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LULA: ESTOU A DISPOSIÇÃO PARA TODOS OS ATOS CONTRA O IMPEACHMENT


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, na manhã desta segunda-feira, 7, de um encontro com representantes de partidos, movimentos sociais e sindicatos contrários à decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), de autorizar o início do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. 

Estavam na reunião representantes de PT, PCdoB, PCO, PDT e PSD, entre os partidos políticos; e UBES, UNE, MST, CMP, CUT, uma parcela da Força Sindical, Nova Central, UGT e CONAM.

Lula declarou empenho total e prometeu ir às ruas contra o impeachment: “Estou à disposição para todos os atos, para todas as viagens necessárias para lutar contra um golpe à nossa democracia”. 

E alertou que a conjuntura exige mais do que as manifestações tradicionais de rua, além de aliados mais amplos. 

“Não podemos, como na época das Diretas, ter a maioria absoluta das ruas e descuidar do Congresso. É importante a gente ter claro, todos os dias, quantos votos vai ter”, ponderou. “É como se estivéssemos em um trem descarrilhado. Então, não é hora de brigar para saber quem vai em qual vagão. É hora de colocar o trem de volta nos trilhos. Precisamos de uma bandeira unificada para convencer as pessoas, falar com a consciência delas”, concluiu.

“É importante que conversemos com as pessoas e que cada brasileiro e brasileira que teve conquistas importantes em sua vida a partir do nosso projeto político se posicione”, disse Lula.

O ex-presidente ressaltou ainda que “não há base jurídica ou política” para o impedimento da presidenta e que o desejo dos brasileiros pela retomada do crescimento econômico é representada por Dilma, não pela oposição. 

“Quem pode recuperar o país agora não é Cunha e não é Aécio. Eles admitem, publicamente, que acham que tem de ter desemprego para combater a inflação. Nós, hoje, estamos em um momento difícil, mas em dezembro de 2014 tínhamos desemprego de 4,3%, o menor da história, graças ao esforço da Dilma”, afirmou. 

Lula enfatizou que o movimento para derrubar o governo do PT é uma reação às mudanças sociais produzidas pelo projeto de país em aplicação desde 2003, que permitiu a redução das desigualdades, deu segurança alimentar para as famílias mais pobres, moradia digna, acesso à educação e e à qualificação profissional, além de investimento na infraestrutura do país. 

"O que eles querem não é derrubar a Dilma por causa da Dilma. Imagina se toda crise econômica, cai o presidente. O que eles querem é acabar com essa história de povo no governo", resumiu.

Antes da fala de Lula, o presidente da CUT, Vagner Freitas, ressaltou que “os mesmos que pedem o impeachment são os que votam contra o trabalhador no Congresso". 

"São os que querem reduzir a maioridade penal e transformar as crianças em bandidos. Que querem acabar com a política de valorização do salário mínimo. São os mesmos que votam contra os interesses de negros e mulheres. O Brasil não quer essa agenda”. 

O presidente do PT, Rui Falcão, reafirmou também a necessidade de “ampliar a resistência ao golpe em curso”. “Precisamos abarcar muitas pessoas e inspirar uma união nacional em defesa da democracia”, defendeu.

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