A Casa da Cultura Godofredo Rangel sedia até o dia 20 de outubro a exposição “Estação Memória”, que presta uma homenagem aos antigos ferroviários de Três Corações, no Sul de Minas. À mostra objetos, luminárias, maquetes e banners, que retratam 15 trabalhadores aposentados da saudosa Rede Ferroviária Federal/RFFSA, coletados pelo Museu da Oralidade. Depoimentos de telegrafistas, escriturárias, maquinistas, ferreiros, vigias e mecânicos compõem a rica narrativa da exposição junto às imagens. “Estação Memória” busca valorizar a importância que a Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA) teve no desenvolvimento sócio-econômico da cidade e levanta parte do patrimônio imaterial da ferrovia.
A Rede Ferroviária estabeleceu-se em Três Corações no ano de 1884, quando o imperador Dom Pedro II inaugurou a estação às margens do rio Verde. O ramal, que transportava tanto carga quanto passageiros, ligava Três Corações ao município de Cruzeiro, no interior de São Paulo, de onde as pessoas podiam se deslocar para o Rio e São Paulo. Com a construção do ramal e da oficina de manutenção das locomotivas, Três Corações se transformou num dos mais importantes pólos ferroviários do Estado.
Mais de cem trabalhadores reparavam as peças dos trens que circulavam por Minas Gerais. O escritório e a estação também mantinham dezenas de funcionários e movimentavam a economia da região. Os relatos registrados pelo Museu da Oralidade revelam um tom de saudosismo e buscam preservar em nossa memória essa passagem tão importante de nossa história.
Comentários