A Prefeitura de Juiz de Fora, na Zona da Mata, apresentou na última sexta-feira, 28, em coletiva à imprensa, a planilha na íntegra com o cálculo tarifário do transporte público urbano da cidade. Segundo o prefeito Bruno Siqueira, o encontro teve como principal objetivo mostrar de forma transparente e clara à população a forma como a tarifa é calculada. Durante o evento, que aconteceu na Escola de Governo Municipal, o titular da Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra), Rodrigo Tortoriello, explicou cada item da planilha.
Segundo o prefeito, o cálculo é apresentado à Câmara e aberto à população. Ele ressaltou que a tarifa no município é uma das mais baratas do Brasil e disse que é preciso muita cautela para que sempre seja tomada a decisão correta em caso de reajuste – seja na queda ou no aumento da passagem de ônibus -, de forma que a população e a condição do transporte urbano público não sejam prejudicados. “A apresentação da tarifa ao Conselho Municipal de Transporte e, posteriormente, a audiência pública na Câmara Municipal para reajuste da tarifa foram cancelados, diante da desoneração de impostos federais. Mas o cancelamento não nos impede de apresentar à população a forma como seria calculado o reajuste. É esse o nosso compromisso”, afirma.
De acordo com o secretário de Transporte e Trânsito, os cálculos da planilha levam em conta custos variáveis e fixos. Os custos variáveis se dão com combustíveis, óleos e lubrificantes, rodagem e peças e acessórios. Os fixos incluem depreciação e remuneração. Caso não houvesse a desoneração aplicada pelo Governo federal, o valor apontado pela planilha seria de R$ 2,16. Com a desoneração de impostos como o PIS e o Cofins para as empresas, a tarifa poderia custar R$ 2,08. “Arredondando, pudemos manter o valor de R$ 2,05 em vigor desde julho do ano passado”, explicou.
Conforme o prefeito, não há previsão de revisão da tarifa de ônibus por enquanto, seja para mais ou para menos: “Se nós tivermos um aumento exorbitante do combustível ou se Governo federal desonerar mais impostos, como foi o caso do PIS e Cofins, nós iremos realizar um novo cálculo da passagem de ônibus, que pode ser para cima ou para baixo. O certo é que hoje não temos essa necessidade”.
Comentários