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Odair Cunha, Arthur Maia Amaral e Dilma Rousseff |
Quatro prefeitos petistas de cidades do Sul de Minas se reuniram, ontem, para formar uma frente popular no Estado. Eles afirmam que estão insatisfeitos com a direção estadual do partido, que não estaria dando importância aos problemas que seus municípios têm enfrentado. Segundo o prefeito de Luminárias, Arthur Maia, é necessário que o PT mude o papel dos prefeitos dentro do partido e volte seus olhares aos municípios administrados pela legenda. "Precisamos retomar a filosofia republicana do PT, que ficou esquecida nos últimos anos. Antes se focava na população e não, em cargos", afirmou.
Maia explica que o principal motivo do surgimento da frente foi a desunião do partido causada pelas disputas internas. A situação, segundo ele, teria sido agravada no ano passado, após os embates entre o ex-prefeito da capital e atual ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, e o ex-ministro de Desenvolvimento Social Patrus Ananias pelo governo de Minas. "Desde que o PT conquistou cargos nacionais, o partido esqueceu de lutar pelo povo e começou a fazer política apenas dentro dos gabinetes", opinou.
Críticas. A criação da frente não está sendo vista com bons olhos pela direção estadual do partido. O secretário geral do PT de Minas, deputado estadual Durval Ângelo, afirma que o único objetivo dos prefeitos é a conquista de cargos e o fortalecimento do partido em benefício próprio. "É legítimo qualquer movimento, mas o partido tem direção. A melhor forma de fortalecer o PT seria conversando com as lideranças e discutindo diretamente com elas. Eles não podem querer um partidinho dentro de um partido".
O deputado acusa os prefeitos de terem sido pouco partidários durante as eleições do ano passado. A falta de apoio teria sido uma das causas das derrotas da presidente Dilma Rousseff e do candidato ao governo de Minas Hélio Costa, no Sul de Minas. "Eles estão criando um clima ruim", completou.
de O Tempo
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