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Exclusivo: UM DESAFIO PARA LAVRAS E VARGINHA

EMPRESAS DESPERTAM INTERESSE NA AVIAÇÃO REGIONAL
O Aeroporto da Baunilha, em Lavras, recebeu o piso asfáltico há mais de 10 anos, mas na Carta de Rota (ERC), do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) ainda consta como sem asfaltamento.
A proibição de novo voos, mesmo os regionais, no Aeroporto Carlos Drummon de Andrade, na Pampulha, em Belo Horizonte. Com a mudança que deverá acontecer logo na direção da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e para atender a demanda da Copa do Mundo de 2014, que acontecerá no Brasil, a agência já estuda a liberação de algumas linhas. Fontes ligadas a Anac afirmam que as linhas regionais de Varginha, Paracatu e Manhuaçu, ambas da Trip Linhas Aéreas, deverão fazer parte deste processo de retomada dos voos na Pampulha. E para Lavras a Agência Nacional de Aviação Civil também deverá contemplar a cidade. Inicialmente Lavras está incluída nos planos da Trip na rota de São Paulo para Belo Horizonte (dois voos diários para cada destino), com escala na cidade. Sendo um voo diário para BH e outro para SP, que servirá também como teste.

A nossa equipe obteve informações de que a empresa poderá dentro dos estudos de viabilidade econômica implantar uma escala em Lavras do voo que segue de Ribeirão Preto (RAO), no interior de São Paulo para o Rio de Janeiro (Aeroporto Santos Dumont). Com um voo de Lavras para Ribeirão e um de Lavras para o Rio, mas esta linha deverá não ser diária, provavelmente duas a três vezes na semana. A passagem deve girar, no preço mínimo e com antecedência, em torno de R$95,00, valor sujeito a análise. A Trip pode também fazer está linha para o Rio de Janeiro utilizando o novo voo de São José do Rio Preto (SJP), também no interior de São Paulo, mas ela sairia mais caro para o lavrense: em torno de R$115,00 (no preço mínimo e com antecedência), valor sujeito a análise. A dificuldade em operar esta rota, pode trazer um nova alternativa para a empresa: de Goiânia (GYN) para Juiz de Fora (JDF), com escala em Lavras e conexão no Aeroporto Santos Dumont (SDU), no Rio de Janeiro. De Lavras para a capital de Goiás seria mais fácil para os passageiros que queiram ir para Brasília, no Distrito Federal. Além disso Juiz de Fora e o Rio estão na rota de preferência da região. Os voos em Lavras e Varginha são fundamentais para um região pólo da cafeicultura e que conta com uma das melhores universidades federais do país.

A norte-americana Skywest, detentora de 20% das ações da brasileira Trip Linhas Aéreas, anunciou a aquisição da Express Jet Airlines, empresa de transporte aéreo regional com sede em Houston (EUA). A Express Jet possui 240 aviões Embraer 145, jato regional com capacidade de 50 assentos, e é a maior operadora de aviões regionais para Continental Airlines. Agora, a Skywest irá operar 696 aeronaves e transportar 50 milhões de passageiros por ano em 4 mil voos diários. Além disso, o plano da Skywest é associar a Express Jet com a Atlantic Southeast Airlines, que também faz parte do grupo. Segundo o diretor financeiro da Skywest, Brad Rich, o objetivo é unir as companhias aéreas em 12 meses. Com a fusão, o aumento do rendimento anual da empresa será cerca de 50% maior e a redução de custos em de US$ 70 milhões.

A aviação regional brasileira tem carregado, nas últimas duas décadas, a pecha de negócio mambembe. As empresas do setor desaparecem no mesmo ritmo acelerado em que surgem - só nos últimos cinco anos, quatro fecharam e três suspenderam suas operações. Ao mesmo tempo, a maior parte das companhias que permanece voando acaba em estado de paralisia: pelo menos cinco nanicas mantêm menos de 1% de participação de mercado há quatro anos. Um estudo feito pela LCA Consultores aponta que as cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes - excluindo capitais e municípios das regiões metropolitanas - registraram um crescimento médio acumulado de 4,94% entre 2000 e 2007, acima da expansão registrada pela soma de todos os municípios do País (4,41%). Empresas como Trip e Passaredo, nascidas no interior de São Paulo, crescem no vácuo deixado pelas grandes e profissionalizam gestão.

Mas a mais polêmica das medidas é um projeto de lei que pretende ressuscitar o subsídio das companhias regionais, principalmente nos cantões do Brasil. Ao contrário do modelo da década de 70, a ideia é que a União seja a fonte de recursos. "Essa é uma nova fase para a aviação regional. Se o setor está atraindo investimentos, se empresas como Azul e TAM se interessam, por que algumas empresas pedem subvenção? Só precisam disso as empresas ineficientes e que só representam 2,5% do transporte regional", diz Paulo Sampaio, da consultoria Multiplan.

Comentários

JPMinas disse…
Espero que Lavras finalmente ganhe linhas aéreas, cansamos de perder espaço para muitas outras cidades que antes eram atras de Lavras em desenvolvimento.

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