Memória e Verdade da Escravidão do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, o sociólogo professor Patrício Langa da University of the Western Cape South África e o professor Celso Luis Prudente, Associado da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT).

Na sequência dos dias e discussões, o tema abordado foi ‘A escravidão e a ordem jurídica: o negro e os direitos humanos’. Falaram o professor Samuel Vida da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e o professor Alessandro Soares da Universidade Machenzie. Esta mesa foi mediada por Alexandre Vargas, professor da UFBA.

Todas estas atividades foram realizadas na Faculdade de Educação SESI e o último dia aconteceu no Centro Cultural FIESP, marcando o ‘Dia Mundial da África’ com entrega da placa e medalha da União Educativa para a Construção da Cultura de Paz, a personalidades representativas que estão construindo história, memória e contribuindo para uma Cultura de Paz, garantindo assim o respeito à diversidade, como afirmou a Coordenadora de Projetos da UNESCO, Ana Paula Mathias.

Um dos agraciados, o sociólogo Professor Patrício Langa da University of the Western Cape South África, em seus agradecimentos reforçou que “não existe paz sem justiça e a Cultura de Paz pressupõe esperança, um grito para libertação das crianças e adolescentes, assim, plantaremos a semente da Paz”.

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