Levantamento feito pela Secretaria de Saúde revela que 52% de todas as ligações que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em Juiz de Fora, na Zona da Mata, recebeu de janeiro a setembro deste ano foram trotes. O número é baseado na média das ligações feitas para o serviço no período mencionado. E o percentual teve seu pico em julho, mês das férias escolares, quando os trotes representaram 75,15% das chamadas. Ainda de acordo com o levantamento, o primeiro trimestre foi o que registrou os maiores índices: 57,76% em janeiro, 58,75% em fevereiro e 53,12% em março.
Segundo a coordenadora geral do Samu/STIH (Serviço de Transporte Inter-Hospitalar), Lílian de Castro Corrêa Lima, o horário de pico das falsas ligações é entre 14h e 18h. “A maioria que liga nesse período, 80%, é formada por crianças de até 10 anos. Parece que elas chegam da aula, ficam sem ter o que fazer e passam o trote, de casa ou mesmo de orelhões. À noite, de meia-noite em diante, são os adultos que fazem as chamadas, em sua maioria, para falar pornografias”, conta Lílian.
Para a coordenadora, o índice de falsas ligações é alto por falta de consciência e informação por parte da população. “As pessoas precisam entender que ocupar a linha telefônica do Samu com falsas ligações prejudica o atendimento. Alguém que está realmente precisando de ajuda pode demorar a receber o socorro em razão do trote”, afirma. Lílian diz que a educação começa com a orientação dos pais, dentro de casa. “Da mesma forma que ensinam seus filhos a escovar os dentes, respeitar os mais velhos, fazer o dever de casa, os responsáveis devem dizer a seus filhos que o trote não é uma prática correta e que pode atrapalhar salvamentos”, finaliza.
com assessoria
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