O prefeito Ataíde Vilela (PSDB) sancionou a lei municipal que abre crédito ao orçamento municipal para custear a contrapartida do Município com a adesão ao Programa Mais Médicos, do Ministério da Saúde em Passos, no Sul de Minas. As despesas serão com hospedagem e alimentação dos profissionais que estão trabalhando no Programa de Saúde da Família (PSF) de Passos. O ato aconteceu no fim de uma reunião entre o prefeito com os médicos que vieram trabalhar na cidade.
O projeto de lei, de autoria do prefeito, previa a abertura de crédito no valor de R$ 39 mil que permite a contrapartida município com o “Mais Médicos”. A votação foi unânime e ocorreu em sessão extraordinária da Câmara de Vereadores.
A reunião dos médicos com o prefeito foi seguida de uma entrevista coletiva para a imprensa, em que compareceram repórteres das rádios Líder, Nossa Missão, Passos e Vida e do jornal semanal Jornal de Minas. O encontro teve as presenças dos médicos Maísa Simosono (passense), Hector Dario Martinez Pomposo (mexicano), Dânia Rosa Matos Amaro, Daydelys Margarita Martinez Martinez e Davi Antonio A. Ortega – os três, cubanos.
Por motivo de viagem, a médica Alexandra Faria Moreira, do Rio de Janeiro e que trabalha no PSF Aclimação há cerca de dois meses, faltou à reunião.
Ataíde Vilela começou a reunião observando que o mexicano e os cubanos são de países latino-americanos co-irmãos do Brasil e que acha muito importante essa integração. “Vou acompanhar o trabalho de vocês e acredito que serão muito bem aceitos em Passos, porque darão atendimento de qualidade para nosso povo”, disse, pedindo para os médicos se apresentarem.
Dânia foi a primeira a falar, contou que acompanhou a votação na Câmara e se diz agradecida com a receptividade em Passos. “Acho que com o tempo eu posso fazer meu trabalho e ajudar os mais necessitados. Estou muito contente, muito feliz, de estar com vocês aqui”, disse.
Daydelys observou que ela e os colegas estão no Brasil para trabalhar por um mesmo programa de saúde, com o qual têm experiência de muitos anos em seu país e em outras nações. “Tivemos bom acolhimento por todos e estamos muito agradecidos por isso. Nós estamos aqui para trabalhar pela saúde do povo brasileiro”, afirmou, explicando que esse tipo de trabalho faz parte da formação do médico em Cuba.
Davi explicou que gosta dessa experiência de trabalho no estrangeiro, em países com dificuldades na saúde básica, como o Brasil. “Quando o médico trabalha com a população percebe todo o sentimento dessa população, toda a sua cultura. Eu acho que vamos aprender muito com a cultura brasileira”, observou.
Maísa é de Passos e estudou em Cuba e Espanha, onde se formou. Segundo ela, sua volta ao Brasil aconteceu num momento em que percebeu que poderia desenvolver o trabalho para o qual se preparou desde os 18 anos de idade. “Quando saiu o projeto, vi como uma oportunidade de voltar, mas voltar com um programa bom”, disse.
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