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CASA COR MINAS GERAIS APRESENTA MODELO CONSTRUTIVO INOVADOR EM SUA 22ª EDIÇÃO

Os arquitetos da BCMF assumiram o desafio de construir e implantar em apenas um mês uma casa de alto padrão usando tecnologias disponíveis atualmente no mercado. Após a construção, o imóvel ainda será decorado por diversos profissionais. Esta será uma das casas que abrigará a CASA COR Minas Gerais



Com a proposta de investigar formas de produção industrial de modelos de arquitetura residencial de qualidade – independente da faixa de renda do cliente ou do padrão do empreendimento – a equipe da BCMF Arquitetos atendendo ao desafio proposto pela equipe da CASA COR se aventura na ambição de desenvolver um projeto de construção industrializada que será apresentado durante a 22ª edição do evento em Minas Gerais.

Visando revolucionar um padrão de construção muito questionado, propondo sobretudo novas possibilidades de utilização de elementos industrializados e pré-fabricados, a BCMF trabalha na implementação de um sistema construtivo desenvolvido pela Laminus Engenharia, parceira de Casa Cor.

O desafio
Casas industrializadas ou pré-fabricadas não gozam exatamente de uma boa reputação. Em alguns condomínios fechados, essas estruturas são, inclusive, proibidas já que usualmente são associadas a materiais baratos, com padrões inferiores de acabamento, estética e durabilidade, salvo raríssimas exceções. 

O grande desafio é ser uma destas exceções, projetando uma casa deslumbrante e atendendo aos propósitos da Casa Cor que vê na industrialização da construção de alto padrão uma saída para a realidade brasileira.

A casa projetada especialmente para a CASA COR Minas terá 230 metros quadrados, distribuídos em apenas um pavimento. 

Serão três suítes ao todo (sendo uma de casal, com o dobro do tamanho das demais), sala de TV, sala de estar, sala de jantar, cozinha, área de serviço, lavabo, um mini-escritório, piscina e uma garagem com capacidade para quatro carros.

“Sobre o conceito Pre-Fab: construção industrializada”
Ao longo da história e até nos dias atuais, os melhores arquitetos sempre se debruçaram sobre esse tema, explorando a vasta gama de possibilidades que a pré-fabricação ou a industrialização pode oferecer para a habitação. 

Durante uma breve pesquisa, podemos encontrar propostas extraordinárias e inovadoras assinadas por profissionais como Le Corbusier, Walter Gropius, Frank Lloyd Wright, Jean Prouvé, Richard Neutra, Charles & Ray Eames, Craig Elwood, Pierre Koenig, Albert Frey, Buckminster Fuller, Paul Rudolph, Harry Seidler, Archigram, Kenzo Tange, Kisho Kurokawa, João Figueiras Lima (Lelé), Sérgio Bernardes, Richard Rogers e mais recentemente Philippe Stark, Ron Arad, Greg Lynn, MAPA (antigo Studio Paralelo), entre outros.

No início do século XX, até mesmo Thomas Edison investigou esse tema com afinco, “inventando”, em 1908, uma casa de concreto moldado in loco que pudesse ser não apenas segura e com preço acessível, mas também “artística, confortável, sanitária e sem a monotonia da uniformização”.

Modelo americano
Nos EUA, Henry Ford demonstrava, indiscutivelmente, que a produção em massa podia ser usada com sucesso para a fabricação de objetos sofisticados na escala e complexidade de um carro, fazendo com que os preços fossem mais baixos e a qualidade mais alta. 

Os norte-americanos tinham a esperança que essas mesmas técnicas de produção poderiam ser aplicadas de forma similar ao problema da habitação, melhorando sua qualidade e baixando seus custos.

Dessa forma, em 1918, logo após a revolução da fabricação do “Ford T”, uma série de empresas começaram a oferecer casas pré-fabricadas com uma grande variedade de estilos. 

A “Aladdin Houses” foi a primeira delas, comercializando um kit completo de uma típica casa de subúrbio; composto por peças pré-cortadas e numeradas, que poderiam ser montadas em apenas um dia.

Logo em seguida, a SEARS, loja de departamento, entrou com tudo nesse mercado, com seus catálogos (“Book of Modern Homes and Building Plans”) e uma campanha de marketing agressiva. 

Em função disso, chegaram a vender kits de casas prontas, que eram enviados pelos correios para cerca de 100.000 clientes entre os anos de 1908 e 1940. Cada kit incluía: estrutura de madeira, pregos, telhas, janelas, portas, infra-estrutura (elétrica e hidráulica), arremates e pintura. Além de instruções detalhadas para a montagem.

