A prefeitura vai fechar 9 escolas municipais em Barbacena, a maioria na zona rural. A confirmação aconteceu na tarde desta segunda feira, 20, quando, em entrevista á TV Panorama, falando em nome da prefeita Danuza Bias Fortes (PMDB), o chefe de gabinete Marcelo Gonçalves, afirmou que a medida ia mesmo ser tomada e que, com a demissão de 49 professores que atuavam nas escolas, a economia seria de R$ 200 mil por mês. De acordo com fontes da prefeitura, que não quiseram se identificar, (já que não conseguimos contato com a secretaria de Educação, Heloisa Pinto nem com seus assessores), cerca de 400 alunos serão remanejados para estabelecimentos próximos das escolas de origem, o que vai ocorrer já no primeiro dia de aula no próximo mês. Pais e alunos das escolas que serão desativadas fizeram manifestação de protesto em frente á prefeitura, mas não conseguiram falar com a chefe do Executivo, a quem pretendiam pedir que a medida fosse revogada.Mas foram recebidos por assessores de Danuza, que afirmaram que a Secretaria de Educação vai implantar um projeto de nucleação no município.Escolas com menos alunos serão desativadas para receber projetos sociais como o Pró-jovem Urbano, por exemplo. E na manhã de hoje circulou a informação de que a prefeitura poderia voltar atrás e que pelo menos uma das escolas que constava na lista das que seriam fechadas, na região do Serrão, havia sido poupada, depois de uma intervenção do ex-vereador Paulo Araújo, assessor e amigo pessoal da prefeita e que teria sido procurado por pais e alunos do estabelecimento. Nos bastidores da prefeitura comentava-se também que vereadores ligados ás regiões da zona rural onde escolas seriam fechadas, também estariam se movimentando e pressionando para reverter a situação. Professores que não quiseram se identificar consideram a medida um despautério. “Uma decisão desta no meio do ano vai prejudicar pedagogicamente os alunos”, disse um deles. “É um absurdo”, disse outro. “É preciso que alguém diga à prefeita e seus auxiliares, que educação é investimento, que não se faz economia às custas da educação”, disse outro. Alunos da Escola Queridinha Bias Fortes exibiam cartazes com os dizeres “Avó constrói, neta destrói”.
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