
O processo de beatificação da jovem Serva de Deus, Isabel Cristina, está prestes a ser concluído. A cerimônia que encerra o processo de beatificação no Brasil vai acontecer no Santuário de Nossa Senhora da Piedade, em Barbacena, no dia 1º de setembro (dia de sua morte). Os restos mortais de Isabel Cristina, que estão no cemitério de Santo Antônio, serão exumados e colocados numa urna que será apresentada durante a cerimônia. Dois padres de Roma, encarregados de encaminhar o processo ao Vaticano participam da celebração. A beatificação é um processo que antecede a canonização. O título de beato é concedido a uma pessoa que tenha vivido virtudes cristãs em grau heróico e que tenha martírio reconhecido pela Igreja Católica. Quem é beatificado recebe o título de beato, canonizado recebe o título de santo. A Zona da Mata mineira está mais próxima de ter a primeira beata, com o encerramento, no Brasil, do processo de beatificação de Isabel Cristina Mrad Campos. Ela nasceu em Barbacena e morreu em 1982, em Juiz de Fora, onde estudava. Com 20 anos, a jovem foi vítima de um assassinato cruel, que ocorreu no apartamento onde morava, na Rua Barbosa Lima, Centro. Na época, a história chocou os moradores da região e incentivou religiosos a tentarem o processo de beatificação da moça. Em 2001, o pleito foi instalado, e Isabel Cristina recebeu, do Vaticano, o título de serva de Deus. Este ano, o processo será encerrado no país, em uma missa marcada para o dia 1º de setembro - data de morte da jovem - em Barbacena. Após a celebração, toda a avaliação do caso será feita no Vaticano, que pode ou não conceder o título de beata.
Padre Geraldo Cifani Pinheiro, pároco da Igreja de São Sebastião e um dos colaboradores do processo, relata que, desde que tomou conhecimento da história de Cris - nome pelo qual ela gostava de ser chamada -, percebeu que era um caso que merecia “o pedido de perdão a Deus”. Ele diz que desejou fazer algo por ela e começou a imprimir estampas com sua imagem e distribuir boletins contando a história. “Lembrei que Maria Goretti não seria santa se alguém não tivesse levantado seu nome”, explica padre Geraldo, recordando a história da jovem italiana, que lutou para não ser violentada e foi esfaqueada, em 1902. Depois de perdoar o criminoso, ela morreu e acabou virando santa. O notário do processo de Isabel Cristina, diácono Antônio Rodrigues do Prado, de Barbacena, ressalta que ela é exemplo de fé, que merece ser seguido. Segundo ele, a jovem pertencia a uma família Vicentina e sempre foi religiosa, dedicada à família, além de carinhosa com idosos, crianças e deficientes.
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