O fato é que na primeira metade do século XX, com a crise de 1929, e mais ainda depois da Segunda Guerra Mundial, todos (mercado, academia e “vanguarda”) pareciam experimentar com esse tema da produção em série da habitação. 

Nos anos 40 e 50, arquitetos de vanguarda e construtores para o mercado de larga escala se juntaram no interesse de novas tecnologias e técnicas de produção. Havia um forte clima e sentimento geral de que as residências pré-construídas em fábricas pareciam ser a única opção prática daqueles tempos.

Segunda metade do século XX e século XXI
Processos de customização através de fabricação digital e design paramétrico tem contribuído para viabilizar designs que antes seriam impossíveis de se produzir em série.

Hoje em dia, empresas como IKEA, RIKO, MUJI ou arquitetos como Shigeru Ban e Philippe Stark, por exemplo, mostram como é possível desenvolver projetos de residências impecáveis com sistemas pré-fabricados de qualidade e a preços bastante razoáveis.

Projeto BCMF para CASA COR Minas
O projeto é o do resultado do arranjo de um “sistema” feito exclusivamente para a CASA COR Minas, composto basicamente por oito componentes (ou módulos) de tamanho padronizado (7 x 3 x 3m), que serão completados por outros componentes menores e articulados de acordo com a geometria e orientação do terreno. 

Varandas, terraços, piscina, pérgulas e esquadrias amplas e recuadas ajudam a criar áreas de transição e integrar o interior ao paisagismo.  

Os espaços internos serão organizados em seqüência linear a partir da entrada principal. Os afastamentos entre os blocos serve para estabelecer uma setorização clara e garantir luz natural, circulação ar e a privacidade entre os “setores”, criando também mini-pátios que se abrem para os banheiros dos quartos. 

O longo eixo que conecta de leste a oeste os 8 módulos (orientados para o jardim ao Norte) é tratado como um espaço próprio, com jardim de inverno, mini-escritório, lavabo e estantes, e não um mero corredor de circulação.

“Para qualquer arquiteto, ter um projeto construído é sempre uma satisfação. Nesse sentido, encaramos o evento da Casa Cor Minas como uma oportunidade única para investigar e materializar temas que nos interessam de alguma forma. Para nós da BCMF, que temos trabalhado nos últimos anos principalmente em projetos de grande porte e complexidade, que demoram anos para serem construídos, é um prazer adicional ver um projeto sair do papel de forma quase instantânea”, destaca Bruno Campos, da BCMF Arquitetos.

Sobre a BCMF na CASA COR Minas Gerais
A relação da BCMF com a CASA COR Minas começou em 2010, quando a equipe projetou, com o apoio da Arcelor Mittal, um bar temporário de geometria exótica no topo de um prédio da área central de BH (mas que poderia estar em qualquer outro lugar), explorando o potencial formal do steel frame, um sistema construtivo extremamente simples e barato  (http://www.archdaily.com/177840/casa-cor-bar-bcmf-arquitetos). 

Em 2014, junto com a MACh Arquitetos (e interiores de Ana Bahia), exploraram a materialidade bruta e as possibilidades estruturais do concreto protendido em um Bar-Piscina-Galeria cravado na topografia acidentada de um condomínio em Macacos, que se abre para a paisagem deslumbrante da região (http://www.dezeen.com/2015/07/28/bcmf-mach-bar-pool-gallery-cantilever-concrete-box-belo-horizonte-brazil/ ).

Este ano, a ambição é ainda maior, resultado do amadurecimento dessa longa parceria com a CASA COR Minas em experimentações bem sucedidas. 

Para que esse sistema possa ser “multiplicável” com sucesso, é fundamental contar com o perfeito alinhamento de todos os segmentos de arquitetura e da construção. 

O protótipo tenta combinar materiais tradicionais (concreto, madeira, alumínio, vidro) com uma estética contemporânea, de geometria rigorosa, mas com arranjo despojado e informal. 

Será um protótipo que pretende servir de laboratório para o desenvolvimento de um sistema construtivo que possa ter uma aplicação mais ampla, bastante diversificada em termos de escala, tipologia e design, produzindo “em série” os mais variados projetos nos mais variados contextos.

BCMF Arquitetos
Estabelecida em 2001, a BCMF Arquitetos (dos sócios Bruno Campos, Marcelo Fontes e Silvio Todeschi) vem se destacando pela excelência no desenvolvimento de uma extensa lista de projetos variados, sendo reconhecida no Brasil e no exterior como um dos expoentes da nova geração da Arquitetura Brasileira.

Dentre os principais projetos construídos, destaca‐se o internacionalmente premiado Complexo Esportivo de Deodoro (Centro de Tiro Esportivo, Centro de Hipismo, Hóquei sobre Grama e Pentatlo Moderno http://www.archdaily.com.br/br/01-5642/complexo-esportivo-de-deodoro-bcmf-arquitetos) para os Jogos Pan‐americanos Rio 2007, a maioria dos estudos conceituais da vitoriosa Candidatura do Rio de Janeiro para as Olimpíadas de 2016 (http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/10.109/3563) e a renovação do lendário Estádio Mineirão, em Belo Horizonte, para a Copa do Mundo de 2014 (o primeiro Estádio do Brasil e o segundo do mundo a receber o certificado LEED PLATINUM http://www.archdaily.com.br/br/01-117752/mineirao-bcmf-arquitetos). 

A BCMF se tornou, assim, o único escritório de arquitetura do Brasil a ter participado dos três megaeventos esportivos do país: Pan 2007, Rio 2016 e Copa 2014.

Recentemente o escritório recebeu o Primeiro Prêmio na XV Premiação de Arquitetura IAB‐MG (Institutos de Arquitetos do Brasil) nas categorias “Obras Construídas” (com o projeto do Novo Mineirão) e “Planos e Projetos” (com o projeto do Parque Tecnológico de Itajubá ) http://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/bcmf-arquitetos_mach-arquitetos_/parque-cientifico-e-tecnologico-de-itajuba/393) e Menção Honrosa no 8 Prêmio ASBEA pelo projeto do Novo Mineirão (categoria “Edifícios Institucionais”) http://www.asbea.org.br/escritorios-arquitetura/noticias/entidade-divulga-os-vencedores-do-8o-premio-asbea-de-arquitetura-335167-1.asp

Em Janeiro de 2014 a BCMF Arquitetos foi incluída no ranking anual da FAST COMPANY (influente publicação no mercado norte‐americano de inovação, negócios e design), como a segunda empresa mais inovadora da América do Sul (http://www.fastcompany.com/3026319/most-innovative-companies-2014/the-worlds-top-10-most-innovative-companies-in-south-america). 

Em Novembro de 2015 a BCMF foi incluída no livro “50 under 50 - Innovators of the 21st Century”, que destaca o trabalho do escritório em uma seleção de 50 arquitetos com menos de 50 anos, de todas as partes do mundo (sendo a BCMF o único representante do Brasil) http://www.amazon.com/Fifty-Under-Innovators-21st-Century/dp/1864706007

Finalmente, em 2015/2016, a BCMF Arquitetos (junto com MACh Arquitetos, Hardy Design e LD Studio-BH, empresas parceiras que compartilham o mesmo espaço de trabalho ) foi responsável pelo projeto da nova sede do GOOGLE em Belo Horizonte, recém inaugurado em Abril deste ano http://googlebrasilblog.blogspot.com.br/2016/04/do-brasil-para-o-mundo-novo-escritorio-bh.html?m=1, 

Sobre os Arquitetos:
Bruno Campos (1970), é arquiteto formado pela Escola de Arquitetura da UFMG (1994), com mestrado (M.A em “Housing and Urbanism”) na Architectural Association Londres, 1998). Trabalhou um ano em Nova Iorque (2000) no escritório Weiss/Manfredi Architects. 

De volta ao Brasil desde 2001, funda a BCMF Arquitetos, com o sócio Marcelo Fontes (1971), arquiteto formado pela UFMG (1995), desenvolvendo uma extensa lista de projetos variados, em termos de escala e tipologia, incluindo projetos públicos de grande porte. 

Silvio Todeschi (1968), também formado na UFMG, parceiro frequente da BCMF ARQUITETOS desde 2004 em seus principais projetos, se torna sócio do escritório em 2010.

Sobre a CASA COR
A CASA COR é reconhecida como a maior e melhor mostra de arquitetura, decoração e paisagismo das Américas e reúne, anualmente, renomados arquitetos, decoradores e paisagistas. 

Em 2016 chega à sua 22a edição em Minas Gerais e com 20 eventos nacionais (Alagoas, Bahia, Brasília, Campinas, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Interior de SP, Litoral de SP, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina) e cinco internacionais (Miami, Peru, Chile, Equador e Bolívia).

Redes
Instagram: @casacorminas

CASA COR Minas Gerais 2016
Data: De 30 de agosto a 04 de outubro de 2016
Endereço: Alameda das Latânias, 30 – São Luiz – Pampulha – Belo Horizonte
Ponto de referencia: Esquina com Avenida Otacílio Negrão de Lima
Informações: www.casacorminas.com.br

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